Num protesto liderado pela Associação de Pais e Encarregados de Educação, as portas da Escola EB 2,3 de Santiago Maior em Beja, foram fechadas a cadeado como forma de exigir mais e melhores condições de ensino para os alunos com Necessidades Educativas Especiais.
A ação visou exigir ao Ministério de Educação a colocação de mais professores e terapeutas para aqueles alunos, colocação de mais auxiliares que garantam a segurança da escola e refeições em quantidade e qualidade, num refeitório adequado.
A Escola de Santiago Maior, que pertence ao Agrupamento N.º 1 de Beja, e depois da criação dos mega-agrupamentos cuja fusão de estabelecimentos entrou em vigor este ano e comporta 1200 alunos de diversos escalões de ensino.
Para a criação do Centro Escolar de Santiago Maior, o estabelecimento foi alvo de obras de ampliação concluída em 2011, onde foram investidos três milhões de euros, albergando um edifício de dois pisos com 20 salas de aulas para alunos do 1º ciclo, três para o pré-escolar, uma para professores e ainda uma sala polivalente, com capacidade para refeitório.
Este protesto vem no seguimento do acontecido no passado dia 29 de outubro na Escola Secundária Diogo de Gouveia, no qual duas mães exigiram que fossem colocados mais intérpretes de Língua Gestual Portuguesa (LPG), no estabelecimento, sede do Agrupamento N.º 1 de Beja.
Susana Sobral, presidente da direção da Associação de Pais, justificou o protesto com o facto de, ao longo dos anos, Santiago Maior ter sido uma escola "diferente "onde se investiu em diversos sectores da educação", contrapondo com o facto de este ano terem sido "reduzidas em mais de um terço", as horas para professores e terapeuta especiais. Acresce que os auxiliares caíram de 8 para 1 por via do Centro de Emprego, entre outros cortes.
"A escola tem que fazer uma gestão de pessoas que não tem", acusou Susana Sobral, garantido que no 1º ciclo, há no máximo dois auxiliares para cuidar de 500 alunos nos intervalos.
Escola ficou encerrada até 9.30, altura em que foram cortadas as correntes e retirados os cadeados, tendo a presidente da Associação de Pais, garantido que "não foi uma ação para provocar perturbações nas famílias ou escola", mas para chamar a atenção para um problema que é de todos, e que "urge resolver", concluiu.
No local esteve José Ferro, representante da direção da CAP do Agrupamento, que não prestou declarações.
A PSP esteve no local e identificou a presidente da direção da associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola de Santiago Maior, como responsável pelo protesto.
In: JN
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