terça-feira, 30 de novembro de 2010

MATERIAIS PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES - Necessidades Especiais na Sala de Aula

Este Conjunto de Materiais de estudo é parte de um projecto da UNESCO destinado a ajudar as escolas e os professores no apoio a alunos com necessidades especiais. Os materiais foram feitos para ser usados com flexibilidade, de forma a corresponder a situações diversas. Podem ser utilizados, por exemplo, como:
- Parte de um curso de formação inicial para professores;
- Um seminário para professores com experiência, em formação contínua;
- Base de um programa de aperfeiçoamento para equipas docentes de uma escola.
Foi traduzido para português por Ana Maria Bénard da Costa e Maria Isabel Lopes da Silva e publicado em 1996 pelo Instituto de Inovação Educacional.

Protocolo para promoção dos direitos das pessoas com deficiência

O Instituto Nacional para a Reabilitação, I. P., a Fundação Calouste Gulbenkian, e o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboacelebraram um Protocolo de cooperação destinado a implementar o Projecto Internacional de Promoção dos Direitos Humanos das pessoas com deficiência - DRPI (Disability Rights Promotion International) - em Portugal.
O projecto DRIP é um instrumento de capacitação e monitorização envolvendo a vertente do estudo sobre a legislação e as práticas nacionais, bem como a vertente da análise da forma como os media reflectem e influenciam as percepções sociais e os valores sobre as pessoas com deficiência.
O Protocolo prevê a tradução e adaptação de metodologias e instrumentos DRPI para a língua portuguesa, a sua edição pelo INR, I.P. e a sua utilização em acções de formação-acção.

Encontro Nacional da Fundação LIGA dedicado à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

A Fundação LIGA promove um Encontro Nacional subordinado ao tema Acessibilidades e condiçâo humana - Tornar viva a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
Esta iniciativa, co-financiada pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, IP, no âmbito do Subprograma Para Todos 2010, inscreve-se na necessidade de responder às exigências colocadas pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência às sociedades dos Estados que assinaram e ratificaram este instrumento internacional, entre os quais se encontra Portugal.
O evento, que terá lugar nas instalações daquela Fundação, no dia 30 de Novembro de 2010, entre as 14:30 H e as 19:00 H, propõe-se divulgar um conjunto de práticas e experiências exemplificativas da boa aplicação da Convenção e promover uma reflexão sobre os desafios inerentes à implementação da Convenção em Portugal, estando prevista para o efeito a realização de uma sessão de "posters" e de uma série de conferências, cujo detalhe poderá ser consultado no respectivo Programa.

"Intervenção Educativa com Alunos com Multideficiência e Surdocegueira Congénita: Uma perspectiva curricular"

A Direcção Regional de Educação do Norte, através do Gabinete de Acompanhamento à Educação Especial (GAEE), criou, no ano lectivo 2009/2010, um programa de formação dirigido a professores, educadores, terapeutas e familiares de alunos com Necessidades Educativas Especiais.
Sábados Especiais é um programa que pretende responder às necessidades de encontro, partilha e reflexão de todos os que se envolvem na Educação Especial de crianças e jovens.
O primeiro encontro da edição 2010/2011 é subordinado ao tema "Intervenção Educativa com Alunos com Multideficiência e Surdocegueira Congénita: Uma perspectiva curricular" e vai realizar-se no Porto, na Escola Artística Soares dos Reis, no dia 11 de Dezembro.
Inscrições abertas até ao dia 1 de Dezembro.
Destinatários:
- Docentes de educação especial em funções nas unidades de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e surdocegueira congénita;
- Técnicos especializados em funções nas unidades de apoio especializado e coordenadores da educação especial dos Agrupamentos de Escolas com unidades de apoio especializado;
- Outros docentes de educação especial.
Nota

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

UTAD distinguida pelo trabalho em reabilitação e acessibilidade humanas

A criação da primeira licenciatura de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas e a investigação feita nesta área pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) foram  distinguidas com o galardão da Inclusão nas comemorações do Dia Mundial da Pessoa com Deficiência.

Francisco Godinho, coordenador do Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade (CERTIC) da UTAD, vai receber na sexta-feira, em Leiria, o galardão que será atribuído na primeira Gala da Inclusão, uma iniciativa organizada pela autarquia e Instituto Politécnico desta cidade, assim como pelo Governo Civil do distrito.

