As 212 escolas com contrato de autonomia vão poder criar novas disciplinas a partir de setembro, que por fazerem parte do currículo têm avaliação e contam para os alunos chumbarem ou passarem de ano. Uma novidade de que as escolas ainda desconfiam e que até temem que não saia do papel. Para o Governo esta é mais uma possibilidade para as escolas se diferenciarem e adaptarem aos professores e aos alunos que têm.
O novo nível de autonomia permite às escolas usar 25% da carga horária anual para oferecer uma nova disciplina ou reforçar outras que já existem, mas ainda não convenceu as escolas. Para já, esta é uma possibilidade que apenas está ao alcance das que têm contrato de autonomia, cerca de um quarto. E para o presidente do Conselho das Escolas, as direções "numa primeira fase vão ser tentadas a reforçar a carga horária de algumas disciplinas, eventualmente aquelas que têm exames". José Eduardo Lemos, também diretor da Secundária Eça de Queiroz, na Póvoa de Varzim, confessa que a sua própria escola ainda não decidiu o que vai fazer com esta flexibilidade de currículo.
O secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar sublinha (...) que o objetivo do Governo é que as escolas tomem a opção com que se sintam mais confortáveis. "O que se pretende é que exista faseamento e que as escolas possam de uma forma confortável, olhando para os seus recursos humanos e potenciando-os, reforçar disciplinas ou criar novas disciplinas, tudo dentro dos 25% da carga horária", justifica João Casanova de Almeida. Estes 25% podem ser retirados a todas as matérias menos Português e Matemática, que apenas podem ser reforçados.
In: DN
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