O Governo vai investir nos próximos anos cerca de 400 milhões de euros na modernização tecnológica das escolas, que prevê a instalação de Internet e de quadros interactivos em todas as salas de aula, o aumento da velocidade em banda larga e o projecto Magalhães, para a distribuição de computadores a crianças do ensino básico.
"Queremos que as escolas fiquem na linha da frente das mudanças tecnológicas. Por isso, este Governo tem apostado no plano tecnológico da educação", afirmou José Sócrates. O primeiro-ministro pretende que os alunos "que entrem daqui a 15 anos no mercado de trabalho já não tenham dificuldades por desconhecerem inglês ou por não estarem impreparados para usar novas tecnologias".
Comentário:
Concordo que as escolas devem estar devidamente equipadas e que os alunos se encontrem preparados no âmbito das tecnologias da informação e da comunicação.
No entanto, questiono (sem ingenuidade!) se os quadros interactivos nas salas de aulas, se a internet, se os computadores, se tanta tecnologia vão responder aos problemas do sucesso educativo, qual milagre educativo?! É esta a mensagem que tem sido veiculada pelos governantes para a opinião publica, em simbiose com os meios de comunicação.
O acto pedagógico assenta, acima de tudo, num acto humano, implica uma relação humana. Ora, esta relação não é possível só e através dos meios tecnológicos de informação e comunicação! Estes são instrumentos que podem ou não servir o acto pedagógico. Não são a essência do acto educativo!
Nesta questão de "propaganda enganosa", não me apercebo da preocupação do ME em proceder ao levantamento dos professores que ainda não possuem as competências necessárias para lidar com tanta tecnologia! Estarão todos os docentes preparados para lidar com tanto "choque tecnológico"?!
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