“É um reconhecimento da sociedade civil. É um estímulo para a universidade, para os alunos deste curso e esta visibilidade é importante para as futuras saídas profissionais”, afirmou à Agência Lusa o docente da universidade de Vila Real
A UTAD foi pioneira ao abrir há três anos a primeira licenciatura de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas. O segundo curso do género foi criado em 2009 na Universidade de Coventry (Reino Unido). O professor salientou que esta licenciatura faz parte de um processo que começou há quase dez anos com a criação do CERTIC, que agora dá apoio e cede os recursos ao curso.

Este centro desenvolve a sua actividade orientada para a aplicação da ciência e da tecnologia na melhoria da qualidade de vida das populações com necessidades especiais, nomeadamente pessoas com deficiência, idosos e acamados, em áreas como o acesso a tecnologias e serviços, educação, emprego, saúde e reabilitação funcional, transportes, vida independente e recreação.Estima-se que existam em Portugal mais de dois milhões de pessoas idosas e com deficiência.

Entre outras iniciativas, o CERTIC desenvolveu um sistema para comunicação com doentes que apenas conseguem movimentar os olhos, ou o MECBraille - Marco Eletrónico de Correio Braille, que disponibiliza gratuitamente um serviço de conversão e envio de textos e cartas em Braille.

Os técnicos e engenheiros que aqui trabalham são ainda contactados para adaptar computadores ou 'softwares' e estão constantemente a pesquisar o que há de novo em termos técnicos, o que torna este centro um dos mais bem equipados do país.

Actualmente frequentam a licenciatura em Engenharia de Reabilitação cem alunos, sendo que as 25 vagas que têm sido abertas todos os anos são preenchidas na primeira fase da candidatura ao ensino superior. Mas a UTAD não quer ficar por aqui e, segundo Francisco Godinho, já está a trabalhar na criação do primeiro mestrado em Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas.

O objectivo é que abra em 2011 com um plano de estudos flexível de forma a servir de complemento aos licenciados deste curso e de especialização para licenciados de outros cursos de engenharia. Nos últimos três anos, os alunos desta licenciatura têm promovido várias iniciativas para alertar e sensibilizar consciências, como um jantar às escuras ou um jantar sem mãos e jogos para pessoas cegas ou que se deslocam em cadeira de rodas.

sábado, 27 de novembro de 2010

Arquitectura e design dos espaços escolares para alunos com NEE

Ao carregar no endereço indicado no final, tem-se acesso a um folheto interessante, do Ministério da Educação da Irlanda, sobre arquitectura e design dos espaços escolares para acolher alunos com necessidades educativas especiais nas escolas primárias do ensino regular- http://www.oecd.org/dataoecd/5/10/42168831.pdf
Via CRTIC

Hospital S. João, no Porto, adopta sistema para daltónicos


O Hospital de S. João, no Porto, vai implementar, a partir do próximo dia 6, um código gráfico que vai permitir aos daltónicos identificar as cores utilizadas no sistema de triagem de Manchester, usado no serviço de urgências, e de orientação dentro daquela unidade de saúde. O ColorAdd, que terá custos quase nulos, poderá vir a ser adoptado por outros hospitais do distrito do Porto.
Mas afinal o que é o ColorAdd? Consiste na substituição das cores por um símbolo gráfico. "A cada uma das três cores primárias é atribuído um símbolo gráfico. Conhecendo esses três símbolos, um daltónico consegue identificar todas as cores", explicou Miguel Veiga, criador de um sistema que começou, há dez anos, com uma tese de licenciatura e foi divulgado em 2008.
Desde então, o ColorAdd já foi adoptado por empresas como a CIN e outras ligadas aos sectores da cerâmica e de materiais escolares. Segundo Miguel Veiga, até já terá sido procurado pelos metros de Londres (Inglaterra) e de S. Paulo (Brasil).
Na área da saúde, o S. João é o primeiro hospital a associar a cor a símbolos gráficos. Segue-se outra unidade de saúde, em Lisboa, onde, em Janeiro, arranca um projecto piloto de inclusão do ColorAdd nos fármacos administrados no serviço operatório.
O protocolo com o Hospital de S. João vai ser assinado no próximo dia 6. A governadora civil do Porto, que apadrinha o projecto, acredita que outros virão. "Convoquei para uma reunião diversos hospitais do distrito e só tive reacções favoráveis", adiantou Isabel Santos, esperançosa de que o sistema venha a ser adoptado por outro tipo de entidades. "É um problema que afecta 10% da população masculina do distrito", constatou, em jeito de argumento.
Ainda por cima, para Isabel Santos, o ColorAdd é uma espécie de "ovo de Colombo" para os daltónicos. "É uma solução muito simples. Quase não tem custos", enalteceu ainda a governadora, revelando regozijo por um projecto ter partido de um criador portuense. "É uma forma de afirmarmos também a marca Porto", concluiu isabel Santos.
"No caso do S. João, o investimento é mesmo nulo", reforçou Miguel Neiva, convencido de que o ColorAdd "está para o daltónico como o braille para o cego". "É sobretudo um código que permite a inclusão", rematou.

