sábado, 21 de setembro de 2013

Falta de professores de educação especial pelos Açores

Aparentemente, a falta de professores de educação especial afeta, também, a região autónoma dos Açores, mais concretamente, de Língua Gestual Portuguesa.


(...) “na Escola Básica Integrada dos Arrifes, escola de referência em São Miguel na educação de alunos surdos, o ano letivo começou e está a decorrer sem que o governo tivesse procedido à colocação dos três professores de Língua Gestual Portuguesa e de quatro intérpretes também de Língua Gestual Portuguesa”.
“Tal facto priva os 24 alunos surdos, matriculados naquele estabelecimento de ensino, de disporem do acompanhamento especializado que lhes é devido, e contraria a propalada escola inclusiva e a tranquilidade do arranque do ano letivo. Sem os professores e intérpretes de Língua Gestual Portuguesa está em causa a frequência e, consequentemente, o rendimento escolar daqueles alunos” (...). (Azores Digital)

Por outro lado, o governo regional reage com o aumento significativo de professores de educação especial.

"Acerca do ensino especial, permitam-me uma referência muito clara ao investimento efetuado nos últimos sete anos, em que se multiplicou por dez o número de docentes do quadro e contratados para dar apoio nesta área", afirmou o secretário regional da Educação, Luíz Fagundes Duarte, na inauguração da primeira fase de requalificação da Escola Rui Galvão de Carvalho, em Rabo de Peixe, no concelho da Ribeira Grande, que marcou o arranque do ano letivo nos Açores.
Nas escolas dos Açores há, assim, cerca de 200 professores de educação especial e 80 técnicos (psicólogos, terapeutas da fala e ocupacionais), referiu Fagundes Duarte, sublinhando que todos os estabelecimentos de ensino têm docentes de educação especial e que "nos últimos concursos, interno e externo", houve "a preocupação de dotar as unidades orgânicas com os lugares necessários ao seu funcionamento em todos os grupos e níveis de escolaridade".
Nas últimas semanas, os sindicatos do setor referiram que a redução de professores contratados nos Açores, neste ano letivo, tinha especial impacto a nível do ensino especial, alertando que este tipo de apoio poderá deixar de ser garantido a muitos alunos.
"É um esforço significativo com vista a uma escola inclusiva, que inclui docentes qualificados e infraestruturas preparadas para que nenhuma criança fique para trás", afirmou o responsável pela pasta da Educação no Governo dos Açores, destacando que o arquipélago tem hoje um parque escolar "de grande qualidade". (Açoriano Oriental)

As sucessivas referências à situação da educação especial, para além do aproveitamento político, natural e provocatório no atual contexto social, revelam que o panorama é degradante, com prejuízo evidente para os alunos com necessidades educativas especiais, que, infelizmente, constituem uma minoria e, como tal, são desprotegidos e remetidos para segundo plano.

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