A presidente do Sindicato dos Técnicos Administrativos e Auxiliares da Educação criticou (...) o recrutamento de "pessoal indiferenciado e desqualificado" para exercer funções nas escolas dos Açores, lamentando a "falta de respeito" pelas funções que estes profissionais desempenham.
"Não pode ser. As pessoas da escola contactam com jovens e crianças deste país e têm de ser pessoas com uma formação específica e não pode ser qualquer um que trabalha com o amanhã do nosso país", afirmou aos jornalistas a presidente do sindicato, Cristina Ferreira, após um plenário sindical em Ponta Delgada, na ilha açoriana de São Miguel.
Cristina Ferreira referiu que esta sua primeira deslocação a São Miguel permitiu "conhecer no terreno as preocupações e angústias" dos assistentes operacionais e técnicos, "muito semelhantes ao resto do país" e que passam por "falta de condições de trabalho e falta de formação".
"São vistos muitas vezes como o pessoal de limpeza das escolas e não o são. Os assistentes são muito para além da limpeza", afirmou Cristina Ferreira, acrescentando que são estes profissionais que "detectam determinados sinais e problemas que os jovens e crianças têm".
Segundo a presidente do sindicato, estes profissionais precisam de formação, acompanhamento e muito respeito e, por isso, anunciou que em junho os cerca de 200 associados do sindicato em São Miguel vão poder frequentar uma formação nas áreas do comportamento e gestão de conflitos.
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"Nós entendemos que estes trabalhadores, que estão na área da educação, pela especificidade de competências que lhes estão atribuídas no relacionamento com os alunos, têm de ter características especiais, que façam com que a mobilidade na administração pública seja feita apenas entre trabalhadores da área da educação", afirmou João Dias da Silva.
In: Sol por indicação de Livresco
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