Empresários investem nas escolas para ajudar a pôr fim ao abandono

Rondam a escola. Outros não querem sequer ouvir falar dela. São os jovens que já experimentaram tudo, do ensino regular aos cursos alternativos. Em Sesimbra representam 0,1 por cento da população em idade escolar. São meia centena em cinco mil estudantes e são os que a autarquia e a associação Empresários pela Inclusão Social (EPIS) querem recuperar no prazo de dois anos. 

O projecto-piloto chama-se Abandono Zero e é o mais recente projecto da EPIS, uma associação nascida em 2006 e que desde então já conseguiu recuperar um milhar de alunos para a escola. E Abandono Zero quer dizer isso mesmo - terminar com o abandono escolar até ao 9.º ano. 

O primeiro passo foi perceber quantos alunos estavam em situação de abandono efectivo ou em risco elevado e fazer o seu histórico. "São alunos que não querem regressar à escola porque não gostam, porque não estão interessados. Estão entre os 15 e os 17 anos, com várias repetências", resume Carla Deus, psicóloga da Câmara de Sesimbra e uma das duas mediadoras que vão trabalhar no projecto da EPIS. Se estivessem na escola, frequentariam os 2.º e 3.º ciclos. 

A lista pode aumentar até ao final do 1.º período, revela Nuno Mantas, director da básica integrada da Boa Água, na Quinta do Conde. "São alunos que na pauta não sabemos se pomos um traço ou escrevemos "1" [numa escala de 1 a 5]", acrescenta.

Regressar ao sistema 

O segundo passo começou a ser dado há uma semana: localizar e conversar com os jovens. As psicólogas e os investigadores Daniel Rijo, da Universidade de Coimbra, e Paulo Nossa, da Universidade do Minho, que pertencem à equipa de metodologia da EPIS, foram para o terreno e encontraram seis. "Os mais fáceis", os que rondam a escola, que chegam ao portão mas não o atravessam. Haverá outros a quem será difícil chegar, por consumirem drogas, por gravidezes precoces, por serem de famílias desestruturadas. E outros haverá também que não se sabe onde param.

O terceiro passo é fazê-los regressar ao sistema mas, para isso, é preciso trabalhar numa base semanal, com cada um. Trabalhar as competências pessoais e sociais. A maioria não sabe estar na sala de aula, controlar a impulsividade, regras básicas de convivência e de cidadania - quando os técnicos se aproximam, há quem pergunte se vêm do tribunal ou se são da polícia, conta Carla Deus.

E o que pode a escola fazer por eles? "O percurso normal não lhes diz nada. Há que existir vontade própria, motivação, mas também precisam de uma oferta diferenciada", reconhece Nuno Mantas. A solução pode passar por cursos "feitos à medida", sugere Daniel Rijo. 

O próximo passo é estabelecer um compromisso com os jovens e famílias. Não será fácil, reconhecem todos. "Daqui a dois anos queremos que a maior parte esteja em formação", avança Paulo Nossa, mas todos se recusam a fazer prognósticos.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Feira de Natal BIPP para ajudar crianças especiais


Mais de duas dezenas de empresas contribuíram este ano com donativos para realizar mais uma feira de Natal do Banco de Informação de Pais para Pais (BIPP), uma Instituição Particular de Solidariedade Social que apoia famílias de pessoas com necessidades especiais, mas que está aberta a todos os que se relacionam com a deficiência.
A feira decorre até amanhã no Fórum Picoas, em Lisboa, e estará no Évora Hotel entre os dias 3 e 5 de Dezembro. As receitas revertem a favor da instituição, que tem um centro de atendimento em Lisboa, na Rua Rosa Araújo, e organiza campos de férias.
"Há muita falta de informação. As pessoas, por vezes, passam uma vida inteira, às voltas, sem saber a quem recorrer e que apoios podem ter. Esse é o trabalho prestado pelo BIPP", explicou Gonçalo Sousa Coutinho, um dos membros da direcção da instituição.
Joana Santiago, presidente do BIPP e mãe do Francisco, um menino especial que sonha ser fadista, revelou que a instituição está apostada em colocar de pé dois projectos a curto prazo.
De acordo com a responsável, uma das ideias que está ainda em embrião é o projecto InVida, um espaço de desenvolvimento de competências sociais. O outro será a criação de uma unidade móvel para percorrer o país e funcionar como centro de atendimento e para a prática de terapias.

