quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Passos diz que houve reforço nos apoios para crianças com necessidades educativas especiais

"Houve um reforço dos protocolos [com as IPSS] que visam dar apoio a essas crianças com necessidades educativas especiais e existem mais professores destinados a dar esse apoio. Não houve nenhuma determinação que implicasse a redução do número de professores necessário."

O primeiro-ministro misturou duas coisas: os professores que dão aulas nas escolas públicas a alunos com necessidades educativas especiais e os técnicos que dão apoio complementar aos alunos mais dependentes.
David Rodrigues, presidente da Direcção da Associação Nacional de Docentes de Educação Especial, estima "que estão colocados menos 25% professores de educação especial do que no ano passado".
Já no que toca aos protocolos estabelecidos com as IPSS e cooperativas - que permitem aos alunos com maiores necessidades recebam o apoio complementar de técnicos para certas terapias -, só na sexta-feira as instituições começaram a obter respostas às candidaturas apresentadas junto do Ministério da Educação. 
Questionado, o Ministério da Educação não deu ainda dados que permitam perceber se houve ou não reforço dos mesmos. Já João Carlos Dias, presidente adjunto da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS), disse não ter ainda uma conclusão. “Eu tenho leituras diferentes em termos nacionais. Tenho leituras onde de facto existe um reforço e outras onde houve cortes muito significativos”, relatou (...). Também David Rodrigues tem indicações de que houve "cortes significativos" em algumas instituições.

In: Negócios, por indicação de Livresco.

Comentário:
Poderia facilmente desmentir as afirmações do PM recorrendo às notícias que têm sido publicadas no blog e que provam o total desconhecimento da realidade educativa portuguesa, fruto de uma má assessoria ou, então por falta de tempo, por não ler jornais...
Ainda com alguma paciência, republico os dados relativos à situação que me é mais próxima e que contrariam as afirmações acima.
O panorama dos alunos com necessidades educativas especiais nos últimos anos no agrupamento mantém-se estável quanto ao número de alunos e às suas tipologias. No entanto, este ano verificou-se uma redução dos professores de educação especial em 50%, assim como do horário semanal de psicologia de 35h para 18h. Consequentemente, existem alunos com necessidades educativas especiais sem apoio direto por um docente de educação especial, enquanto que outros viram reduzido significativamente o número de horas de apoio.
Onde está a verdade?

1 comentário:

Anónimo disse...

A mulher do Passos Coelho trabalha numa IPSS e concerteza essa recebeu um reforço da verba para o apoio aos alunos NEE...