Depois de ter criticado ontem, em entrevista à RTP1, as diferenças entre as diversas escolas de formação de professores que levantam dúvidas na preparação dos candidatos, sobretudo nos casos em que as licenciaturas não universitárias, Nuno Crato esclareceu hoje que não estava a criticar os politécnicos.
Em comunicado, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) esclarece que o ministro "se referia ao conjunto do sistema de formação inicial de professores, que tem programas curriculares diversos, dizendo que há diferenças entre as diversas escolas de formação de professores, sejam universitárias sejam politécnicas, referindo "essas escolas" no seu conjunto".
Garantindo assim, que não foram feitos "juízos de qualidade que distinguissem escolas politécnicas por um lado e universitárias por outro". O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos já veio criticar as palavras de Nuno Crato, dizendo que revelam total "desconhecimento".
O MEC, escreve ainda em comunicado que o ministro acrescenta que "é necessário um conjunto de medidas para assegurar que sejam os mais bem preparados a serem admitidos como professores dos nossos jovens e que o Estado tem como obrigação assegurá-lo, não só promovendo mais exigência na formação inicial de professores, com programas curriculares mais centrados nas matérias que os futuros professores irão lecionar, como também através de um processo de seleção nas contratações iniciais".
Nuno Crato foi ontem entrevistado pela RTP para fazer um balanço da primeira prova de avaliação de competências dos professores contratados. Estavam inscritos 13 500 docentes, mas os sindicatos garantem que menos de metade fizeram a prova e prometem voltar a fazer greve na nova data para o exame, que a tutela deve anunciar em breve.
In: DN
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