quinta-feira, 30 de abril de 2009

Apresentação de projectos de continuidade ao abrigo da alínea b) do nº 1 da Portaria nº 1102/97, de 3 de Novembro

Nas áreas geográficas onde não existem CRI e nas quais foram identificadas, pelas DRE, necessidades passíveis de serem respondidas através da articulação dos agrupamentos de escola com instituições de educação especial, podem ser aceites projectos de continuidade ao abrigo da alínea b) do nº 1 da Portaria nº 1102/97, de 3 de Novembro. Para o efeito, os projectos devem ser enviados para as respectivas Direcções Regionais de Educação até ao dia 30 de Maio.

Apresentação dos Planos de Acção dos Centros de Recursos para a Inclusão (CRI)


Os CRI acreditados pelo Ministério da Educação nos termos constantes do Aviso nº 22914/2008 publicado no Diário de República, 2ª série, nº 170, de 3 de Setembro devem apresentar, até ao dia 30 de Maio, às Direcções Regionais de Educação o respectivo Plano de Acção elaborado com os Agrupamentos de Escola da sua área de intervenção e devidamente assinado pelas duas entidades. O Plano de Acção deve obedecer, rigorosamente, aos princípios, objectivos e procedimentos definidos no documento “Referencial para a Elaboração dos Planos de Acção dos Centros de Recursos para a Inclusão”. A área de intervenção dos CRI é definida, caso a caso, com a respectiva Direcção Regional de Educação.

Reacção à notícia: Vila Real: Centro de educação especial acusa ministério de esvaziar protocolo com oito anos

Relativamente à notícia do Público Online Vila Real: Centro de educação especial acusa ministério de esvaziar protocolo com oito anos, que eu coloquei neste blog, por considerar que se enquadra o âmbito editorial do mesmo, recebi o seguinte comentário de alguém visado. Como não censuro opiniões, muito menos factos, aqui fica o texto recebido:
Vamos aos factos.
1- Em 2005, pouco tempo depois da posse do actual Governo, exercia eu as funções de Coordenador da então Equipa de Coordenação dos Apoios Educativos (ECAE) de Vila Real C, quando fui questionado pela DREN, sobre qual a melhor Escola de Vila Real, para lá se sediar um Centro de Recursos em Tecnologias de Apoio à Educação Especial no distrito de Vila Real. Informei de imediato que seria a Escola EB 2,3 Monsenhor Jerónimo do Amaral.
2- Com o desenvolvimento do Programa PAIPDI, foi Vila Real e a Escola Monsenhor Jerónimo do Amaral “contemplada” com um desse 25 Centro de Recursos, tendo sido nesta Escola decorrido, em 1 de Fevereiro de 2007, uma reunião aonde participou uma interlocutora vinda directamente dos Serviços Centrais do Ministério da Educação (DIDC/DSEEASE), Drª Ida Brandão. Nesta reunião o Conselho Executivo, na pessoa do então Presidente Vítor Almeida, disponibilizou de imediato as necessárias instalações, bem como cumpriu todas as diligências requeridas para o efeito.
3- Entretanto o CERTIC da UTAD contestou esta decisão de forma muito dura, envolvendo o então Governador Civil e Centro de Área Educativa de Vila Real, tendo através de ofício nº 020/Ret do Magnífico Reitor informado a DREN da “Cessação do protocolo entre a UTAD e a DREN”, que vinha sendo desenvolvido desde Dezembro de 2000,invocando terem tido «conhecimento que os serviços centrais de educação especial do Ministério da Educação, em articulação com a DREN, decidiram criar um Centro de Recursos em Tecnologias de Apoio à Educação Especial no Agrupamento de Escolas Monsenhor Jerónimo do Amaral, em Vila Real» e argumentando ainda que essa «decisão de duplicar um serviço na mesma cidade e a forma como foi conduzido o processo de criação do futuro centro, sem consultarem previamente a Coordenação Educativa de Vila Real e excluindo o CERTIC, inviabilizava a prazo a continuação do protocolo entre a UTAD e a DREN».
4- Esta enorme “pressão” fez com que o protocolo entre a DREN e a UTAD fosse reformulado e que o CERTIC tivesse conseguido que nesta cidade de Vila Real não fosse instalado nenhum dos 25 Centros de Recursos como estava previsto. Vila Real ficou no que respeita às Tecnologias para a Educação Especial sob a responsabilidade do CERTIC, tendo o Centro de Recursos distrital, que estava previsto para a Escola Monsenhor Jerónimo do Amaral, ter sido transferido para a cidade de Chaves.
CONCLUSÃO: Afinal o que quer agora o CERTIC?! Voltar a trás porquê? Arrependimento? Novo oportunismo? Será que é desta que o CERTIC vai mesmo prestar apoio nas TIC aos alunos com NEE no terreno? Esperemos...(sentados obviamente!
)Eduardo Alves (Professor de Educação Especial, Vila Real)

Genes que impedem comunicação entre os neurónios podem estar na origem do autismo


O autismo não é uma doença só, nem tem na origem um só gene. Para alguém sofrer de uma desordem autista é necessário que se conjuguem alterações em vários genes. O que três novos estudos revelam é que os genes que funcionam mal controlam a maneira como os neurónios se desenvolvem e comunicam entre si. Mais interessante ainda é que algumas dessas variantes genéticas são bastante comuns.

“Muitos genes que identificámos têm efeitos em regiões do cérebro que se desenvolvem de forma anormal nas crianças autistas”, comenta Hakon Hakonarson, do Hospital de Crianças de Filadélfia (EUA), o coordenador de dois trabalhos publicados na revista Nature. “Estas descobertas, juntamente com estudos anatómicos e de imagem, sugerem que as desordens autistas resultam de problemas de desconexão neuronal”, explica, num comunicado de imprensa.

Os cientistas procuraram pequenas diferenças nos genes – como gralhas numa palavra, que podem produzir significados diferentes, como cozer e coser. Procuraram estas diferenças no ADN de 12.834 pessoas, umas com autismo e outras saudáveis. Descobriram que são mais comuns nas crianças com autismo variantes genéticas numa região do cromossoma 5 localizada entre dois genes, o da caderina 9 e o da caderina 10. Ambos comandam a produção de moléculas que promovem a adesão celular dos neurónios.

O processo de adesão celular, explica Hakonarson, afecta a forma como as células comunicam umas com as outras – o problema que parece estar na base do autismo. “As pessoas que sofrem de autismo têm uma conectividade reduzida entre diferentes partes do cérebro”, explica Tony Monaco, do Centro Wellcome de Genética Humana, que coordenou o terceiro novo estudo, publicado na revista Molecular Psychiatry.

A equipa de Hakonarson identificou como suspeitos os genes que produzem caderinas, “moléculas à superfície das células nervosas que influenciam a estrutura do cérebro e as ligações funcionais entre as regiões cerebrais”. E algumas das variantes genéticas das caderinas “podem ajudar a explicar até 15 por cento dos casos de autismo”, conclui o cientista – ou seja, são bastante comuns, e por isso têm relevância clínica.

Já a equipa de Tony Monaco descobriu que o gene DOCK4, no cromossoma 7, pode elevar a susceptibilidade ao autismo e está envolvido na formação de dendrites – os longos braços que se estendem entre neurónios, para transmitirem sinais eléctricos entre si, formando sinapses. E o segundo estudo de Hakonarson levou à descoberta de variantes genéticas que modificam as ubiquitinas – enzimas que eliminam ligações entre neurónios e degradam as moléculas de adesão celular. Tudo descobertas que parecem relacionadas.

“Terão de existir muitos genes envolvidos no autismo. É provável que cada um contribua com um pequeno aumento de risco e interaja com outros genes e com factores ambientais para desencadear a doença”, explica Hakonarson. “Embora não seja possível aplicar directamente esta investigação em tratamentos, pode levar a novas estratégias de prevenção e tratamento do autismo”, adianta.

Primeiro café do país com ementa em Braille

Uma ementa totalmente escrita em Braille foi apresentada num estabelecimento de restauração de Braga, tornando-o o primeiro do país a fazê-lo.
Para assinalar a data foi descerrada uma placa onde o nome "CafféNoir" aparece também escrito na linguagem dos invisuais. Uma iniciativa que a ACAPO espera ver replicada no resto do país.
Eduardo Gonçalves, o proprietário conta que a ideia começou a ganhar forma em conversas que ia tendo com um cliente invisual: "nós vemos ainda muito em contra-luz, olhamos muito para a nossa sombra e espero que este seja um contributo para mudar a pequena mentalidade que ainda reina no país". Para a responsável pela ACAPO de Braga, Cristina Ferreira, "já existem edifícios e locais adaptados para receber pessoas invisuais mas este é o primeiro estabelecimento do país a ter uma ementa inteiramente em Braille" e vai mais longe: "mesmo aqui na vizinha Espanha não tenho memória que exista alguma coisa parecida".
Situado bem perto da Sé de Braga, numa zona nobre da cidade, o café conhecido também pela oferta em termos de chá colocou uma placa identificativa, de fácil acesso aos invisuais e com o nome gravado em relevo para ser facilmente reconhecido pelos invisuais: "é mais um passo que se dá para transformar e desenvolver uma cidade ainda muito presa a 200 anos de história", reconhece o proprietário.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Testes de diagnóstico de Português Língua Não Materna (PLNM)


A DGIDC disponibiliza a versão final dos testes de diagnóstico de PLNM, elaborados por uma equipa de investigadores do Intituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC). Este documento é composto por uma Introdução Geral e por três grupos de testes: 1.º-2.º anos; 3.º-6.º; 3.º ciclo e Ensino Secundário.
A versão inicial foi validada por várias escolas, a quem agradecemos a colaboração prestada, tendo-se chegado ao documento que agora se apresenta.
Salientamos que estes testes de diagnóstico se constituem como modelo para as escolas, que os poderão adaptar de acordo com as suas necessidades.
Testes de diagnóstico - Introdução Geral
Testes de diagnóstico - 1º e 2º anos do Ensino Básico
Testes de diagnóstico - 3º ao 6º ano do Ensino Básico
Testes de diagnóstico - 3º ciclo do Ensino Básico e Secundário

Vodafone Say

O que é o Vodafone Say?
O Vodafone Say é um serviço gratuito, criado com base num software Text to Speech, o qual permite transformar em voz todo o texto que aparece no ecrã do seu telemóvel. Assim, pessoas invisuais e amblíopes passarão a usufruir totalmente do seu telemóvel.
O que posso fazer com o Vodafone Say?
Poderá saber facilmente quem lhe está a ligar; enviar e receber mensagens escritas, mensagens multimédia e e-mails, aceder ao portal Vodafone live!, ouvir e escrever notas, editar e consultar a agenda, consultar o nível de rede e a carga da bateria, modificar as definições do seu telemóvel, entre outros.
Como posso ter o Vodafone Say?
Para ter o Vodafone Say necessita apenas de um telemóvel compatível. A Vodafone tem actualmente disponível o Nokia 6600 e o Nokia 6630. Na compra de um destes telemóveis, beneficia da oferta do serviço Vodafone Say e um auricular. Esta oferta é limitada ao stock existente. No entanto, se já possui um telemóvel compatível, também pode usufruir da oferta. Basta contactar a Vodafone para que os nossos serviços procedam à instalação da aplicação no seu equipamento. Para beneficiar desta oferta, deverá contactar o nosso serviço de Telemarketing, através do 800.919.191 (gratuito).
Quais são os equipamentos compatíveis com o Vodafone Say?
São vários os modelos compatíveis, bastando para tal, terem a função de alta voz, mínimo de 4 Mb de memória e sistema operativo Symbian Série 60. Para mais informações sobre a compatibilidade de equipamentos, ligue 800919191.
Qual o tarifário mais indicado para o Vodafone Say?
O Plano best é o plano indicado para uma utilização frequente, que permite beneficiar de uma tarifa simples e reduzida nas comunicações nacionais de voz, para todas as redes nacionais e em qualquer horário. Com o Plano best, estará sempre contactável e poderá efectuar comunicações sempre que desejar com a máxima liberdade, comodidade e conveniência, recebendo o detalhe das comunicações por si efectuadas numa factura enviada mensalmente para a sua morada. Este plano disponibiliza ainda, gratuitamente, o serviço Info best, através do qual pode, sempre que desejar, consultar o valor das comunicações efectuadas ou programar a recepção de uma mensagem escrita de notificação sempre que as suas comunicações nacionais de voz atinjam um valor pré-definido à sua escolha.
Tenho condições especiais se optar por este tarifário?
Sim, aderindo ao Vodafone Say passa a dispor de condições especiais nos tarifários best e SMS:
• Voz e Dados: Redução de 50% no consumo base, passando a mensalidade a ser de 10 euros. Desta forma, as comunicações nacionais de voz efectuadas até ao consumo base passarão a ser taxadas a 10 cêntimos por minuto (IVA incluído). Após os 100 minutos as chamadas serão taxadas a 8,2 cêntimos por minuto para qualquer rede e em qualquer horário. Inclui a oferta de 30 mensagens escritas por mês para a rede Vodafone.
• Dados: Redução de 50% no consumo base, passando a mensalidade a ser de 3,11 euros com oferta de 30 mensagens escritas por mês para a rede Vodafone. As restantes mensagens serão taxadas apenas a 3 cêntimos por SMS para a rede Vodafone e a 4,8 cêntimos para as outras redes.
O que é que preciso para adquirir o Vodafone Say?
Basta possuir o atestado médico de incapacidade multiuso (a incapacidade deverá ser de pelo menos 80%) e tornar-se Cliente Vodafone, no caso de ainda não o ser.
Se pretender beneficiar do plano tarifário especial deve ainda ter em atenção:
• Se é novo Cliente ou Cliente de um tarifário pré-pago é necessário o preenchimento do contrato de serviço telefónico que deverá ser acompanhado de cópia do documento de identificação, cartão de contribuinte e comprovativo de morada (para além do atestado de incapacidade). A activação ficará concluída no prazo máximo de 24 horas após a recepção de toda a documentação por parte da Vodafone.
• Se já é Cliente Pós-pago deve indicar que pretende aderir ao tarifário best.
NOTA: O Cliente portador da deficiência terá que ser o titular da Conta onde se inclui o serviço que irá beneficiar destas condições especiais. Para mais informações, ligue 800.919.191.
O Vodafone Say é um serviço gratuito, disponível para invisuais e amblíopes, portadores do atestado médico de incapacidade multiuso e que permite finalmente aceder a todas as funcionalidades do telemóvel, funcionando como um guia pelos diversos menus do telefone.

Novo Programa de Matemática do Ensino Básico


No âmbito das acções para a melhoria do ensino e aprendizagem da Matemática, apresenta-se duas iniciativas: o início da generalização do Novo Programa de Matemática do Ensino Básico e o Plano de Matemática II.
Novo Programa de Matemática do Ensino Básico
A generalização do novo Programa de Matemática do Ensino Básico iniciar-se-á no próximo ano lectivo de 2009/2010. Nesta fase, a generalização está sujeita a candidatura por parte dos Agrupamentos de Escolas e Escolas não agrupadas interessados em implementar este Programa para os 1.º, 3.º, 5.º e 7.º anos de escolaridade. As condições de candidatura constam do Edital do Novo Programa de Matemática do Ensino Básico, sendo as candidaturas feitas numa aplicação em linha, disponível nesta página, entre 13 de Abril e 9 de Maio de 2009.
Edital do Novo Programa de Matemática do Ensino Básico
Aplicação para candidatura ao Novo Programa de Matemática do Ensino Básico

terça-feira, 28 de abril de 2009

Pelo menos 20 mil alunos estão a ser excluídos do Ensino Especial, alerta PCP

O PCP denunciou, esta segunda-feira, que pelo menos 20 mil alunos estão a ser excluídos do Ensino Especial com a entrada em vigor da nova legislação. Num encontro promovido pelos partido, vários especialistas consideraram que as novas regras potenciam a discriminação.
Para dezenas de vozes ouvidas numa audição sobre o Ensino Especial, promovida pelo PCP, consideraram que as novas regras para aquele tipo de ensino estão a excluir mais de 20 mil alunos, a promover discriminações e a criar má vontade contra a Escola Inclusiva.
«Não poderemos tratar da mesma forma os alunos», porque nem «todos os cegos são iguais» e nem todas «as crianças com necessidades educativas precisam da mesma resposta», afirmou João Oliveira.
Para o comunista, «a realidade encarregar-se-á de exigir que sejam alteradas algumas medidas que foram tomadas».
Por seu lado, o secretário-geral da Fenprof, também presente na audição, renovou a denúncia da redução de docentes no próximo ano lectivo.
Com «milhares de crianças» a deixarem de «ser consideradas com necessidades educativas especiais» e com as turmas a passarem «a ter a dimensão normal», vão sair do Ensino Especial cerca de «2500 docentes» no próximo ano lectivo, afirmou Mário Nogueira.

Vila Real: Centro de educação especial acusa ministério de esvaziar protocolo com oito anos

O Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade (CERTIC), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, acusou hoje o Ministério da Educação de "ter esvaziado" o protocolo estabelecido há oito anos no âmbito das necessidades educativas especiais das escolas do distrito.
O coordenador do CERTIC, Francisco Godinho, disse à Lusa que o ministério criou uma rede de 25 Centros de Recursos de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para a Educação Especial (CRTIC), que - sustenta - "excluiu o CERTIC do papel que vinha desempenhando desde 2000". As zonas de intervenção dos CRTIC, definidas centralmente pelo Ministério da Educação (ME), repartem o atendimento dos concelhos do distrito de Vila Real pelos Centros de Chaves (distrito de Vila Real), Mirandela (distrito de Bragança), Cinfães (distrito de Viseu) e Guimarães (distrito de Braga). Com esta distribuição, os utentes são obrigados, segundo Francisco Godinho, a deslocar-se, o que considerou "não fazer sentido" devido à experiência que existe em Vila Real. Por isso, disse, o CERTIC está disponível para apoiar a criação de um Centro de Recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação para a Educação Especial na Escola Monsenhor Jerónimo do Amaral, em Vila Real.
Segundo o responsável, a UTAD forneceria equipamentos (sob a forma de doação e empréstimo) e estabeleceria uma parceria de colaboração. Esta proposta já foi acolhida favoravelmente pelo presidente da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), pela Câmara de Vila Real e pela presidente do executivo da Escola EB 2,3 Monsenhor Jerónimo do Amaral.
A condição para o apoio da UTAD à criação deste Centro em Vila Real estará condicionada à integração do mesmo na rede de CRTIC com igualdade de competências e a atribuição de uma zona de intervenção apropriada.
DREN rejeita "atribuição de incumprimentos"
Contactada pela Lusa, a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), rejeitou a "atribuição de incumprimentos protocolares" e disse "estranhar" que o coordenador do CERTIC apresente hoje a proposta de criação de um CRTIC na Escola Monsenhor Jerónimo do Amaral. Isto porque, sustenta, em 2007 invocou "a duplicação de serviços na mesma cidade aquando da proposta de criação de um CRTIC naquela escola, não tendo manifestado a vontade de patrocinar a criação de um centro, tendo conhecimento da rede dos centros de recursos".
A DREN referiu ainda que a UTAD assinou a actualização do protocolo de cooperação em 2007, comprometendo-se a colaborar outros centros de recursos TIC para a educação especial. Francisco Godinho considerou, no entanto, que a DREN "omite o problema", considerando que o serviço prestado pelo CERTIC é semelhante aos dos CRTIC, pelo que "não faz sentido que sejam atribuídos a centros exteriores" ao distrito de Vila Real mais de metade dos concelhos de Vila Real.
Por exemplo, afirmou que o concelho de Vila Real foi atribuído ao CRTIC de Mirandela (distrito de Bragança), o de Peso da Régua ao de Cinfães (distrito de Viseu) e o de Mondim de Bastos ao de Guimarães (distrito de Braga). "Esta situação obriga as crianças e jovens com deficiência, os seus familiares e os docentes desta zona a deslocarem-se para fora do distrito sem necessidade", concluiu.

