terça-feira, 17 de setembro de 2013

Os problemas educativos de início de ano letivo

Segundo noticia o Público de hoje, o início do ano letivo contrasta com a aparente normalidade que se deseja.

"Na Escola Secundária do Marco de Canaveses as aulas não começaram. Centenas de alunos, professores e encarregados de educação concentraram-se em protesto pela paragem das obras naquele estabelecimento de ensino. Na Escola Básica Parque das Nações, em Lisboa, as actividades iniciaram-se. Mas os pais colocaram cartazes contra o facto de um grupo de crianças do pré-escolar ter aulas num contentor climatizado."

"Na Lousã, uma escola do 1.º ciclo do ensino básico abriu as portas para receber apenas os três professores, porque os 73 alunos que ali deveriam ter aulas do 1.º ao 4.º ano não entraram."

"Também no Agrupamento de Escolas da Golegã, a associação de pais manteve o boicote ao início das aulas por ausência de resposta do Ministério da Educação para a criação de quatro turmas na Escola Básica do 1.º Ciclo de Azinhaga."

"No Algarve, pais de alunos das quatro escolas do agrupamento de Monchique contestaram a composição das turmas. São desequilibradas e têm vários níveis de ensino, alegam. “Os encarregados de educação exigem a reorganização das turmas e não aceitam a composição actual, onde algumas têm 20 alunos e outras apenas oito”, disse à agência Lusa Rui André, presidente da Câmara de Monchique (PSD)."

"Na Escola Secundária do Marco de Canaveses, com 1600 alunos e uma centena de professores, o problema é outro. No final de 2012, a empresa Parque Escolar suspendeu as obras de requalificação do estabelecimento, devido à falta de verbas, quando ainda só estava concluído o primeiro terço dos trabalhos. Desde então, as actividades lectivas estão repartidas pelas partes nova e antiga da escola, encontrando-se esta bastante degradada, segundo a direcção do estabelecimento."

"Na Escola Básica de Monforte, também há boicote contra a constituição das turmas e a distribuição dos alunos do 1.º ano pelos outros anos de ensino."

Acresce a todos estes problemas, ente outros, a falta de professores de educação especial. Este problema tem tido menos eco nas reivindicações e nos protestos, fruto, talvez, da importância que lhe é atribuída e da dimensão dentro do sistema educativo. Mas é uma situação real que põe em causa o processo educativo dos alunos com necessidades educativas especiais e a qualidade da educação em geral.

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