Portugal tem legislação sobre educação inclusiva "das mais abrangentes dos países da OCDE”, mas apresenta dificuldades na sua aplicação. A conclusão é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), numa avaliação realizada em 2021. De acordo com o jornal “Público”, a OCDE vê como obstáculo aquela que é a sua principal “inovação”: ser dirigida a todos os estudantes e não apenas aos que apresentam necessidades educativas especiais.
Nas escolas que a OCDE visitou, encontrou “um ambiente genuinamente inclusivo”. Contudo, em Portugal detetou que a segregação dos alunos imigrantes nas escolas é “mais prevalente" do que na maioria dos países da OCDE. Para além disso, a maioria dos professores não tem formação na área da educação inclusiva, o que coloca Portugal como um dos países com uma das taxas mais baixas de professores com esse tipo de conhecimento.
A OCDE também destaca que, em Portugal, “as práticas em sala de aula variam consideravelmente no interior das próprias escolas e de escola para escola”, criando assim desigualdades. O Ministério da Educação refere que o estudo foi feito a seu pedido, esclarecendo que “este é um trabalho em curso, que exige um trabalho continuado e empenho de todos no sentido de garantir que ninguém fica para trás e que cada aluno é levado ao máximo do seu potencial”.
Fonte: Expresso por indicação de Livresco
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