Pró-inclusão


Mensagem da Associação Pró-inclusão.

"Como sabe, estamos empenhados em constituir uma Associação forte e que possa contribuir significativamente para o desenvolvimento profissional dos professores de Educação Especial e para ser interlocutora dos seus interesses e aspirações.Estamos agora a instalar a associação. Um factor importante, foi o recrutamento de uma pessoa a tempo parcial, que nos ajudará a ter o ficheiro de sócios actualizado e a estabelecer uma comunicação regular com todos.

A primeira acção pública da Pró-Inclusão, foi a participação no colóquio sobre a Profissão de Professor de Educação Especial, realizado a 7 de Março na FMH em Lisboa. Tivemos mais de 220 inscrições e a participação da Pró-Inclusão foi muito importante. Alguns dos slides das apresentações serão colocados no site da Associação (http://proinclusao.com.sapo.pt/).

Estamos neste momento, numa fase muito activa de preparação do Congresso que se vai realizar em 27. 28 e 29 de Novembro próximo. Queremos que este congresso seja um marco pela participação e pela qualidade. Oportunamente enviaremos o programa definitivo. Não esqueçam que há reduções de preço significativas para os sócios e também para as inscrições que sejam feitas antes de Junho.

Estamos também a preparar o primeiro número da revista. Esta revista será dirigida pelo colega Jorge Humberto e o primeiro número sairá durante o nosso congresso.

Nesta fase de instalação a comunicação, é um dos aspectos críticos e para isso contamos com a solidariedade de todos os nossos membros para nos apoiar nesta matéria.

Por várias vezes, temos falado na importância que teria para a nossa Associação constituir grupos de sócios que agrupados numa base regional, distrital ou concelhia dinamizassem alguns dos nossos objectivos comuns. Uma iniciativa que se poderia avançar desde já, era a organização de simpósios sobre assuntos de interesse dos professores de EE e que pudessem contar com a participação de membros da direcção da ANDEE.

A citação é comum mas não deixa de ser verdadeira: a Pró-Inclusão será o que nós quisermos que ela seja.

Bem-vinda à Associação."

Mais sucesso escolar:Edital para apoio a projectos de melhoria dos resultados escolares

Os agrupamentos de escolas e as escolas não agrupadas do ensino público que leccionem o ensino básico podem candidatar-se ao regime de acesso ao apoio a conceder pelo ME, até 1 de Junho através de uma aplicação electrónica a disponibilizar na página da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC).
Para acederem ao regime de apoios, as propostas das escolas têm de apresentar um projecto de recuperação dos resultados dos alunos, no qual têm de incluir, para além dos dados relativos à identificação do estabelecimento, dos docentes envolvidos e dos alunos a abranger, os seguintes itens:
- O diagnóstico dos resultados dos alunos;
- Os objectivos a atingir, nas classificações internas e externas dos estudantes, no final de cada ano lectivo;
- As estratégias de intervenção delineadas, nomeadamente a constituição de equipas pedagógicas que acompanhem os alunos ao longo do ciclo de escolaridade; a constituição de assessorias para apoio a alunos com necessidades educativas específicas; a organização de grupos flexíveis de estudantes com necessidades específicas; a utilização da componente lectiva e não lectiva dos professores para o reforço das actividades com os alunos; e a organização de ofertas formativas complementares, entre outras;
- As necessidades de formação decorrentes do projecto;
- Os recursos humanos necessários para a aplicação das estratégias, designadamente docentes do agrupamento ou da escola na componente lectiva ou não lectiva; peritos externos, instituições científicas ou do ensino superior que acompanhem e monitorizem o projecto; ou, ainda, técnicos especializados com formação adequada;
- Os custos envolvidos;
- A metodologia de acompanhamento e de avaliação interna;
- A proposta de instituição do ensino superior que acompanhe o projecto.
Para mais informações, consultar aqui.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Acção Global pela Educação


A Campanha Global pela Educação (CGE) é uma campanha a nível internacional, presente em mais de 100 países, que tem por objectivo mobilizar os cidadãos para exigirem aos seus respectivos governos e à comunidade internacional que cumpram o seu compromisso de garantir uma educação de qualidade para todos.
A CGE em Portugal é formada por uma coligação de várias organizações nacionais da sociedade civil e de outras entidades públicas e privadas comprometidas com o direito à educação. Entre os objectivos da CGE contam-se a promoção do direito à educação; a sensibilização junto das escolas e promoção da Educação para o Desenvolvimento; a promoção da cidadania participativa e informada relativamente às Metas de Dakar, aos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) e ao papel da Educação na redução global da pobreza; e a exigência do aumento da quantidade e da qualidade dos recursos adicionais necessários para que se cumpra o objectivo de uma Educação para Todos e a solicitação das mudanças políticas para que isto ocorra.
Com o intuito de contribuir para o objectivo da Educação para Todos, a CGE organiza a Semana de Acção Global pela Educação (SAGE) todos os anos, desde 2001. (http://www.educacaoparatodos.org/v2/).

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Ainda o alargamento da escolaridade obrigatória...

A propósito da media de alargamento da escolaridade obrigatória para doze anos, têm-se ouvido muitos comentários. Considero que a medida é tendencialmente positiva, pelo impacto que poderá ter ao nível pessoal e, também, ao nível do desenvolvimento do país. No entanto, pensando sobretudo nos alunos e nas suas reacções, esta medida precisa urgentemente de ser bem equacionada, ponderada e delineada, analisando e identificando todos as implicações daí resultantes, assim como as medidas colaterais a tomar, designadamente para os alunos com NEE com currículo específico individual. Caso contrário, estaremos perante mais uma medida de política demagógica!
Estes alertas têm sido publicados. Deixo o testemunho de Joaquim Azevedo, de Maria Madalena Matos e de Jorge Ramos do Ó, retirados do Público de hoje, em formato de papel.
"Esta é a parte fácil, fazer o decreto", comenta Joaquim de Azevedo. "A questão não é como obrigamos, mas como é que criamos condições para que todos possam ter um percurso educacional de qualidade", frisa. Trata-se de deslocar o foco de partida da "obrigatoriedade" para a "universalidade", o que só se conseguirá através de "formações muito flexíveis e abertas". "Os actuais cursos profissionais [onde estão 35,4 por cento dos mais de 300 mil estudantes do secundário] não chegam. São apenas um ponto de partida. É necessário criarem-se percursos individuais" que possam conduzir ao sucesso. Joaquim Azevedo não tem dúvidas de que este "é um caminho muito exigente", que só será possível com o envolvimento das instituições locais e uma maior autonomia, mas alerta que se não for feito o secundário transformar-se-á, também ele, num "contentor explosivo".
"Vão-se obrigar jovens, entre os 16 e os 18 anos, a estar contra a sua vontade numa escola que é completamente alheia aos seus interesses e motivações", lembra. E quando é feito assim o que se está a fazer também é "descartar a responsabilidade das instituições e colocar a pressão sobre o cidadão, obrigando-o a estar no contentor".
A socióloga Maria Madalena Matos considera imperiosa a "necessidade de ouvir as escolas". Vão entrar "novos públicos" no secundário, que consideram que "estar na escola não compensa o que teriam se não estivessem lá" e que vão sobretudo "sobrecarregar" os estabelecimentos que "já estão sobrecarregados", as grandes escolas dos meios urbanos. E acrescentar problemas pedagógicos, organizacionais e relacionais.
Jorge Ramos do Ó, historiador da Educação, considera que o aumento da escolaridade não responde ao que considera essencial: mudar o paradigma, substituindo um modelo que vem directo do século XIX, e que assenta na repetição e conhecimentos, por outro que aposte na criação e que seja mais deste século. Para motivar, a escola tem de estar organizada em torno de "um modelo credível para quem vive lá dentro".

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia nacional da educação de surdos

"Os portugueses asseguram 45% das entradas no site e também as que têm maior duração", declara a docente e investigadora da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, no Dia Nacional de Educação de Surdos, que se assinala esta quinta-feira.
"Enquanto nos Estados Unidos as pessoas só entram no Spread por alguns segundos, os portugueses ficam uma média de cinco a sete minutos, e, às vezes, muito mais."
"Isso acontece, provavelmente, porque até aqui não havia nada em Portugal para os surdos", conclui Orquídea Coelho. "Nos outros países não há tanta procura do site porque sempre houve mais sensibilidade para a questão da surdez e as pessoas sempre foram tendo outros recursos."
Para a coordenadora nacional do projecto "Spread the Sign", há um exemplo que "ilustra bem" a situação: "Não existem dados estatísticos rigorosos sobre os surdos em Portugal".
Os números "retirados de amostragens" apontam para 15 mil surdos profundos - os que mais utilizam a língua gestual - e para 150 mil pessoas afectadas por surdez, em diversos graus de intensidade."Mas estes dados não são fiáveis", garante à Lusa a investigadora. "A percentagem de surdos licenciados, por exemplo, não corresponde à realidade, porque os números não incluem as pessoas que ensurdeceram depois de frequentar a universidade".
O principal obstáculo ao rigor estatístico é, contudo, o preconceito: "Os dados não reflectem muitas situações encobertas que existem no nosso país, porque as pessoas ainda têm alguma dificuldade em assumir a surdez, mesmo quando a situação é tão evidente que já provoca distorção na fala".
Para Orquídea Coelho, se casos desses não se verificam em países como a Suécia e os Estados Unidos é porque, em ambos, "a língua gestual está incluída na oferta dos currículos escolares, como acontece com o Espanhol, o Inglês ou o Francês".
"Nos Estados Unidos, por exemplo, para entrar na universidade é preciso dominar duas línguas e uma delas pode ser a gestual", adianta a coordenadora do "Spread the Sign".
"Em Portugal", contrapõe a docente, "não há nenhuma escola que tenha a língua gestual como opção curricular e isso tem repercussões muito grandes, nomeadamente ao nível da formação de intérpretes".
Orquídea Coelho explica: "Os intérpretes que temos entram para os cursos sem saberem nada da língua gestual e nunca chegam a ter o domínio da língua". "Em França", continua a docente, "o nível desses profissionais baixou muito, porque, dantes, quem tirava o curso era filho de pais surdos e já dominava a língua, enquanto agora há muitas pessoas que só a começam a aprender quando entram para o curso".
"Claro que, depois, não podem ser bons intérpretes", garante. "Por isso é que o Governo francês decidiu que só deixa exercer a profissão quem tiver mestrado. Assim, obriga os intérpretes a mais cinco anos de estudo e garante que, quando começarem a trabalhar, têm realmente mais domínio da língua".

