sábado, 18 de outubro de 2008

"Docentes estão a dizer à ministra que modelo não é exequível"

Os conselhos pedagógicos das escolas Alice Gouveia, de Coimbra, e Jaime Magalhães, de Aveiro aprovaram documentos que pedem a suspenção do processo de avaliação e desempenho dos professores.
A excessiva carga burocrática, a ausência de formação para preenchimento da ficha de objectivos individuais ou a publicação obrigatória dos despachos de delegação de competências dos professores avaliadores são motivos invocados para a tomadas de posição. São apenas dois exemplos. Aos sindicatos chega diariamente o conhecimento de mais situações.
"No Barreiro, por exemplo, há escolas onde a quase totalidade dos professores subscreveram esses pedidos. O movimento está a crescer", descreve Carlos Chagas. O líder do Fenei/Sindep considera que a ministra da Educação só terá duas opções, na reunião entre Sindicatos, ME e Conselho Científico para a Avaliação, no final do 1º período: "ou suspende ou arranja novo regime simplificado, o que provará a falência do modelo". Para o líder da Fenprof, Mário Nogueira, "os docentes, no terreno, estão a dizer à ministra que o modelo não é exequível".
"Como é possível um professor, com cinco turmas, ter de fazer só para o processo de avaliação 758 páginas de relatórios, 1456 fotocópias para o portfólio e 91 reuniões, além das orbigatórias com os encarregados de educação?", insiste Carlos Chagas.
A Associação Nacional de Professores também elogia as tomadas de posição das escolas. "De pouco servem as manifestações se nos lugares próprios os docentes não forem consequentes", defendeu João Grancho.

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