Utilização da CIF - ESTUDO DE CASOS - em Processos de Avaliação e Programação em Educação Especial

Objectivos
     Dotar os formandos de competências para operacionalizar a utilização da CIF, em contextos multidisciplinares, nos processos de avaliação e programação das Necessidades Educativas Especiais de carácter permanente.

Conteúdos 
Utilizando a metodologia do "Estudo de Caso", serão trabalhados os seguintes conteúdos:
            - Aplicação prática do "Roteiro de Avaliação";
            - Utilização da cheklist da CIF para atribuição dos qualificadores;
            - Elaboração do relatório Técnico-Pedagógico por referência à CIF e Tomada de Decisões;
            - Elaboração do Programa Educativo Individual.

Programa 
09:30h - Apresentação
10:00h - Início da formação - Breve enquadramento legal - Análise das implicações do Dec. Lei n.º3/2008 de 07 de Janeiro, no processo de avaliação das NEE e na organização das respostas. Fases do processo de avaliação; organização das equipas multidisciplinares e preparação das reuniões de avaliação.
11:30h - Intervalo
11:45h - Apresentação de "estudos de caso" para análise e instrumentos de apoio ao processo de avaliação.
13:00h - Almoço (Livre)
14:00h - Elaboração do Relatório Técnico-pedagógico e definição das linhas gerais de intervenção.
15:30h - Intervalo
15:45h - Construção do Programa Educativo Individual.
18:00h - Fim dos Trabalhos.

 Formadora
       Maria da Conceição Vitorino Baião – Professora de Educação Especial
- Especialização no domínio Cognitivo e Motor.
- Mestranda do Curso de Comunicação Alternativa e Tecnologias de Apoio da Universidade Lusófona.

Destinatários
            - Docentes de Educação Especial;
            - Docentes de Intervenção Precoce;
            - Educadores e docentes de todos os ciclos de ensino;
            - Psicólogos e Terapeutas;
            - Técnicos de Serviço Social;
            - Estudantes de cursos das áreas da Educação.

Nota:
Este workshop destina-se, preferencialmente, a profissionais e estudantes de áreas com intervenção na educação, que já conheçam a CIF e o novo paradigma da funcionalidade humana.

Local: Hospital CUF Descobertas - Lisboa (Parque das Nações)

Nº de Vagas -  35 (Admissão por Ordem de Chegada das Fichas de Inscrição)

Horário: 9.30 às 18 horas

Preço de Inscrição 
        Até  21/01/2011  - € 75   ;    Após  21/01/2011  - € 100 
Secretariado

Oficina Didáctica
Rua D. João V, nº 6-B (ao Rato)
1250-090 Lisboa
Tel.: 213 872 458 - Email: info@oficinadidactica.pt 

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Desenvolver a auto-estima

O Calvin é uma personagem deliciosa! A brincar vai dizendo aquilo que muitos jovens sentem e pensam e que provavelmente nunca traduziram em palavras. As birras com a mãe, o desinteresse pela escola, os atritos com a professora, as confidências ao seu tigre... Quantas mensagens úteis transmitidas de uma forma divertida!



Neste pequeno excerto faz apelo a um conceito muito importante: a auto-estima. Atrevo-me mesmo a dizer que esta é uma das maiores heranças que os pais podem ajudar os filhos a construir. Não lhes poderão transmitir este bem precioso através do testamento, porque a sua transmissão se processa no dia-a-dia.

O que é a auto-estima
A auto-estima é a percepção que cada um tem de si mesmo em termos mais afectivos. Esta resulta de um longo processo, determinado por um sem-número de experiências que surgem na sequência do contacto com diferentes contextos. A família, a escola, a sociedade em geral dão permanentemente informações ao indivíduo que são usadas na construção desta auto-imagem. Os comentários, os êxitos e fracassos, o estilo educativo parental, os valores e modelos sociais são algumas das pistas que vão sendo transmitidas ao sujeito e que contribuem decisivamente para que este vá construindo uma imagem mais ou menos positiva de si mesmo. A família não é a única responsável nesta construção, mas coloca nela "tijolos muito decisivos".