Alunos obrigados a cumprir 12.º ano


Os alunos que este ano se inscreverem no 7º ano vão ser obrigados a completar o Ensino Secundário. O anúncio foi feito ontem no Parlamento pelo primeiro-ministro, José Sócrates, que decidiu alargar a escolaridade obrigatória para 12 anos. Mas há mais: os alunos carenciados passarão a ter direito a uma bolsa de estudo já a partir de Setembro.

"Queremos estabelecer na lei a extensão da educação obrigatória para os 12 anos de escolaridade e até aos 18 anos de idade', anunciou José Sócrates, explicando que a medida irá abranger os jovens que este ano se inscrevem no 7º ano de escolaridade. O primeiro-ministro garantiu ainda que o alargamento da escolaridade obrigatória para o 12º ano será acompanhado por um novo abono: todos os alunos, beneficiários dos dois primeiros escalões do abono de família, com aproveitamento escolar no Ensino Secundário, vão ter direito a uma bolsa de estudo já no início do próximo ano lectivo. (...)


Comentário:

Esta medida peca por tardia! Já é referida há muitos anos, tendo, inclusivé, sido objecto de acordo em sede de concertação social, no tempo do governo de Cavaco Silva.

Há algumas interrogações que entretanto se colocam: Que se prevê para os alunos com NEE, com a medida de currículo específico individual? Que respostas podem ou vão ser criadas para estes alunos? Vamos aguardar...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Concurso de docentes para escolas prioritárias

Foi afixado e divulgado, em cada escola prioritária, o aviso que publicita o concurso para lugares de quadro desse agrupamento/escola considerada prioritária.
A estes concursos poderão concorrer os docentes com a categoria de professorque neste momento pertençam aos quadros (QA/QE e QZP).
Os critérios de selecção dos docentes são diferentes de escola para escola e constam do aviso de abertura de cada concurso.
A candidatura a estes concursos decorre durante cinco dias e é efectuada numa aplicação electrónica disponível no site da DGRHE.
Para mais informações, consultar as páginas das Direcções Regionais de Educação.

Crianças portuguesas na cauda da Europa no que toca à felicidade e qualidade de vida

Portugal ocupa o 21.º lugar de uma lista de 29 países europeus onde foi realizado um estudo sobre a qualidade de vida e a felicidade das crianças. Esta investigação realizada por uma equipa da universidade britânica de York e publicada ontem, confirma a distância de Portugal relativamente aos outros países, em matéria de felicidade.
Já um estudo da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, divulgado em 2007 em que foram inquiridas mais de 20 mil pessoas em 15 estados-membros da União Europeia, apresentava os portugueses e os italianos como os europeus menos felizes e menos satisfeitos com a sua vida num "mapa europeu sobre a felicidade".
Coordenado pela professora na Faculdade de Economia da Universidade de Cambridge, Luísa Corrado, este estudo continha perguntas como o nível de confiança que os inquiridos têm nas pessoas que as rodeiam, na sociedade em geral, na polícia, no sistema legal e nos respectivos governos.
A investigação divulgada ontem preocupa-se mais com indicadores relacionados com a qualidade de vida e comportamentais. Para concluir que as crianças mais felizes da Europa vivem nos Países Baixos e na Escandinávia, enquanto a França está classificada a meio da lista e o Reino Unido na 24.ª posição. Os Países Baixos situam-se à cabeça de uma lista dos países europeus elaborada a partir de 43 critérios (mortalidade infantil, obesidade, pobreza, etc.) quanto aos menores de 19 anos.
Estes dados referem-se, na maioria, a 2006, e foram compilados pelo Grupo de Acção Contra a Pobreza Infantil (CPAG). A Suécia e a Noruega alcançaram, respectivamente, o terceiro e quarto lugares da lista. A Alemanha surge colocada em oitava posição e a França em décimo quinto. O Reino Unido encontra-se na cauda mas à frente de Roménia, Bulgária, Letónia, Lituânia e Malta. Os Países Baixos obtiveram resultados elevados em todas as categorias. Os escandinavos, elogiados pelo fraco número de crianças mortas em acidentes, têm igualmente os jovens menos inclinados a adoptar "comportamentos de risco", como relações sexuais precoces, fumar e beber álcool.
A França situa-se na décima posição quanto aos comportamentos de risco e à qualidade do meio ambiente. Mas está em 20.ª posição no âmbito da saúde e em 28.º lugar no que respeita às relações dos jovens com as suas famílias e com os seus pares. Para os responsáveis do CPAG que concentra a sua análise na posição do Reino Unido, a 24.ª posição britânica explica-se, em particular, pelo "grande número de crianças que vivem em famílias onde nenhum dos progenitores trabalha".
Público, suporte de papel, p. 5

terça-feira, 21 de abril de 2009

Estará a ser alvo de bullying?

"Quando li o artigo "Vítima de bullying" tive de repente a impressão de que o meu filho mais novo pode estar a ser vítima de bullying! É uma criança que tem uma atitude de revolta em relação à escola, que desafia constantemente os professores e que se queixa dos colegas gozarem com ele. Revolta-se com os colegas e recusa-se a fazer o que os professores mandam, pois diz que tem vergonha de responder. Podem dar-me alguma orientação? Presentemente encontra-se a ser seguido por uma pedopsiquiatra, que diz não haver razão psíquica para estas reacções. Se pudessem responder a esta minha pergunta, ficaria agradecida."
Responder sim ou não à questão aqui colocada não é possível, porque os dados fornecidos são tão reduzidos que não permitem sequer arriscar hipóteses. De qualquer forma há alguns aspectos que poderão ajudar a clarificar se esta criança estará ou não a ser alvo de um processo de bullying.
Antes de mais, é necessário definir bem o conceito bullying. Segundo alguns peritos, o bullying pode ser definido como uma acção em que um ou mais indivíduos agridem física, verbal ou emocionalmente outro. Não se trata de uma zanga entre amigos, nem de uma cena de ciúmes, mas de um padrão repetido de intimidação física e psicológica, cuja intenção é provocar mal-estar, ganhar controlo sobre o outro e demonstrar poder.
Um outro aspecto que é importante ter presente, para tentar responder à questão lançada, é o perfil típico da vítima. Segundo alguns estudos, as vítimas são geralmente crianças que apresentam características físicas específicas (usar óculos, excesso de peso), maneirismos ou outras particularidades que as distinguem da maioria. As crianças portadoras de deficiência, de uma doença crónica ou cujos pais são demasiado protectores ou dominadores são frequentemente vítimas de agressão por parte dos seus colegas. Os bons alunos podem também ser alvos preferenciais, pois as boas notas são muitas vezes percepcionadas pelos agressores como resultado da "graxa" dada aos professores.
Os sinais de alerta são muito importantes e devem também ser tidos em consideração nesta análise. Segundo Allan Bean, especialista nesta área, uma mudança repentina na assiduidade e no desempenho escolar, a perda de apetite, sintomas físicos como dores de cabeça e de barriga, pesadelos, quebra de auto-estima e súbitas mudanças de humor são alguns dos principais sinais de alerta para os quais pais e professores deverão estar particularmente atentos. Se esta análise vem aumentar as suspeitas parentais, então é fundamental haver uma actuação por parte desta família, uma vez que esta tem também um papel determinante no combate à violência escolar. Sempre que a ligação entre a família e a escola é reforçada, estão a ser dados passos importantes no combate ao bullying, dado que o trabalho conjunto de pais e professores é determinante para identificar e retirar o papel de vítimas a alunos que, por qualquer motivo, o assumiram.
O local da escola onde o bullying é mais frequente é o recreio, sendo a sua fraca supervisão uma das razões principais para que tal aconteça. Por este motivo, numa circunstância como aqui é descrita, a existência de um auxiliar que assuma uma atitude de observação mais atenta poderá ajudar a determinar se esta criança está realmente a ser alvo de violência por parte dos colegas. Obviamente que este tipo de medida só pode ser implementado em resultado de uma articulação próxima entre pais e professores.
Ser vítima de bullying é sem dúvida fonte de grande perturbação emocional. Por isso, se esta reflexão veio reforçar mais aquilo de que já suspeitava, há que pedir urgentemente a colaboração dos elementos da comunidade educativa, no sentido de pôr fim a uma eventual situação de violência, se tal for o caso. Se não for, outras estratégias terão de ser encontradas, no sentido de esta criança percepcionar a escola como um local onde é bom estar.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Relatório técnico-pedagógico?! E relatório de encaminhamento?!


O blog tem permitido a partilha de opiniões e de dúvidas acerca de muitos dos aspectos com que nos deparamos no dia-a-dia das escolas. Recebi a seguinte questão, colocada por uma colega.
Quando um aluno é referenciado e, após a recolha de informação, se chega à conclusão de que o aluno não necessita de medidas no âmbito da educação especial, este é encaminhado para outras medidas de apoio existentes na escola - por exemplo as constantes no plano de recuperação e outras. Que tipo de relatório devemos elaborar? Se o aluno não foi alvo de uma avaliação especializada, poderemos chamar a este relatório também relatório técnico-pedagógico?
Relativamente a esta questão, penso que as orientações são objectivas. Sempre que um aluno seja referenciado, após o processo de avaliação, deve ser elaborado um relatório técnico-pedagógico fundamentando a decisão tomada (n.º 1 do artigo 6º, do Decreto-lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 21/2008, de 12 de Maio).
Todos os alunos referenciados devem ser alvo de uma avaliação (artigo 6º, do Decreto-lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 21/2008, de 12 de Maio). Esta pode envolver várias vertentes, como a psicológica (mais vulgar), médica, terapeuta da fala, entre outros. No entanto, as informações presentes no processo podem ser suficientes para a tomada de uma decisão fundamentada e, consequentemente, para a elaboração do relatório técnico-pedagógico.
Quando a decisão conclui que não se está perante um aluno com necessidades educativas especiais de carácter permanente, logo não justifica a intervenção dos serviços de educação especial, compete ao Departamento, a pedido do Conselho Executivo/Director, encaminhar o aluno para outros apoios disponibilizados pela escola. Neste cenário, dependendo da prática institucionalizada na escola, pode dar origem a um outro relatório de encaminhamento.
Na prática do agrupamento a que pertenço, ao elaborarmos o relatório técnico-pedagógico de um aluno que não se enquadra no âmbito dos apoios da educação especial, fundamentamos a decisão e propomos o encaminhamento para outras medidas e/ou apoios disponibilizados ou a disponibilizar, evitando-se, desta forma, a elaboração de mais um documento.

