Portugal continua a precisar de reformas profundas no sector da Educação e de estabilidade e continuidade de políticas, defende David Justino, ex-ministro com esta pasta, no livro “Quatro Décadas de Educação” que será apresentado esta tarde.
“O estado a que se chegou [na Educação] não se compadece com uma política de pequenos passos”, escreve David Justino, ministro da Educação no XV Governo Constitucional (Abril de 2002 a Julho de 2004), de Durão Barroso.
O livro reúne depoimentos de vários titulares da pasta, incluindo Inocêncio Galvão Telles (1962-1968), Manuela Ferreira Leite, Marçal Grilo e Maria de Lurdes Rodrigues.
“A experiência ensinou-nos que ‘mais educação’ nem sempre é compatível com ‘melhor educação’”, escreve David Justino, actual conselheiro do Presidente da República para os Assuntos Sociais, lamentando que “a qualidade da educação não acompanhou o enorme esforço de financiamento que foi realizado”.
"A Educação em Portugal tem, entre muitos outros problemas, um problema de governabilidade e de sustentabilidade das políticas educativas", destaca o ex-ministro sobre as dificuldades que teve de enfrentar ao implementar reformas.
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