A Fenprof afirmou hoje receber sem surpresa as estatísticas sobre a diminuição das taxas de retenção nos ensinos básico e secundário, pois "era a isso que conduzem as orientações e iniciativas do Ministério da Educação.
"Há um conjunto de orientações e iniciativas do Ministério da Educação cujo objectivo era reduzir as taxas de retenção. Mas o que é preciso é verificar se isso corresponde a uma situação real ou se o que acontece é que os chumbos são adiados para os últimos anos dos ciclos", disse à Lusa Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos dos Professores.
O dirigente sindical comentava as estatísticas sobre a taxa de retenção nos ensinos básico e secundários, hoje divulgadas, e que apontam para o valor mais baixo da última década.
De acordo com os dados a que a Lusa teve acesso, no ano lectivo 2007/08 a melhoria de resultados verificou-se em todos os níveis de ensino, com os números da retenção a descerem até aos 22,4 por cento no secundário (menos 3,5 pontos percentuais do que no ano anterior) e a chegarem aos 8,3 por cento no básico (menos 2,5).
A maior queda registou-se no 9º ano, onde os chumbos caíram 7,5 por cento, ficando-se pelos 14,3.
A análise dos dados permite ainda concluir que a transição entre ciclos de ensino constitui sempre um momento mais delicado para os estudantes, com os chumbos a aumentarem invariavelmente.
Do primeiro para o segundo ciclo, por exemplo, a taxa de retenção quase duplica (dos 4,6 por cento no 4º ano para os 8,4 no 5º), o mesmo acontecendo na transição para o terceiro ciclo, quando os chumbos atingem os 17,8 por cento no 7º ano de escolaridade.
Para Mário Nogueira, o ponto mais importante das estatísticas está neste aumento da taxa de retenção: "Não sei se os chumbos que normalmente ocorrem nos vários anos de cada ciclo não deixaram de existir e estão apenas a ser adiados".
"Foram tomadas pelo Ministério da Educação várias medidas no sentido de distorcer e manipular esta realidade. Em termos estatísticos os chumbos diminuíram, mas a realidade parece ser outra. Espero que o Ministério da Educação não esteja a fazer mais do que disfarçar o problema, sem o resolver", sublinhou.
Ressalvando que os números hoje divulgados merecem um estudo mais aprofundado, o dirigente da Fenprof referiu que mesmo que reflictam a situação real ainda estão longe das médias internacionais.
"É preciso atacar os problemas que estão na base das retenções. Uns são de carácter social, exteriores à escola, mas outros são internos, como os desajustamentos curriculares e os sistemas de avaliação dos alunos. É aqui que se tem de actuar", comentou.
"Há um conjunto de orientações e iniciativas do Ministério da Educação cujo objectivo era reduzir as taxas de retenção. Mas o que é preciso é verificar se isso corresponde a uma situação real ou se o que acontece é que os chumbos são adiados para os últimos anos dos ciclos", disse à Lusa Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos dos Professores.
O dirigente sindical comentava as estatísticas sobre a taxa de retenção nos ensinos básico e secundários, hoje divulgadas, e que apontam para o valor mais baixo da última década.
De acordo com os dados a que a Lusa teve acesso, no ano lectivo 2007/08 a melhoria de resultados verificou-se em todos os níveis de ensino, com os números da retenção a descerem até aos 22,4 por cento no secundário (menos 3,5 pontos percentuais do que no ano anterior) e a chegarem aos 8,3 por cento no básico (menos 2,5).
A maior queda registou-se no 9º ano, onde os chumbos caíram 7,5 por cento, ficando-se pelos 14,3.
A análise dos dados permite ainda concluir que a transição entre ciclos de ensino constitui sempre um momento mais delicado para os estudantes, com os chumbos a aumentarem invariavelmente.
Do primeiro para o segundo ciclo, por exemplo, a taxa de retenção quase duplica (dos 4,6 por cento no 4º ano para os 8,4 no 5º), o mesmo acontecendo na transição para o terceiro ciclo, quando os chumbos atingem os 17,8 por cento no 7º ano de escolaridade.
Para Mário Nogueira, o ponto mais importante das estatísticas está neste aumento da taxa de retenção: "Não sei se os chumbos que normalmente ocorrem nos vários anos de cada ciclo não deixaram de existir e estão apenas a ser adiados".
"Foram tomadas pelo Ministério da Educação várias medidas no sentido de distorcer e manipular esta realidade. Em termos estatísticos os chumbos diminuíram, mas a realidade parece ser outra. Espero que o Ministério da Educação não esteja a fazer mais do que disfarçar o problema, sem o resolver", sublinhou.
Ressalvando que os números hoje divulgados merecem um estudo mais aprofundado, o dirigente da Fenprof referiu que mesmo que reflictam a situação real ainda estão longe das médias internacionais.
"É preciso atacar os problemas que estão na base das retenções. Uns são de carácter social, exteriores à escola, mas outros são internos, como os desajustamentos curriculares e os sistemas de avaliação dos alunos. É aqui que se tem de actuar", comentou.
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