Seminário sobre Dislexia - Método Fonomímico Paula Teles

O Agrupamento de Escolas de Alhadas, com o apoio da Câmara Municipal, está aorganizar o Seminário "Dislexia - Teoria e Intervenção".
O Seminário irá realizar-se dia 9 de Maio, no Auditório Municipal da Figueira da Foz e tem como objectivos:
- Apresentar uma revisão dos resultadosdas recentes investigações cientificas sobre dislexia;
- Apresentar os fundamentos teóricos, os principios de intervenção e os materiais do Método Fonomímico Paula Teles;
- Habilitar para a implementação do método emsituações de reeducação.
Informações e Inscrições:
Tel: 233937550 - Fax: 233939036
E-mail: spo.agalhadas@gmail.com

IV Congresso Internacional de Neurociências e Educação Especial


A PsicoSoma está a organizar o IV PsicoSoma International Neuroscience & Special Education Congress, na Aula Magna do Instituto Politécnico em Viseu, nos dias 14 e 15 de Maio de 2009. Este evento terá certificado com 10h de formação profissional pela PsicoSoma (entidade acreditada pela DGERT).

Este evento tem como objectivo angariar fundos para publicação de materiais práticos de autores portugueses direccionados para a Educação Especial. O apoio a núcleos de investigação é uma constante da PsicoSoma e queremos continuar a ajudar.

Para efectuar a sua inscrição registe-se aqui ou pelo link http://www.psicosoma.pt/eventos/inscricaoeventos

Mais informações pelo mail eventos@psicosoma.pt ou pelo +351 232 431 058.

Quando proceder à referenciação de alunos?


Uma colega colocou a seguinte questão “Como justifica uma referenciação no 2º ciclo do ensino básico?”. Antes de mais, convém referir que os apoios especializados visam os alunos com “limitações significativas ao nível da actividade e participação num ou vários domínios de vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de carácter permanente”. A expressão “permanente” limita o leque de potenciais alunos a englobar no âmbito da Educação Especial.
O Decreto-lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, com as alterações introduzidas pela Lei 21/2009, de 12 de Maio, não refere qualquer momento apropriado para proceder à referenciação de um aluno. O processo de referenciação dos alunos deve ocorrer o mais precocemente possível. No entanto, existem dois pressupostos quanto à origem das dificuldades, que servem de base à referenciação, determinantes para o momento da referenciação. Quanto à sua natureza, as dificuldades podem ser congénitas ou adquiridas.
No caso de dificuldades congénitas, o mais provável, desejável e aconselhável, é que o processo de referenciação ocorra o mais cedo possível, de preferência aquando da entrada para o pré-escolar. Em determinadas situações, a intervenção pode ocorrer mais cedo, no âmbito da intervenção precoce.
Na situação de dificuldades adquiridas, fruto de um conjunto variado de situações, como por exemplo acidentes, a referenciação realizar-se-á, naturalmente, após essas ocorrências.
Na tentativa de responder à questão inicial, considero que, fora do contexto de dificuldades adquiridas, é pouco comum verificar que um aluno, com aparentes dificuldades de carácter permanente, percorra o pré-escolar e o primeiro ciclo sem ter sido diagnosticado qualquer problema.
No entanto, também se verificam situações em que docentes referenciam um aluno só porque apresenta dificuldades de aprendizagem, ou porque revela dificuldades de articulação, ou porque tem um comportamento perturbador do ambiente da sala de aula. Claro que, aparentemente, são causas que não requerem uma intervenção dos apoios especializados, no âmbito da Educação Especial, mas exigem outro tipo de medidas, de carácter temporário, como apoio psicológico, intervenção de um terapeuta da fala, envolvimento da família… No actual ordenamento normativo, o âmbito da Educação Especial é muito restrito e visa um conjunto específico de alunos. Parece-me que há professores que ainda não interiorizaram esta mudança de paradigma.

sábado, 18 de abril de 2009

Crianças indisciplinadas e mal comportadas na escola enchem consultórios de pedopsiquiatras

Por que é que crianças e adolescentes sem qualquer deficiência ou atraso e com um desenvolvimento aparentemente normal não aprendem na escola? O que explica o seu desinteresse e desmotivação? E o que leva, tantas deles, à indisciplina e ao mau comportamento? Antes de um problema, as dificuldades de aprendizagem constituem, sobretudo, um sintoma, defendem especialistas que debatem tema amanhã, em Lisboa.
À procura de respostas para estas questões que preocupam, cada vez mais, pais e educadores, dezenas de pedopsiquiatras, psicólogos e professores juntam-se na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação de Lisboa, num encontro promovido pelo Centro Doutor João dos Santos – Casa da Praia, com o tema “Dificuldades de comportamento e aprendizagem em meio escolar”.
É uma jornada de reflexão sobre os motivos que levam cada vez mais crianças e adolescentes aos consultórios dos psicólogos e dos pedopsiquiatras. O problema é o tema central do mais recente livro do pedopsiquiatra Pedro Strecht, “A Minha Escola Não É Esta, dificuldades de aprendizagem e comportamento em crianças e adolescentes” (Assírio &Alvim).
Nele, Strecht, que vai moderar um dos debates no encontro da Casa da Praia, analisa o problema dos “rapazes e raparigas que, mesmo possuindo as capacidades intelectuais e cognitivas suficientes para poderem progredir mais e melhor, não conseguem ir aquém de resultados muito pouco satisfatórios” em áreas fundamentais como as da aprendizagem da língua materna e da matemática, “mantendo ciclos de insucesso com início frequentemente precoce e sem saída objectiva ou em tempo útil.”
120 mil reprovações por ano
Segundo os dados citados neste livro, em Portugal reprovam, por ano, cerca de 120 mil alunos no ensino básico e 40 mil abandonam a escola antes da escolaridade obrigatória, num país em que o número de crianças em risco ultrapassa os 50 mil.
João Beirão, o médico que dirige a equipa de pedopsiquiatria da Estefânia, confirma o elevado número de pedidos de ajuda a crianças sinalizadas por problemas de mau comportamento, “falta de limites e ausência de regras” mas também com “dificuldade de concentração e de aprendizagem”.
O número de casos de crianças com dificuldades recebidas na Casa da Praia fundada pelo médico psicanalista João dos Santos, também tem aumentado todos os anos, segundo uma das suas dirigentes, a professora de ensino especial, Fernanda Ramos. Estes casos começam por ser detectados, muitas vezes, dentro das escolas, nos gabinetes de psicologia (quando existem) e são encaminhados para os serviços de pedopsiquiatria dos hospitais e para os consultórios dos psicólogos, onde, vulgarmente são o primeiro motivo de pedido de consultas.
Sintoma
Esta questão, vista frequentemente como um problema, deve, no entanto, ser entendida, sobretudo, como um sintoma, nota o médico pedopsiquiatra e psicanalista, Emílio Salgueiro autor da conferência de abertura do encontro de amanhã sobre “o significado emocional da agressividade e da violência em meio escolar”, um problema frequentemente associado às dificuldades na escola.
Abordando o conceito de “delinquência” e o percurso das crianças designadas como “problemáticas pela sociedade, Salgueiro analisa o sentido da violência na escola, frisando a necessidade do acolhimento e integração dessas crianças e jovens “à procura de laços”. Para Emílio Salgueiro, existem, hoje, várias formas de “delinquir” que são cada vez mais difíceis de distinguir de “modas” socialmente aceites.
A resposta a estes comportamentos consiste, antes de mais, em “ouvir” os jovens que transgridem, depois, “acolher a sua parte mais sofredora” e “responsabilizar a parte mais crescida”, considera Salgueiro, defendendo que “por vezes, uma separação, mais ou menos longa, entre os jovens e a família, é imperiosa”.
O impacto que esses comportamentos disciplinares têm na vida emocional dos professores e adultos, é tema a abordar pelo psiquiatra e professor Daniel Sampaio. Ele vai explicar como a indisciplina e o mau comportamento afecta a autoridade, o afecto e a auto estima dos adultos.
Os especialistas concordam que grande parte destes problemas, tanto de aprendizagem como de comportamento, são detectados precocemente ainda no jardim e infância. Sabem também que, ao contrário do que muitas vezes se quer fazer crer, este tipo de dificuldades não são características apenas das crianças de meios sociais desfavorecidos mas que também abrangem as das classes sociais médias/altas. E consideram, como referência, os estudos realizados no âmbito das neurociências que têm demonstrado como a experiências emocionais condicionam a capacidade de pensar.
Olhar para a criança como um todo
“É absolutamente indispensável olhar sempre para uma criança ou adolescente em meio escolar como um todo, nas suas múltiplas ligações entre desempenho cognitivo e emocional, tal e qual como na continuidade e inter relação entre a vida familiar, a escolar e a social em toda a perspectiva temporal de ligação entre passado, presente e futuro. Numa escola, não se aprende apenas, também se vive!”, diz Pedro Strecht no seu livro.
Um aluno em dificuldade escolar é “sempre alguém que luta activamente por uma coesão interna e por um esforço de ligação a quem o cerca”, nota, salientando que “a experiência do aprender liga-se sempre à experiência do interagir”. Por isso, explica, “é fundamental a mensagem implícita contida na relação de quem aprende com quem ensina”, defendendo que o desenvolvimento intelectual e afectivo são “indissociáveis”.
Para este pedopsiquiatra cada criança ou adolescente nunca deve ser vista individualmente, mas como “fruto de um mundo relacional onde se insere desde os primeiros tempos de vida, onde a família e o meio social envolvente são determinantes para a modelação e o desenvolvimento de determinado potencial inato”.
No entender de Maria do Céu Roldão, professora do ensino superior e investigadora, outra das intervenientes no encontro organizado pela Casa da Praia, esta questão não pode, “examinar-se apenas do lado de fora da escola”. Também esta, observa, “enquanto instituição curricular, se mantém organizada segundo a mesma gramática de trabalho que a moldou no século XIX - a unidade turma ou classe, a homogeneidade como pressuposto, a segmentação do trabalho docente em unidades individuais de saber”.
Como pode e deve, então, a escola “organizar o seu modo de trabalhar de modo a intervir na origem do problema e não apenas nos seus sintomas?” questiona, lançando um outro tema para a discussão.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Diversidades: Ver mais além...

