Em Évora, a falta de professores de educação especial também se faz sentir. Neste caso, o título pode levar a uma interpretação contrária, atendendo ao aparente reduzido número de alunos por docente. No entanto, quem conhece a realidade escolar sabe perfeitamente que, em educação, com ênfase acrescido em educação especial, cada caso é único, com um perfil de funcionalidade específico e, como tal, com a necessidade de recursos, humanos e de outra natureza, também particulares. Feito o enquadramento, segue o texto da notícia.
Margarida Rosário explicou que esta situação está a fazer com que a sua filha, uma aluna com necessidades especiais, não esteja a ter as terapias a que tem direito.
A mãe de uma aluna com necessidades educativas especiais revelou que a escola de Évora onde está a sua filha e mais cinco alunos com estas necessidades apenas tem uma professora especializada.
(...) Margarida Rosário explicou que o cenário há quatro anos era bem diferente, uma vez que então existiam duas professores para quatro crianças.
Perante a falta de docentes, Margarida Rosário adiantou que a sua filha não só não tem está a ter «trabalho de um para um na sala» como também estão a faltar «todas as terapias que tem no currículo específico e no plano educativo individual».
«A escola começou e há tempos em que sei que a minha filha está lá e o centro operacional vai brincando com eles, vai tentando trabalhar com eles, mas é impossível», acrescentou.
Apenas com uma professora em horário reduzido por causa dos anos de serviço, Margarida Rosário explicou que mesmo assim esta docente está a fazer muito mais que as 16 horas do seu horário.
Margarida Rosário, que sente que a cada ano que passa a situação da sua filha na escola se vai degradando, não teve dúvidas em classificar a situação deste ano como «dramática».
«Não há palavras que digam o que sentimos. De um dia para o outro quase, recuámos 20 anos se as coisas continuarem assim», explicou esta mãe.
In: TSF por indicação de Livresco.
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