Na Região da Madeira estão diagnosticadas e são apoiadas no ensino normal cerca de cem crianças com autismo. Na sexta-feira à tarde, o Núcleo de Estudantes de Psicologia da Universidade da Madeira promoveu uma conferência sobre 'Autismo - diagnóstico e intervenção', onde participaram duas técnicas da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA).
Segundo Rubina Aguiar, psicóloga na APPDA, esta associação trabalha com as crianças após o diagnóstico da doença e com os pais, tentando perceber quais as necessidades das crianças e facultar ferramentas para que estas se tornem mais autónomas no futuro. "Nós praticamente damos formação aos pais porque chegam até nós angustiados, sem saber o que fazer com as crianças", vincou, apontando que os pais, ao se aperceberam de qualquer sinal, devem procurar logo ajuda porque "a intervenção precoce é muito importante para minimizar problemas associados à perturbação".
O presidente da direcção da APPDA, Carlos Nogueira, espera que, a partir de agora, os pais procurem mais a associação, já que, há pouco tempo, inauguraram a sede, que se situa em frente ao Hospital Dr. Nélio Mendonça. "Nós agora temos esperança de que, com este espaço, em que temos técnicos que podem trabalhar um pouco mais com as crianças, os pais nos procurem e que nos ajudem a ser uma alternativa e um complemento àquilo que existe", referiu.
Carlos Nogueira defende a inclusão destas crianças. "Nós conseguimos que, nalgumas escolas, já haja, ainda que com o apoio da Educação Especial, ensino estruturado de propósito para estas crianças e é uma coisa que aqui na Madeira já se está a fazer praticamente para todas as que surgem agora", afirmou.
Normalmente, as crianças autistas têm problemas de socialização e da fala e o autismo não é uma doença de difícil diagnóstico. Carlos Nogueira avançou que existem cem crianças já incluídas no ensino normal, mas que há mais crianças com autismo nas instituições, ou que ainda não chegaram ao ensino e até adultos autistas.
In: DN Notícias
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