O ensino na maioria das escolas está mais adaptado às características das raparigas, que são habitualmente mais responsáveis e trabalhadoras e por isso obtém melhores resultados, defendeu o presidente da Associação Europeia das Escolas de Educação Diferenciada.
«As raparigas, ao terem mais maturidade, são mais responsáveis, trabalham mais e obtém melhores resultados. Por outro lado, regra geral, o sistema de ensino e aprendizagem está mais focado para a maneira de ser das raparigas do que dos rapazes. É um ensino baseado na memória, pouco prático e pouco ativo», afirmou o presidente da Associação Europeia das Escolas de Educação Diferenciada, Josep Barnils.
A informação é comprovada por um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que demonstrou que os resultados escolares das raparigas são superiores ao dos rapazes.
Em entrevista (...), Josep Barnils defendeu que a escola diferenciada permite individualizar com mais facilidade o processo de ensino e aprendizagem, tendo em conta as características de cada aluno.
É que rapazes e raparigas têm ritmos de aprendizagem e de amadurecimento diferentes: os rapazes distraem-se mais e têm maior dificuldade em estar atentos nas aulas enquanto as raparigas leem melhor e controlam melhor as suas emoções.
«O desenvolvimento é diferente para os rapazes e para as raparigas. Um rapaz de 11 ou 12 anos é ainda um menino, enquanto uma rapariga dessa mesma idade é quase uma mulher», sublinhou Josep Barnils, considerando que estas diferenças podem ser resolvidas se cada aluno for educado de acordo com as suas características.
Para o especialista, que está em Portugal para participar no IV Congresso Internacional de Educação Diferenciada, «convém que os professores trabalhem adequadamente com cada um dos sexos».
Nos colégios diferenciados, o currículo é exatamente o mesmo para rapazes e raparigas existindo apenas processos de ensino e aprendizagem adaptados às características da turma.
In: Diário Digital
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