Como podemos ajudar
Ajudar o seu filho a gostar dele próprio é meio caminho andado para a sua felicidade... Haverá porventura maior herança que esta?O que poderá então fazer desde já para que o seu filho possa, com maior probabilidade, desenvolver uma auto-estima positiva? Apesar de não existirem receitas, deixo-lhe algumas sugestões:

  • Orgulhe-se pelo seu filho ser como é. Ele pode não ser um bom aluno, nem tocar aquele instrumento musical que tanto gostaria, mas tem, com toda a certeza, outras qualidades.
  • Deve elogiá-lo pelas pequenas e grandes vitórias. Não é necessário, no entanto, passar a vida a dar-lhe reforços positivos. Os pais podem ralhar, chamar a atenção, impor limites, desde que reafirmem sempre a confiança nas capacidades dos filhos e expressem a convicção de que eles são capazes de fazer melhor.
  • Envolva o seu filho na definição de regras. Estas devem ser discutidas de forma a ficarem bem claras para os pais e para os filhos. Este aspecto é absolutamente indispensável, se ele for adolescente.
  • Valorize os pequenos progressos que o seu filho for fazendo, sobretudo se se tratar de uma área em que ele apresenta dificuldades.
  • Se reforçar os aspectos negativos do seu filho, irá contribuir para que se despoletem ainda mais aspectos negativos. A censura, a crítica permanente só contribuem para a destruição progressiva da auto-estima.
  • Não caia na tentação fácil de comparar o seu filho com o primo, o vizinho, o irmão...Ele é um ser único, com um ritmo de desenvolvimento muito próprio e apenas pode ser comparado com ele mesmo. Ajude-o a relativizar os insucessos e a tentar encontrar razões explicativas para estes terem surgido. Quantas vezes o insucesso escolar é atribuído à falta de capacidade.
  • Se o seu filho é demasiado exigente com ele próprio, ajude-o a definir metas menos ambiciosas. O perfeccionismo é um grande inimigo da felicidade, uma vez que para o perfeccionista, por melhores que sejam os resultados obtidos, são sempre abaixo daquilo que para ele seria desejável.
Se ainda tem dúvidas quanto ao valor desta herança, deixo-lhe alguns dados para reflectir.
Os indivíduos com baixa auto-estima têm reduzida auto-confiança e, por isso, não acreditam nas suas possibilidades. Vivem centrados nas suas dificuldades e têm baixas expectativas, o que leva a que obtenham baixos resultados nas tarefas. A nível profissional têm grandes dificuldades em definir objectivos, em utilizar estratégias e em tomar decisões.

VÍDEOS RELACIONADOS COM ESTE TEMA
Adriana Campos

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Crianças com deficiência em risco de ficar sem apoio nas escolas

Milhares de alunos das escolas públicas com necessidades especiais estão em risco de ficar sem apoio especializado nos próximos meses. Em causa estão as verbas que o Ministério da Educação ainda não pagou aos centros de recursos para a inclusão. As dívidas acumulam-se desde o início do ano lectivo e boa parte das instituições que asseguram o acompanhamento destas crianças nos agrupamentos escolares de todo o país estão à beira da ruptura financeira.

A Federação Portuguesa de Autismo e a Humanitas - Federação Portuguesa para a Deficiência Mental - são apenas duas das organizações que alertam para o perigo de suspender a sua actividade caso o governo não regularize as dívidas até final deste ano. Só na Humanitas são pelo menos 12 as instituições com centros de recursos para a inclusão que temem não conseguir pagar já no próximo mês as despesas correntes e os salários de centenas de técnicos que acompanham 1650 crianças deficientes a estudar em todas as regiões do país, excepto no Algarve.

Não tendo ainda transferido as verbas referentes aos meses de Setembro, Outubro e Novembro, o Ministério da Educação deve já 440 mil euros às instituições federadas na Humanitas. "A principal consequência dessa demora é a suspensão a muito curto prazo dos projectos que desenvolvemos nas escolas e que passam sobretudo pelo apoio especializado prestado por terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas ou psicólogos", explica o vice--presidente da federação, João Dias.

Na mesma situação encontram-se os dois centros de recursos para a inclusão da Federação Portuguesa de Autismo, que acompanham 250 crianças nas escolas das regiões de Lisboa e Porto. "Temos contratos para cumprir com os agrupamentos escolares, mas a sua execução depende das verbas do Ministério da Educação", esclarece a dirigente da federação, Isabel Cottinelli Telmo.

O governo concedeu este ano à federação de autismo uma verba superior a 200 mil euros e, por enquanto, a dívida do ministério ascende a 46 815 euros. Entre Setembro e Novembro, Isabel Telmo explica que usou os subsídios de Natal e de férias deste ano para pagar os salários dos técnicos, as despesas correntes e ainda os encargos com as obras que estão a decorrer na Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo.

Porém, em 1 de Janeiro esse pé de meia estará esgotado: "Se entretanto as dívidas não forem liquidadas não temos alternativa senão suspender a nossa actividade", avisa a presidente, que, no entanto, diz acreditar na "boa vontade" das direcções regionais de educação (DRE) para sair deste impasse.

