Há três realidades diferentes a ter em conta quando se fala na fecundidade: o número de filhos que um casal já tem, aqueles que espera ainda vir a ter e aqueles que, na verdade, desejaria mesmo ter. Olhar para essas diferenças ajuda a perceber o que está em causa. Em 2013, em média, as pessoas têm um filho, pensam ainda vir a ter 1,8 filhos, mas desejariam ter 2,3.
Está é uma das conclusões do Inquérito à Fecundidade, apresentado nesta quarta-feira e realizado em 2013 numa parceria entre o Instituto Nacional de Estatística (INE) e a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS). O último inquérito era de 1996 e, desde então, não era feita nenhuma análise qualitativa sobre a fecundidade, apesar de se assistir a um declínio significativo que colocou Portugal na cauda da Europa e do mundo em termos de fecundidade. (...)
Quando comparado com os restantes países da União Europeia a 27, percebe-se que Portugal (com uma taxa de fecundidade de 1,35 em 2012) está no fim da lista. Abaixo estão apenas a Letónia, Polónia, Roménia e Hungria, com valores entre 1,34 e 1,23 filhos por mulher.
Os resultados deste inquérito, feito através de entrevistas pessoais a mulheres com idades entre os 18 e os 49 anos e a homens entre os 18 e os 54 anos, continuarão a ser publicados no primeiro semestre de 2014.
In: Público
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