A Associação Nacional de Empresas de Apoio Especializado (ANEAE) e a Associação de Pais e Amigos de Crianças e Jovens com Necessidades de Apoio Especializado (APACJNAE) reuniram hoje cerca de três mil pessoas, no Porto, num protesto contra os cortes no Subsídio de Educação Especial. Segundo defendem, o novo protocolo, assinado em Outubro do ano passado entre o Instituto de Segurança Social e a Direcção Geral de Estabelecimentos Escolares, já excluiu centenas de crianças que precisam de apoio especializado. (...) (Público)
Entretanto, outros meios de comunicação deram eco desta iniciativa:
- Pais protestam contra corte de subsídio de educação especial (RTP)
É de louvar a atitude dos pais com manifestações pela falta de apoios. Infelizmente, os pais são mais facilmente atendidos pelo Ministério da Educação e Ciência do que os professores. Neste processo, o Ministério da Educação e Ciência e o Ministério da Solidariedade Social demonstram insensibilidade e inoperância na resolução da falta de apoios aos alunos com necessidades educativas especiais. Não se compreende nem aceita que a duas semanas do final do segundo período letivo, os apoios ainda não estejam a ser prestados por falta de aprovação dos processos.
Não posso deixar de assinalar a presença nos protestos da Associação Nacional de Empresas de Apoio Especializado (ANEAE). A sua presença acaba por secundarizar a real falta de apoios configurando-lhe natureza reivindicativa de defesa dos interesses corporativos.
Como referi num outro texto (O subsídio de educação especial), esta situação ultrapassa-se com a afetação de técnicos especializados aos agrupamentos, ainda que partilhados com outros vizinhos, permitindo uma gestão mais eficaz dos apoios. Por outro lado, esta medida contribuiria para o alívio do orçamento do Estado.
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