quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Estudo revela que álcool reduz volume cerebral


Investigadores norte-americanos revelaram que quanto mais álcool uma pessoa ingerir, mais pequeno será o seu volume cerebral total, aumentando o risco de demência. Apesar de muitos estudos demonstrarem que o consumo moderado de álcool pode ser bom para o coração, esta pesquisa vem mostrar que a bebida não evita a perda do volume cerebral acarretada pela idade.
Carol Ann Paul, da Faculdade Wellesley College, em Massachusetts, e colegas estudaram 1.839 adultos, com uma média de idade de 60 anos, que fizeram parte do estudo "Framingham Offspring", que começou em 1971. Entre 1999 e 2001, os participantes submeteram-se a uma ressonância magnética e a exames de saúde. Os sujeitos do estudo relataram o número de bebidas alcoólicas consumidas por semana, assim como a idade, sexo, educação, altura, índice de massa corporal e perfil de risco de acidente vascular cerebral (AVC) de Framingham, que calcula o risco de AVC com base na idade, sexo, pressão sanguínea e outros factores.
O estudo, publicado na " Archives of Neurology", revelou que foi observada uma significativa relação linear negativa entre o consumo de álcool e o volume cerebral total.
Durante o estudo os cientistas perceberam que os abstémios convictos tinham a menor perda cerebral. Em seguida, e por esta ordem, vinham os ex-consumidores, os consumidores moderados e os consumidores abusivos.
A tendência era mais visível em mulheres do que em homens, o que se pode dever à maior sensibilidade feminina aos efeitos do álcool e à menor massa corporal.
Quem bebia mais do que 14 doses por semana tinha o cérebro em média 1 por cento menor do que os abstémios. Em geral, o volume cerebral diminui cerca de 2 por cento por década.
Vários estudos indicam os benefícios cardíacos do consumo moderado de álcool, mas o consumo excessivo pode provocar problemas graves e fatais, especialmente no fígado e cérebro.

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