Contudo, a resolução do problema não estará dependente das cinco direcções regionais de educação. Tanto a Humanitas como a Federação Portuguesa de Autismo já questionaram diversas vezes as DRE e obtiveram repetidamente a mesma resposta. "Dizem-nos que desconhecem quando as verbas serão pagas e que a questão só poderá ser solucionada pela tutela", conta João Dias. 

O mês de Novembro está a acabar e ainda "não há qualquer resposta", apesar dos "emails enviados às direcções regionais e ao secretário de Estado adjunto da Educação [Alexandre Ventura]", conta o vice-presidente da Humanitas. (...)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Projecto "Parents of Down"

Projecto "Parents of Down" foi considerado pela Comissão Europeia uma "ferramenta de grande qualidade". Obteve oito em dez valores possíveis. O DVD dirigido a familiares de crianças e pessoas com síndrome de Down é um guia precioso para quem quer educar - na verdadeira acepção da palavra.

É uma ferramenta importante para ajudar quem padece de síndrome de Down. Um DVD, um CD e um livro didáctico dão corpo ao projecto "Parents of Down", patrocinado pelo Programa Leonardo Da Vinci e desenvolvido pela Fundação Down de Saragoça, o grupo internacional Master.D. e o Instituto Aragonês de Serviços Sociais. O material pode ser adquirido através da Fundação Down de Saragoça. O contacto é info@downzaragoza.org

A Comissão Europeia reconheceu o mérito deste trabalho e deu oito em dez valores possíveis ao material elaborado propositadamente para os familiares de pessoas com o síndrome de Down. A nota positiva chegou acompanhada de um comentário. O projecto foi classificado como "uma ferramenta formativa de grande qualidade". 
O objectivo é ajudar quem lida de perto com pessoas com síndrome de Down, tendo em consideração os aspectos intrapessoais, biológicos e educativos de cada uma e não esquecendo que nos primeiros anos de vida há mais receptividade a quaisquer estímulos. O DVD tem indicações para ajudar a estimular e a educar durante o processo de desenvolvimento e aprendizagem, ou seja, nos primeiros anos de vida. 
O CD contém uma extensa informação sobre o assunto, recolhida de várias páginas da Internet, e com os contactos nacionais e internacionais mais importantes desta área. E no livro é feito um resumo dos recursos específicos adaptados a cada país. Com um aviso para os pais: é muito importante que a família conheça o seu filho, as suas limitações e os seus pontos fortes. 
A iniciativa, patrocinada pelo programa da Comissão Europeia no âmbito de um dos seus projectos multilaterais de desenvolvimento da inovação, inclui várias entrevistas com pais e profissionais, voluntários e crianças. Tudo gravado em cinco idiomas - inglês, espanhol, romeno, italiano e grego - com subtítulos para cada tema abordado e guiões desenvolvidos de uma maneira profissional. 
Material inovador, com uma forte componente educativa e acessível, é recomendado como um complemento das actividades realizadas por pais e profissionais dos centros especializados nessa síndrome. "Não como um substituto deste trabalho, mas sim como um instrumento útil para as famílias e educadores", explica, em comunicado, Manuel Fandos, responsável pelas relações externas da empresa Master.D. E acrescenta: "O objectivo final não é outro que o de melhorar a qualidade de vida deste colectivo e conseguir as maiores cotas de autonomia possíveis." 
Master.D é um grupo internacional que conta com uma equipa de 1050 trabalhadores e docentes colaboradores e que, neste momento, dá formação a mais de 55 mil alunos, através da aprendizagem à distância e semipresencial. A empresa tem 54 centros em Portugal, Brasil, Espanha, China e Grécia. No nosso país, está acreditada pela Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho.
Sara R. Oliveira