Saiu mais um número da revista "Diversidades" Ver mais além..., subordinada ao tema da deficiência visual. Pode le-se no editorial: É o convite que deixamos aos nossos leitores: esvaziem a vossa bagagem de mitos e ideias pré-concebidas. Deixem-se conduzir numa viagem à descoberta da incomensurabilidade dos horizontes que compõem o universo da Deficiência Visual, assimilando e interiorizando conceitos e orientações fundamentais para uma ajuda profícua a todos quantos vivem e convivem com esta realidade.
Do índice, destaca-se a abordagem dos seguintes temas:
Desenvolvimento Sócio-cognitivo das Crianças com Deficiência Visual: Uma Perspectiva
Competências Pessoais e Sociais e a Deficiência Visual
A Opinião dos Profissionais que apoiam Pessoas com Deficiência Visual sobre o Desenho de Software Específico de Apoio
As TIC como Instrumento de Autonomia
De Louis Braille ao Sistema Braille: do Criador à sua Criação
Reeducar e Reabilitar como Missão
Um Novo Sentir... Um Novo Agir...
Leitura Especial: Biblioteca Pública Regional da Madeira
Movimento e Vontade: A Prática Desportiva na Deficiência Visual
"Aprender sem Barreiras": Uma Retrospectiva sobre o Projecto de Teleaula
"Só o sonho vê com o olhar"

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Protecção na parentalidade


Tenho por hábito consultar diáriamente o DR. Leio os resumos e, caso me desperte a curiosidade ou o interesse, analiso o conteúdo dos normativos. Reconheço que, desta vez, deixei passar um decreto-lei com interesse, sobretudo para as famílias de alunos com deficiências. Por "lembrança" da colega Sissi (ver caixa ao lado - espaço de debate), dei uma leitura ao referido documento e, pelo interesse que suscitou, resolvi fazer-lhe referência. Trata-se do Decreto-Lei n.º 89/2009, de 9 de Abril, que regulamenta a protecção na parentalidade, no âmbito da eventualidade maternidade, paternidade e adopção, no regime de protecção social convergente.
A protecção destina -se a compensar a perda de remuneração presumida, em consequência da ocorrência de situações determinantes de impedimento temporário para o trabalho, previstas na legislação laboral.
A protecção é efectivada através da atribuição de prestações pecuniárias, denominadas por subsídios, cujas modalidades são as seguintes:
a) Subsídio de risco clínico durante a gravidez;
b) Subsídio por interrupção da gravidez;
c) Subsídio por adopção;
d) Subsídio parental, inicial ou alargado;
e) Subsídio por risco específico;
f) Subsídio por assistência a filho em caso de doença ou acidente;
g) Subsídio para assistência a neto;
h) Subsídio para assistência a filho com deficiência ou doença crónica.

Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio,

Foi publicado o Decreto-Lei n.º 93/2009 que visa criar de forma pioneira e inovadora o enquadramento especifico para o Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio — SAPA, que vem substituir o então sistema supletivo de ajudas técnicas e tecnologias de apoio, designadas ora em diante por Produtos de Apoio nos termos da nomenclatura utilizada na Norma ISO 9999:2007, de modo a garantir, por um lado, a eficácia do sistema, a operacionalidade e eficiência dos seus mecanismos e a sua aplicação criteriosa e, por outro lado, a desburocratização do sistema actual ao simplificar as formalidades exigidas pelos serviços prescritores e ao criar uma base de dados de registo de pedidos com vista ao controlo dos mesmos por forma a evitar, nomeadamente,a duplicação de financiamento ao utente.
O presente decreto-lei visa, ainda, no âmbito do Programa de Simplificação Administrativa e Legislativa, criar as condições necessárias à implementação das medidas SIMPLEX2008 números M099 e M100.
O SAPA abrange as pessoas com deficiência e, ainda, as pessoas que por uma incapacidade temporária necessitam de produtos de apoio.
O SAPA integra as estruturas adequadas do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação.

Para efeitos do presente decreto -lei, entende -se por:
a) «Pessoa com deficiência» aquela que, por motivos de perda ou anomalia, congénita ou adquirida, de funções ou de estruturas do corpo, incluindo as funções psicológicas, apresente dificuldades específicas susceptíveis de, em conjugação com os factores do meio, lhe limitar ou dificultar a actividade e participação em condições de igualdade com as demais pessoas;
b) «Pessoa com incapacidade temporária» aquela pessoa que por motivo de doença ou acidente encontre, por um período limitado e específico no tempo, dificuldades específicas susceptíveis de, em conjugação com os factores do meio, lhe limitar ou dificultar a sua actividade e participação diária em condições de igualdade com as demais pessoas;
c) «Produtos de apoio (anteriormente designados de ajudas técnicas)» qualquer produto, instrumento, equipamento ou sistema técnico usado por uma pessoa com deficiência, especialmente produzido ou disponível que previne, compensa, atenua ou neutraliza a limitação funcional ou de participação;
d) «Entidades prescritoras» a entidade, serviço, organismo ou centro de referência à qual pertence a equipa técnica multidisciplinar ou o médico que procede à prescrição;
e) «Entidades financiadoras», as entidades que comparticipam a aquisição do produto de apoio com base numa prescrição passada por entidade prescritora;
f) «Equipa técnica multidisciplinar» a equipa de técnicos com saberes transversais das várias áreas de intervenção em reabilitação, integrando, designadamente, médico, enfermeiro, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, terapeuta da fala, psicólogo, docente, recorrendo quando necessário a outros técnicos em função de cada uma das situações, nomeadamente técnicos de serviço social, protésicos, engenheiros e ergonomistas, de forma a que a identificação dos produtos de apoio seja a mais adequada à situação concreta, no contexto de vida da pessoa.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ateliê de Dança


Como comentário ao post "A dança do tempo e o medo das pessoas com necessidades especiais", recebi uma proposta que transcrevo de seguida. Visitei as páginas indicadas e considerei-as interessantes. Por esse motivo, divulgo a mensagem e o convite formulado.


A propósito deste post, gostava de divulgar aqui um trabalho que se tem vindo a desenvolver na CREACIL (Cooperativa de Reabilitação, Educação e Animação para a Comunidade Integrada de Loures) relacionado também com a dança e a ocupação dos tempos livres dos jovens com deficiência. Não é tão profissional como esse, mas é um trabalho desenvolvido com muito voluntariado, "prata da casa", e que dá muita alegria aos nossos jovens.

Visite este este espaço:


e o nosso site:

"Faltam regras na educação das crianças"


Hoje em dia, os filhos estão a reclamar autoridade, garante Guillermo Ballenato que esteve em Portugal a lançar o seu livro "Educar sem Gritar". É preciso impor regras e limites às crianças, mas também ouvi-las e dar-lhes atenção. Conjugar firmeza e flexibilidade é a chave do sucesso na educação, mantendo a coerência e o respeito. E não basta boa intenção para ser bom pai. Para este psicólogo, as escolas de pais deviam ser obrigatórias. Afinal, se nos exigem carta de condução para guiar, porque não nos exigem um diploma para educar outro ser?

A primeira reacção de muitos pais quando olham para o título do seu livro é dizer que tal é impossível. Tem filhos? Nunca gritou com eles?
Sim, tenho duas filhas de 15 e 17 anos, e apliquei desde o princípio as técnicas e propostas que aparecem no livro. O meu testemunho é duplo neste caso, como pediatra e pai. É claro que já gritei algumas vezes com elas. Quando faço essa pergunta numa conferência, ou numa sala cheia de pais, todos levantam o braço dizendo que sim, e pressente-se um riso em fundo. Em algum momento, todos os pais perdem a cabeça, mas não é o mesmo perder a cabeça uma vez pontualmente e desculpar-se, e sistematicamente educar aos gritos. Há um provérbio que diz: "Se educas o teu cavalo aos gritos, não esperes que te obedeça quando simplesmente lhe falas." Só te obedecerá quando lhe gritares. Não se trata só da forma, mas também do conteúdo. Um trato negativo, humilhante, desvalorizante faz perder a auto-estima dos filhos e a autoridade dos pais, porque se perde o respeito. Os filhos devem ver nos pais um modelo de conduta, de respeito e de comunicação, e tenderão a imitar o que vêem em nós. Não podemos dizer aos berros a um filho "Já te disse que não grites!", porque com a nossa conduta estamos a dizer que os gritos são legítimos.

