quarta-feira, 3 de julho de 2013

Dislexia e disgrafia

A Vanessa falou tarde. Brincava muito bem com os amigos, mas só aos quatro anos se começou a perceber o que dizia. Apesar de tudo, aos seis anos de idade, quando entrou para o primeiro ano do ensino primário, lá em Fernão Ferro, a sua linguagem era bem escorreita. Com sete anos feitos, quando chegou ao fim do primeiro ano letivo, a Vanessa não conseguia dizer o som de uma única letra, mesmo das vogais; copiava as palavras do quadro, mas no ditado não era capaz de desenhar uma letra. Nas contas, aí sim, era boa. A professora dizia que ela era atenta, esforçada e muito cumpridora e passou-a de ano. Talvez fosse da imaturidade.... No segundo ano, as dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita mantiveram-se. No final do ano letivo, os pais resolveram consultar um Pediatra do Desenvolvimento que facilmente diagnosticou uma Dislexia e uma Disgrafia. Fez uma avaliação psico-pedagógica e, com base nos resultados desta, foi desenhado um complexo guião de intervenção. Volvidos três meses, a Vanessa já estava a ler, embora de uma forma muito hesitante. A rapariga está toda contente e até já diz que quer vir a ser professora primária…

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