segunda-feira, 18 de abril de 2022

Jovens com síndrome de Down destacam-se no mundo da moda

Condição genética não impede a portuguesa Carolina Teixeira Rosa de seguir o sonho. No mundo, há várias modelos com trissomia 21 com carreiras reconhecidas.

Ser atriz é o grande sonho de Carolina Teixeira Rosa, de 21 anos, mas é na moda que vai trilhando caminho, "mais devagar e com mais limitações" por estar em Portugal. Quem o nota é a mãe, Paula Teixeira, que viu a filha com trissomia 21 dar os primeiros passos como modelo no Brasil, onde a família viveu alguns anos.

Carolina começou cedo a fazer poses e a imitar diálogos de filmes, protagonizando trabalhos pontuais. Aos 17 anos quis fazer um curso de modelo. "Inscrevemo-la e ela fez tudo como os restantes jovens, de forma muito inclusiva, com direito a diploma", recorda Paula. A filha acabou agenciada pela WR Models, no Brasil, mas em Portugal "não houve nenhuma agência a dizer sim" na hora de a representar. "Responderam que era um mercado difícil e que não havia procura. Não desistimos, ela trabalha por conta própria", garante a mãe. Assim nasceu, em novembro passado, a Sweet Caroland, marca de vestuário à imagem de Carolina, "inclusiva, para fomentar o amor-próprio em mulheres de todas as idades".

À distância, Carolina Teixeira Rosa vibra com o sucesso de outras jovens com síndrome de Down que já têm carreiras reconhecidas na moda. É o caso da porto-riquenha Sofía Jirau, que recentemente se tornou na primeira manequim com esta condição genética a destacar-se numa campanha da Victoria"s Secret. Ao lado de outras 17 modelos, Jirau participou no lançamento da coleção "Cloud Love Collection".

"Forbes" atenta ao exemplo

No ano passado, a brasileira Maju de Araújo já tinha dado que falar, ao vencer o preconceito como embaixadora da L"Oréal Paris, passando a viajar por todo o Mundo. A modelo espanhola Marian Ávila estreou-se em 2015 e no currículo tem campanhas para o El Corte Inglés ou Desigual. Também participou na Semana de Moda de Nova Iorque, entre outros trabalhos.

Outro exemplo de que a trissomia não é impeditivo de nada é dado pela australiana Madeline Stuart. Aos 25 anos, coleciona produções para as melhores marcas do Mundo - mantendo contrato com a Tommy Hilfiger e com a Boss - e semanas de moda, com mais de 60 desfiles feitos.

Em 2017, foi eleita pela "Forbes" como "game changer". Tem a própria marca, "21 Reasons Why" e a história é tão inspiradora que deu origem ao documentário "Maddy The Model", lançado em abril de 2021. Enquanto isso, por cá, Carolina continua "firme em afirmar a diferença".

Fonte: JN

Sem comentários: