É inevitável falar hoje na realização do nosso III Congresso “Equidade e Educação Inclusiva”. Não porque ele seja o mais importante do que se está a passar no nosso país, mas porque é o que mais nos mobiliza em tempo, energia e vontade. Antes de terminarem as inscrições podemos desde já dizer que o congresso é um sucesso: a qualidade do programa, o número de inscrições e a adesão às comunicações ultrapassou as nossas expectativas. Cada vez que nos abalançamos a uma organização deste tipo assumimos uma grande responsabilidade: antes de mais a responsabilidade de oferecer à organização dezenas ou mesmo centenas de horas de trabalho, entregar a nossa dedicação e compromisso para que tudo corra pelo melhor. E porque fazemos isso?
Diria por três razões: em primeiro lugar porque temos a certeza que a realização de eventos deste tipo têm um grande importância para a consolidação e para a valorização da Educação Especial. Sabemos o quanto por vezes a Educação Especial é louvada nos discursos e menosprezada nas práticas. Realizar um congresso com esta dimensão é valorizar a Educação Especial. Em segundo lugar, é demonstrar que a Educação Especial é antes de mais… Educação. Quando discutimos currículo, transição para a vida pós -escolar, intervenção nas primeiras idades, etc. estamos a discutir Educação e portanto a influenciar um dos setores da vida nacional que mais influência tem no crescimento, desenvolvimento e qualidade de vida. Por fim, organizamos este congresso porque achamos que o que se discutir, o que se decidir o que se aprender pode ser útil para que os alunos com dificuldades tenham uma educação de maior qualidade. Não queremos uma educação especial em que nos dizem “Isso é com vocês!” ou “Estes alunos são diferentes de tudo!”, etc., queremos uma educação especial encaixada, embutida na educação de todos e disposta a encontrar não os fossos mas as pontes.
Contamos consigo para o nosso congresso e que a sua presença sirva para afirmar o que somos e o que queremos. Não é altura para divisões: efetivos versus contratados, empregados versos desempregados, experientes contra jovens… A altura é de fazermos crescer a nossa profissão de professores de alunos com dificuldades. É por isso que o nosso congresso é um sucesso: porque sempre soubemos na profissão e na vida olhar primeiro o essencial.
David Rodrigues
Presidente da Pró-Inclusão-ANDEE
Para mais informações sobre o congresso aqui.
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