Sociólogos compararam os exames de aferição dos 4.º e 6.º anos. E a Escola Básica do Pendão conseguiu fazer a diferença e ter sucesso com uma população desfavorecida.
A família faz diferença na vida escolar de um aluno. E muita. Tanto é que os filhos das famílias com menos estudos têm notas mais baixas, conclusão reforçada com a comparação dos resultados dos exames de aferição dos 4. º e 6. º anos. Mas há quem faça melhor e contribua definitivamente para uma maior igualdade social entre os jovens.
"Quanto maior é a escolaridade dos pais, maior é a classificação dos filhos. Ou seja, a escola não muda nada e não proporciona a igualdade de oportunidades", explica a socióloga da educação Teresa Seabra que coordena uma investigação que comparou três anos das provas de aferição dos 4.º e 6.º anos: Matemática e Língua Portuguesa. Essa é a regra, mas há exceções, como a Escola Básica do Pendão, Sintra.
Fica nos subúrbios de Lisboa, integrada num bairro social, uma população "composta maioritariamente por rapazes, com elevada proporção de descendentes de imigrantes e oriunda de famílias com baixos níveis de instrução e de inserção profissional". E a média das notas no 4.º ano a Matemática e a Português foi positiva, ao contrário dos estabelecimentos com o mesmo tipo de população e que têm classificações negativas. São também melhores do que em unidades com estudantes oriundos de famílias escolarizadas, como a Escola Básica do Lumiar (A1), Lisboa, onde 31,7% dos pais possuem um curso superior contra 5,8% na escola do Pendão (B1).
Fonte: DN
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