domingo, 21 de novembro de 2010

Escrever à mão mantém o cérebro mais activo



Investigadores norte-americanos descobriram que escrever manualmente ajuda a decorar conceitos e a aprender com mais facilidade fórmulas e símbolos. Os médicos portugueses encontram muitas vantagens na dactilografia, mas continuam a defender o abandono do uso dos computadores.
(…) Escrever à mão, seja cartas, relatórios ou mesmo trabalhos da escola, está cada vez mais em desuso. E nas salas de aulas os cadernos deixaram quase de fazer parte da decoração, e são cada vez mais substituídos pelos computadores.
No entanto, um novo estudo indica que a escrita manual é fundamental para decorar conceitos, aprender uma língua ou manter o cérebro activo.
Graças a testes e imagens recolhidas através de ressonâncias magnéticas, investigadores da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, concluíram que escrever à mão traz muitas vantagens, uma vez que são estimuladas e activadas mais conexões cerebrais, o que favorece a aprendizagem de fórmulas e também de símbolos.
"Quando escrevemos à mão, a palavra que imprimimos no papel está memorizada como um todo, como símbolos, sai como uma unidade única de significação", explica o neurologista do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Alexandre Castro Caldas.
"Quando utilizamos o computador, o cérebro processa letra a letra, com base numa memória visual dos caracteres que se quer teclar. Na base está o acto de soletrar, um processo mais lento."
Para o director do Instituto de Ciências da Saúde, da Universidade Católica Portuguesa, é preciso desenvolver o processo da escrita à mão quando se é criança, porque ele favorece a elasticidade do cérebro, o que vai permitir desenvolver outras capacidades cognitivas como decorar ou exprimir pensamentos de forma mais clara.
"A escrita à mão é uma habilidade que deriva da arte de traduzir ideias e palavras numa linguagem gráfica legível", define também o neuropsicólogo e presidente do Instituto da Inteligência, Nelson Lima.
Rosa Evangelista tem 66 anos. Nunca teve computador e também não pensa vir a adquirir um. Não porque não possa, mas porque simplesmente não quer. "Nem nunca cheguei a ter máquina de escrever. Os meus filhos e amigos estão sempre a perguntar o porquê de não comprar um computador cá para casa. E eu respondo que não me seduzem. Gosto demasiado de escrever à mão e de ler para ficar agarrada a uma máquina, como eles fazem", conta a professora reformada das disciplinas de Português e Francês.
Na altura em que dava aulas na Escola Secundária da Sé, na Guarda, até o formulário dos testes os alunos recebiam sempre escrito à mão. "Eles já não estranhavam e como tenho uma letra muito redondinha nunca tive problema para entenderem a minha letra."
Para Rosa, o computador não traz muitas vantagens, "facilita demasiado", acredita.
"Vejo as novas gerações a escrever cada vez pior, e, como consequência, a falar cada vez pior. São as abreviaturas e os códigos que utilizam entre eles. Deixaram de saber escrever sem erros gramaticais por causa do corrector do computador", acusa, defendendo a escrita à mão acima de tudo: "Obriga a pensar e é importante para desenvolver capacidades cognitivas e de raciocínio."
O neuropsicológo João Anacleto, do Instituto do Cérebro, não podia estar mais de acordo. "Através da escrita manuscrita existe tendência a uma maior concentração, e consequentemente facilidade de interiorização da informação. Inclusive para a realização dos testes, que são manuscritos", defende.
Nelson Lima assina por baixo: "A escrita à mão é geralmente mais lenta e exige uma maior concentração, o que permite uma mais demorada, ainda que curtíssima, elaboração mental para transformar ideias e palavras em linguagem escrita."
E dá como exemplo os escritores que " preferem criar as suas obras usando primeiro a escrita à mão, talvez porque lhes dá uma maior liberdade criativa e expressiva".
Para o especialista, escrever as palavras à mão é mais exigente sob o ponto de vista intelectual, o que significa que contribui para a agilidade cognitiva. "O uso excessivo dos teclados poderá levar a uma perda das habilidades manuais para a escrita e, como consequência, de certas habilidades do pensamento."
Embora Nelson Lima encontre vantagens da escrita manuscrita, defende que o processamento de texto no computador também é importante.
"A aplicação de um não anula o interesse prático, expressivo e intelectual do outro", defende o especialista.
"A escrita à mão é uma competência que se consegue graças à ligação do cérebro com a mão dominante e como consequência de um acto consciente e voluntário", começa por explicar.
"Nos teclados, as letras já lá estão, e apenas precisam que os dedos as construam através de uma espécie de jogo digital que, nos mais experientes, é algo quase automático."

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Portugal é o país da Europa com mais doentes mentais

De acordo com o primeiro estudo epidemiológico sobre saúde mental, Portugal é o país europeu com mais doenças mentais referenciadas e está próximo do líder mundial no campo dos distúrbios psiquiátricos, os EUA.
O rastreio realizado a nível nacional conclui que 23% dos portugueses já sofreram ou sofrem de perturbações psiquiátricas, enquanto 43% da população já teve uma destas perturbações ao longo da vida.
Estes números alarmantes encontram-se em debate na Fundação de Serralves, no decurso da 14ª edição das Jornadas da Cofanor sobre "Saúde Mental".

