sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A chumbada do Crato pariu um (C)rato

Entre os mais de 300 cursos das escolas superiores de Educação que passaram pelo crivo da Agência para a Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), apenas seis não puderam continuar abertos. Metade destes são licenciaturas, todas ministradas em instituições privadas. Apesar das dúvidas sobre a formação inicial de professores levantadas esta quarta-feira pelo ministro da Educação, Nuno Crato, o ensino superior tem tido bons resultados nos processos de apreciação liderados por organismo independente.
As seis não acreditações nos cursos que dão acesso à docência contrastam com o panorama nacional das formações superiores. Desde a criação da A3ES, há três anos, foram fechados por decisão da agência 114 cursos, pelo que as formações de professores representam pouco mais de 5% dos chumbos na oferta do ensino superior.
Os piores resultados nos cursos de Educação são os das instituições privadas, tendo sido ordenado o fecho de três licenciaturas – nas escolas superiores de Educação de Santa Maria da Feira, Torres Novas e Almeida Garrett, em Lisboa. Mesmo neste caso, a não acreditação representa uma percentagem pequena das mais de 100 avaliações feitas pela A3ES em politécnicos privados.
Nos institutos politécnicos públicos, todas as licenciaturas tiveram parecer positivo da agência, num universo de mais de 200 avaliações. Apenas três cursos não foram acreditados, todos eles de mestrado – Ensino Musical (Setúbal), Ensino do 1.º e 2.º Ciclo (Portalegre) e Educação Pré-escolar e 1.º Ciclo (Beja). (...)


Comentário: 
Pela boca morre o peixe! Este ditado popular, pode, com alguma subtileza, adaptar-se às palavras do atual ministro tutelar da educação. O responsável pela educação não pode proferir palavras vãs, irrefletidas e, sobretudo, desfasadas da realidade. Sugiro-lhe que, aproveitando esta época de paz e de recolhimento familiar, analise os dossiês para, enquanto se mantém no cargo (ainda se mantém?!), não proferir mais disparates.

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