Em matéria de autoridade, passou-se de um extremo ao outro. Os pais eram autoritários e hoje são negociadores, os filhos discutem com eles de igual para igual. Estamos a ficar demasiado permissivos?
Sim, penso que agora se peca pela permissividade. Os filhos estão a reclamar autoridade, precisam de ser postos no seu lugar. Se tudo lhes é permitido, se nada lhes custa a conquistar, estamos a criar crianças inadaptadas. As crianças têm que ter regras, percebê-las e cumpri-las. Há vários estilos educativos, e acredito que nem o autoritário nem o permissivo ou liberal, nem tão pouco o paternalista ou sobreprotector, funcionam. Penso que o estilo democrático e dialogante é o que resulta melhor. Note-se que não existe uma relação de igualdade, os filhos não estão ao nível dos pais, mas há uma comunicação fluida entre as duas partes.
Estão a regressar algumas vozes conservadoras na forma de educar as crianças. A questão é que existe uma confusão enorme acerca do que é a autoridade dos pais. A autoridade que reivindico é moral, fruto da competência, coerência e do sentido de justiça. Um pai injusto ou incoerente é um pai que perdeu a autoridade. A autoridade não vem por se castigar mais.
Os castigos são aceitáveis?
Sim, mas devem ser o último recurso. Devem ser aplicados pontualmente, com pré-aviso, e têm de ser razoáveis. Por outro lado, deve ser anunciado calmamente à criança - e não a quente -, e deve ser imediato após a conduta errada da criança. E o pior castigo é a ausência de atenção. Ser justo é tão difícil que a prudência aconselha a ser-se benévolo e suave nos castigos.
Qual é então o grau certo de autoridade e como exercê-la correctamente?
Um pai que tem competência para educar, que é autoconfiante, que é um pai feliz, um exemplo e modelo de carisma que apeteça seguir, conquista uma autoridade moral enorme. Nos primeiros anos de vida, as crianças devem ter normas muito claras e fixas. Se, um dia, um pai recusa uma coisa para no dia seguinte a permitir, rapidamente terá um problema, as crianças detectam todas as incoerências. É essencial ser-se sistemático, e isso é válido ontem, hoje e amanhã. Deve dizer-se que as crianças não podem dormir na cama dos pais, e não abrir excepções. Quem permite excepções uma, duas, três vezes, perde a mão e vive numa discussão constante. A arbitrariedade é o pior inimigo da educação.
Mas ao descrever um bom pai parece estar a falar de um líder político ou de um gerente de empresa. Não se exige hoje demasiado dos pais?
Sim, sei que é muito difícil. Mas essa é uma boa comparação: o que faz hoje um líder numa organização? Cuida e confia nos seus funcionários. O que deve fazer um pai? Também cuidar e confiar nas capacidades dos seus filhos. Deve estar com eles, dedicar-lhes tempo, o mesmo que deve fazer um bom chefe. É evidente que não há máquinas perfeitas de educar, mas modelos e regras a seguir.
Quando os casais decidem ter filhos estão conscientes da enorme dificuldade que é educar uma criança? Têm formação suficiente para serem bons pais?
Não. Não conhecem princípios psicológicos muito básicos, por exemplo não sabem como se explica a conduta humana. Penso que as escolas de pais são fundamentais para dar essas bases. O que quis fazer neste livro é um manual sensato e simples com regras básicas a seguir.
Cita no livro uma frase que diz que os pais chegam a estar tão convencidos que os educadores e os psicólogos sabem o que é melhor para as crianças, que se esquecem de que eles são os verdadeiros especialistas nos seus filhos. Acabam por educar por livros e revistas e não com o seu bom senso ou razão. Isto não cria pais ansiosos e inseguros?
Sim, por isso repito que a escola de pais - nos centros, nas escolas - devia ser obrigatória. Temos de ter formação para guiar um carro, porque não devemos ter também para educar e formar outro ser? Devíamos ter um diploma para educar, e não o temos. Estas técnicas podem ser ensinadas e há fórmulas e alternativas para resolver alguns dos problemas com que os pais mais se debatem. Só com boas intenções não se pode educar.
Como ajustar o grau certo de firmeza e flexibilidade no estilo educativo democrático e dialogante que defende?
A verdadeira chave está em ser suficientemente firme e claro nas regras, ponderando-as, e suficientemente flexível quando um momento o exigir. Se um filho adolescente deve regressar a casa à meia-noite, mas um dia há uma festa especial e todos os amigos vão voltar à uma da manhã, se para o filho isso for essencial para que esteja integrado e se sinta parte do grupo, pode permitir-se que chegue mais tarde.
Os pais hoje em dia fazem os trabalhos de casa com os filhos, estudam com eles, vigiam os seus deveres. Isto é bom ou mau?
Os pais devem relaxar e dar espaço aos filhos para aprenderem sozinhos - na escola, com os colegas e professores -, dando-lhes essa responsabilidade. Esse é o seu trabalho. Adoro a frase "Se queres ver uma criança com os pés na terra, coloca-lhe sobre os ombros uma responsabilidade". E não se devem julgar os filhos pelos seus resultados escolares, mas sim pelo seu esforço. Jamais olhei para a agenda das minhas filhas para ver que deveres têm para o dia seguinte. Nem nunca o farei. Elas sabem que estudar é o seu trabalho, que isso é a sua vida, e que têm essa responsabilidade. Explico-lhes como fazer, dou-lhes métodos e incentivo, mas não me substituo a elas na assunção de responsabilidade.
Quais são os maiores erros que os pais cometem na educação dos filhos?
Não dar importância aos primeiros anos de vida - dedicar-se aos três primeiros anos é um enorme investimento para o futuro. E também serem demasiado permissivos e brandos, não lhes impondo limites nem regras.
Está a aumentar a ansiedade e depressão entre as crianças?
Sim, sem dúvida que está a crescer. E aumenta sobretudo de maneira alarmante a intensidade deste tipo de crises. Encontro crianças que parecem adultos em miniatura. E são sobretudo meninos que têm uma jornada pesadíssima, que têm inglês, natação, ginástica, informática, andam numa correria o dia todo e não têm tempo para serem crianças e brincar. Uma educação muito competitiva causa stress e ansiedade. O pais devem preocupar-se, sim, com a felicidade dos seus filhos hoje, e não excessivamente com o que serão quando forem grandes. Todos querem filhos bem sucedidos profissionalmente, mas isso só acontece se forem crianças felizes e não sobrecarregadas.
Qual a importância dos reforços e recompensas na educação e como administrá-los correctamente?
A recompensa é muito importante, deve ser esporádica e pública. O melhor prémio é o reconhecimento e o elogio. Mas a recompensa não deve ser excessiva. Por exemplo, eu jamais dei um presente às minhas filhas pelos seus êxitos na escola, isso é o seu trabalho e o seu dever. O contrário descamba facilmente numa situação em que as crianças dizem: "Se não há prémio, não o faço."
Fala em aproveitar o poder das nossas expectativas sobre os nossos filhos. Dar-lhes autoconfiança elogiando e elevando-lhes as metas.
Há duas ideias-chave na educação. Uma é a atenção - esta é a grande maravilha à disposição de todos os pais, é fácil e grátis. É o maior prémio, e o pior castigo é a retirada de atenção. A outra é convicção. A sua expectativa e crença nos filhos origina uma realidade. Se um pai diz a um filho "sei que o vais fazer bem", as hipóteses de isso acontecer são maiores do que se disser "não sei se consegues". Estimular a autoconfiança nas crianças é uma ferramenta poderosíssima. É quase como uma profecia autocumprida. Se se pegar num recém-nascido e se quiser fazer dele um delinquente, é fácil. Os bebés são uma página em branco. Podemos fazer deles quase tudo o que quisermos.
Mas que lugar cabe ao material genético de cada criança, o seu próprio feitio? A personalidade não é só resultado da educação... há filhos educados da mesma maneira que são totalmente diferentes.
Sim, a ideia de página em branco é metafórica. Mas, se tivesse de apontar um número, diria que 80% vem da educação e 20% da genética. Numa família com três filhos, por exemplo, é surpreendente o impacto da ordem de nascimento nas suas personalidades. Estatisticamente, é significativo que o filho mais velho tende a ser mais responsável, com alta resistência à frustração, com repetição do papel materno e paterno; o filho do meio tende a ser o rebelde, o criativo; o filho mais novo divertido, gracioso, conciliador, mas mimado e com baixa resistência à frustração. Uma educação eficaz não é igual para todos os filhos. Deve ser adaptada ao feitio de cada criança.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Espaços para deficientes estão sobrelotados


Os números falam por si. Os espaços para acolher pessoas com deficiência são poucos e estão sobrelotados.
Esta é uma das principais carências sociais da cidade do Porto, que também não presta muita atenção aos idosos.
O levantamento dos apoios sociais existentes, feito pelo Gabinete de Estudos e Planeamento da Câmara, no âmbito do pré-diagnóstico da Rede Social do Porto, revela "um reduzido número de equipamentos para pessoas adultas com deficiência", sendo que a maioria está concentrada no centro e zona oriental da cidade. Resultado: a taxa média de ocupação destes espaços e serviços ultrapassa, muitas vezes, os 100%.
As respostas são poucas para tantos pedidos de famílias que querem proporcionar o melhor aos seus filhos portadores de deficiência. Foi essa realidade que o JN constatou junto da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral (APPC) do Porto. "As solicitações são sempre mais do que a nossa capacidade de resposta", explica Manuela Santos, directora técnica do Centro de Actividades Ocupacionais (CAO) da APPC na Rua Delfim Maia.
Aquela associação tem várias valências: duas unidades residenciais, uma temporária no Porto outra definitiva em Gondomar. Para ambas, "há cada vez mais pedidos, sobretudo por parte das famílias que vão envelhecendo e querem garantir a segurança dos seus filhos com deficiência", explica Abílio Cunha, presidente da direcção da APPC Porto.
Conta ainda com três centros de Actividades Ocupacionais (dois no Porto e um em Valbom), uma espécie de escola/espaço de formação que os utentes frequentam das 9 às 17 horas e onde de-senvolvem trabalhos de pintura, barro, carpintaria, têxteis, teatro e actividades no exterior. Cada um destes centros acolhe 30 jovens e adultos num estado de grande dependência, sem perfil académico nem profissional. E, pelo exemplo do CAO da Rua Delfim Maia, está tudo a rebentar pelas costuras.
Segundo o pré-diagnóstico social do Porto, que se baseia em dados de 2008 da Segurança Social, no Porto há 14 centros de Actividades Ocupacionais, distribuídos por mais de metade das freguesias do concelho.
"A sua procura excede a oferta nomeadamente nos equipamentos do Bonfim, Campanhã, Lordelo do Ouro, Paranhos e Ramalde, o que cifra a taxa média de ocupação nos 108%", pode ler-se no documento. Também os lares residenciais, cinco na freguesia de Campanhã e dois em Santo Ildefonso, têm ocupações acima das capacidades (103%).
Nas unidades com valência de centro de atendimento/acompanhamento para deficientes - distribuídas pelas freguesias do Bonfim, Cedofeita e Paranhos - a taxa média de utilização é de 100%.
Os apoios aos idosos ficam também muito aquém das necessidades de uma população cada vez mais envelhecida. As taxas de ocupação dos centros de convívio, centros de dia e lares anda entre os 80% e os 90%, sendo que muitas freguesias não têm qualquer valência.
Este levantamento vai integrar o Diagnóstico Social do Porto, um estudo aprofundado da Universidade Católica do Porto que deverá estar concluído no Verão. "Daí resultará não só a avaliação da intervenção na cidade, mas também um plano de acção para o desenvolvimento social", explica a Câmara do Porto.