Loucura sem definição clara


Quem são os loucos, os abusos dos psicotrópicos, as melhores estratégias para alcançar uma melhor saúde mental e o que faz Portugal por esta doença. são alguns dos temas analisadas por vários profissionais de saúde.
Entre os presentes contam-se o vice-presidente do Infarmed, Hélder Mota Filipe, para falar dos "usos, abusos e limites" dos psicotrópicos, e Cláudia Milheiro, psicóloga clínica do Hospital Magalhães Lemos, que questiona os diversos "interfaces entre psicanálise/psicologia/psicoterapia" face às novas psicopatologias da sociedade atual.
Para Hélder Mota Filipe, é fundamental controlar o circuito dos psicotrópicos, dado poderem tornar-se um risco para a saúde pública.

Farmácias da Internet potenciam mercado ilícito 


O farmacêutico apresenta alguns dados do Realatório Anual 2009 do International Narcotis Control Board (INCB), que conclui que houve um abuso de venda de medicamentos sujeitos a receita médica, um desvio de medicamentos do circuito controlado e um crescimento do número de farmácias existentes na Internet, que contribuiram para o mercado ilícito de medicamentos que exigem receita médica.
Maria Júlia Valério, membro da Comissão Nacional para a Reestruturação da Saúde Mental, aborda a temática da crise económica, situação que, em sua opinião, "poderá propiciar práticas mais ecológicas da reutilização dos recursos existentes" e uma oportunidade para deixarmos de consumir desenfreadamente.
"As situações adversas fazem-nos refletir acerca dos valores e práticas que orientaram a sociedade nos últimos anos, nomeadamente sobre o falhanço de uma sociedade materialista em que se é aquilo que se exibe", refere Júlia Valério, a coordenadora do serviço de Psicologia do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia. 

Aplicação da Portaria nº 432/2006 (centros de actividades ocupacionais) - relatório

Portaria nº 432/2006, de 3 de Maio, do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social veio regulamentar o exercício das actividades socialmente úteis a que se refere o Decreto-Lei nº18/89, de 11 de Janeiro, no artigo 3º, bem como as condições de atribuição das compensações monetárias, referidas no artigo 10º do citado Decreto, aos utentes dos centros de actividades ocupacionais.
No âmbito desta Portaria com o "objectivo de se proceder ao acompanhamento e avaliação do presente diploma" e, também, a avaliação de todo o regime das actividades ocupacionais foi criado o Grupo de Acompanhamento de acordo com o artigo 9º, constituído pelas entidades abaixo designadas:
  • Instituto Nacional para a Reabilitação (INR, I.P) - Entidade Coordenadora;
  • Direcção-Geral da Segurança Social (DGSS);
  • Instituto da Segurança Social, I.P (ISS);
  • Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P (IEFP);
  • Confederação Nacional para a Deficiência Mental (CODEM).
Neste sentido, o Grupo de Acompanhamento, construiu um questionário a fim de aferir a realidade nacional relativamente à aplicação da Portaria nº432/2006, de 3 de Maio, do MTSS e do funcionamento das actividades ocupacionais, de acordo com o Despacho nº 52/SESS/90, de 16 de Julho, o qual foi enviado a todas as instituições com a resposta social CAO.
Com base na análise das respostas recebidas o Grupo de Acompanhamento elaborou o relatório Aplicação da Portaria nº 432/2006, de 3 de Maio, do MTSS e que se divulga neste sitio.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

III Curso Psicomotricidade na Deficiência Visual (0-6 anos)

Conteúdos
1. Introdução
2. Abordagem histórica e enquadramento da psicomotricidade
• Modelos teóricos da psicomotricidade,
• Principais autores,
• Objectivos da psicomotricidade,
• Diagnóstico e intervenção psicomotora
3. Elementos básicos da psicomotricidade
• Tonicidade; Equilíbrio; Lateralidade; Noção do corpo; Estruturação espácio-temporal; Praxia Global; Praxia Fina
4. Desenvolvimento motor da criança com deficiência visual nos primeiros anos de vida
• Fases do desenvolvimento motor,
• Aspectos diferenciais no desenvolvimento da criança com deficiência visual
5. Observação de um estudo de caso
• Visionamento de uma filmagem,
• Aplicação de uma Checklist do desenvolvimento motor
6. Discussão final


Formadora: 
Dina Madeira - Técnica de Psicomotricidade do CAIPDV

Dirigido a:
Profissionais de IP: Educadores, Psicólogos, Téc. Serviço Social, Enfermeiros, Médicos, Familiares de Crianças em IP, Professores, etc.

Local:
Sala Polivalente do IPJ
Instituto Português da Juventude - Coimbra
Rua Pedro Monteiro, 73
(Junto ao Jardim da Sereia)
3000-329 COIMBRA
Panfleto aqui