Ora porque moram longe do local de trabalho e querem manter os filhos perto do emprego, ora porque preferem que as crianças frequentem as escolas melhor cotadas nos rakings nacionais. (...) são cada vez mais os pais que recorrem a outros meios para que os filhos fiquem em determinadas escolas.
O semanário (Expresso) relata casos de progenitores que, por morarem ou trabalharem longe da escola do filho, pediram a outras pessoas, da família ou não, para assumirem a responsabilidade de serem encarregados de educação dos seus filhos só porque moram dentro da área de residência que a escola abrange.
Outros casos (...) passam pelo aluguer de casas ou lojas para que essa morada sirva como prova de que a criança fica perto da escola. Esta alternativa fica mais cara, mas mesmo assim são ainda bastante aqueles que optam por um segundo investimento para manter o filho em determinado estabelecimento de ensino.
Estes, e outros truques, devem-se, em parte, à crise económica que se instalou, pois são cada vez mais os pais que retiram os filhos de colégios privados para colocá-los em escolas públicas, mas só nas que consideram ser as melhores. Outro fator que tem contribuído para este fenómeno é a criação de mega-agrupamentos: os pais não querem que os filhos fiquem em turmas grandes, optando por procurar escolas mais pequenas.
Comentário:
No fundo, trata-se de estratagemas já frequentes, sem novidade aparente, mas que devem levar os responsáveis políticos pela educação a refletir sobre estas questões, entre outras.
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