sábado, 11 de abril de 2009

A dança do tempo e o medo das pessoas com necessidades especiais

O espectáculo - o primeiro de maior dimensão protagonizado pela CIM - estará em palco nos dias 16 e 17 de Abril, às 21h, resultado de uma co-produção entre várias entidades, explicou hoje Ana Rita Barata, coreógrafa e directora artística da companhia.
Em 'O Aqui', a noção de tempo e de medo «é muito pessoal, tem a ver com a realidade destas pessoas, portadoras de uma deficiência, mas em primeiro lugar humanas», observou Ana Rita Barata.
«Há certamente um contraste muito forte com a forma como o tempo é vivido actualmente, na nossa sociedade, em que tudo corre. Quando se é portador de uma deficiência como a paralisia cerebral, tudo acontece de forma mais lenta», apontou ainda.
A coreógrafa esclareceu que nesta companhia, criada há dois anos, a intenção não é fazer dança-terapia, mas sim concretizar um objectivo artístico: «No entanto, o processo e o resultado acaba por ser terapêutico para todos nós», admitiu.
Composta por 13 pessoas, quatro bailarinos profissionais, dois técnicos da área da deficiência e sete pessoas portadoras de paralisia cerebral, a companhia tem recebido apoios do Centro de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian (CPRCCG), da Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa (APCL) e do Instituto de Inserção Social.
Para a criação deste espectáculo, houve uma co-produção com o Teatro Municipal de São Luiz (onde o espectáculo, afinal, não pôde ser apresentado por o espaço se encontrar em obras), a Vo´arte e com a co-apresentação do Teatro Camões.
Bailarinos, técnicos e pessoas com necessidades especiais com idades entre os 15 e os 41 anos, juntam-se em palco para abordar as noções de tempo e de medo, por exemplo, «de perder a autonomia, de perder pessoas amadas, medos comuns, afinal, a toda gente».
O desafio maior, segundo Ana Rita Barata, foi «não cair num falso sensacionalismo do triste e do coitado portador de deficiência e, em vez disso, conseguir potenciar a forma de estas pessoas se exprimirem, canalizando-a para o espectáculo».
Os objectivos da CIM envolvem, além da realização de espectáculos, fazer formação, abrir o trabalho da companhia à comunidade, e «fazer várias experiências do ponto de vista da dança, cruzando diferentes linguagens, das artes plásticas e visuais à música». (...)
Sol Online

"Grotox" na Casa da Música

Este grupo é composto por pessoas com e sem deficiências físicas e mentais que conciliam em palco: música, dança e vídeo. "Grotox" é um caso sério de inclusão que brinca com os estereótipos da sociedade.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Comparticipações para os alunos que frequentam escolas particulares de ensino especial

A Portaria n.º 382/2009 e a Portaria n.º 383/2009 actualizam, em ordem ao ano lectivo de 2008 -2009, as condições de prestação de apoio financeiro aos alunos que frequentam escolas particulares de ensino especial e cooperativas ou associações de ensino especial, respectivamente.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Jovens portugueses sobredotados ganham Mundial de robôs



A modalidade de "Robôs com Pernas" do Campeonato Mundial de Robôs Bombeiros, realizado esta semana no Trinity College, em Hartford (Connetcticut), nos EUA, foi ganha por uma equipa portuguesa do pólo da cidade da Guarda da Associação Portuguesa das Crianças Sobredotadas (APCS).
É a primeira vez que Portugal participa neste campeonato, onde concorreu contra equipas de muitas universidades norte-americanas e de países como a China e Israel.
A equipa lusa constituída por cinco jovens, que também venceu o prémio para "O melhor design do poster de apresentação" do seu robô que apaga velas, recebeu dois prémios pecuniários e um cheque para aquisição de componentes para a construção de robôs.
Este grupo já tinha ganho a edição portuguesa do Concurso Nacional do Robô Bombeiro de 2008, organizado pela Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico da Guarda, nas modalidades "Robôs com Pernas" e "Standard".
Os robôs do Pólo da Guarda da APCS estão equipados com uma inovação tecnológica: a MD8, uma placa de circuito impresso desenhada e construída para permitir o interface de oito sensores digitais.
A MD8 foi criada para funcionar com robôs da Lego e tem como objectivo aumentar a sua capacidade para utilizarem sensores. E foi concebida por Tiago Caldeira e Tiago Gonçalves, ligados ao Projecto de Robótica da APCS.

Concurso de professores para os TEIP


Foi publicada a Portaria n.º 365/2009 que regula o procedimento concursal de recrutamento do pessoal docente da educação pré -escolar e dos ensinos básico e secundário para os quadros dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas legalmente definidos como prioritários.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Bom descanso... em paz!

Estes dias que se aproximam serão de menor actividade no blog. O descanso é importante e necessário para enfrentar o último período do ano lectivo. Creio que irá ser um pouco agitado! Faço votos para que o tema pascal, a paz, influencie os decisores, sobretudo os do ME.

A todos os visitantes desta página,

colegas, amigos (ainda que virtuais),

crentes ou não,

desejo

Boa Páscoa!

«A CIF e os seus Contributos no Processo de Avaliação das NEE»

O workshop «A Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) e os seus Contributos no Processo de Avaliação das Necessidades Educativas Especiais e na Programação da Intervenção em Educação Especial», tem como objectivos:
- reflectir sobre o novo paradigma da funcionalidade humana e as suas implicações nos modelos de intervenção junto da população com deficiência ou incapacidade;
- conhecer a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) enquanto instrumento organizador do processo de avaliação e programação da intervenção em Educação Especial;
- analisar as implicações do Decreto Lei nº 3/2008 de 7 de Janeiro, no processo de avaliação das Necessidades Educativas Especiais de Carácter Permanente;
- apresentar formas de operacionalizar a aplicação da CIF em contextos multidisciplinares no âmbito da Educação Especial.
O curso será orientado por Maria da Conceição Vitorino Baião - Professora de Educação Especial com especialização no domínio Cognitivo e Motor e mestranda do Curso de Comunicação Alternativa e Tecnologias de Apoio da Universidade Lusófona.
2009-04-18
Hospital CUF Descobertas

Homologada proposta de programas de Língua Portuguesa para o ensino básico

A proposta é da autoria de uma equipa, coordenada por Carlos Reis, que integrou Ana Paula Dias, Assunção Themudo Caldeira Cabral, Encarnação Silva, Filomena Viegas, Glória Bastos, Irene Mota, Joaquim Segura e Mariana Oliveira Pinto.
A discussão do documento envolveu todas as instituições de ensino superior do país, professores do 1.º ciclo e de Língua Portuguesa dos 2.º e 3.º ciclos, orientadores de estágio, formadores, coordenadores de departamento e especialistas de várias áreas do saber ligadas ao ensino da língua.
A revisão foi acompanhada de estudos realizados pela Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC), disponíveis na página da DGIDC .
Da consulta pública resultaram 161 pareceres favoráveis, 56 sem posição e apenas 28 contrários.
Para mais informações, consultar:
Programas de Português do Ensino Básico [PDF].

Fechado em casa por falta de rampa à porta

Progenitor chamou a atenção de encarregado de obra, que lhe deixou degrau de cimento à porta.
É num misto de revolta e indignação que Domingos Ribeiro, residente em Aldoar há quatro anos, vê a evolução das obras que estão a ser feitas, desde Julho, nas diversas fachadas do bairro. O problema adensou-se na passada sexta--feira quando, ao final do dia, se apercebeu que junto à sua porta, com o piso ainda em terra batida, não ia ficar nenhuma estrutura que facilitasse a saída em cadeira de rodas do seu filho, de 23 anos.
"Fui alertar o encarregado da obra que não podia passar o fim-de-semana sem uma rampa junto à minha casa, porque assim o meu filho não conseguia sair. Mas, ainda fui gozado", desabafou, ao JN, Domingos Ribeiro, que tem intenção de apresentar hoje uma queixa ao provedor do Deficiente.
Domingos explicou que convive com "as dificuldades de mobilidade" do filho Aníbal "praticamente desde a sua nascença".
Por isso mesmo, depois de ter vivido muitos anos "numa casa pequenina" nas Antas, a Câmara do Porto arranjou-lhe uma habitação, num rés-do-chão, disponibilizando-se a autarquia para fazer "as adaptações necessárias na casa de banho".
"Não tenho razões de queixa da Câmara do Porto", sublinha o progenitor, enquanto aponta responsabilidades para o encarregado da obra. "Sinto-me muito magoado, porque quando disse que ia fazer queixa ao Provedor do Deficiente, o responsável da obra perguntou, com ar de troça, se não queria que ele me levasse lá", afirmou Domingos Ribeiro.
O pai de Aníbal esclarece que "também a vizinha, de 78 anos, que anda com a ajuda de duas muletas, não consegue sair de casa".
Aliás, a única solução deixada à porta do prédio onde reside Domingos, com o piso ainda a baixo do nível das tampas de saneamento, é um bloco em cimento, com pouco mais de 20 centímetros de largura, que cumpre provisoriamente o papel de degrau.
Também por isso as saídas de Aníbal não existem. O pai Domingos diz que "tem medo" de forçar a descida da cadeira de rodas, porque o filho "pode cair". Seja como for, uma solução vai ter que ser encontrada, porque Aníbal só esta semana vai ter que ir "quatro vezes ao hospital".
Comentário:
Ainda existem muitas barreiras culturais a ultrapassar para se criar uma sociedade inclusiva!