quarta-feira, 27 de abril de 2016

Torres Vedras aposta na identificação precoce do daltonismo

As escolas do 1º ciclo do concelho de Torres Vedras podem, desde o ano passado, ser alvo de uma acão de sensibilização e formação que visa identificar casos de daltonismo entre os mais pequenos, bem como ajudar à integração de quem é daltónico. A parceria entre a Câmara Municipal de Torres Vedras e o ColorAdd – projeto que, através de um código universal, faz com que os daltónicos consigam identificar as cores – fez com fossem identificados cinco casos de daltonismo na EB1 de Torres Vedras, na semana passada, e quatro no Centro Educativo da Ventosa, no ano passado. (...)

“Os professores poderão trabalhar de uma forma diferente no seu dia-a-dia e ajudar as crianças a lidar melhor com a dificuldade na identificação das cores” aponta a vereadora da Educação. Isto porque o projeto engloba uma ação de sensibilização junto dos professores das instituições. “Quanto mais ferramentas tiverem para, de uma forma precoce, detetarem qualquer situação de daltonismo, melhor” avança, falando num aspeto “extremamente importante” para quem lida todos os dias com crianças e que, desta forma, poderá transmitir informação a colegas e familiares dos mais pequenos.

Em cima da mesa está ainda um projecto inédito que visa introduzir este código universal nas praias do concelho, de modo a que os daltónicos possam identificar a cor da bandeira hasteada. A parceria entre o concelho e o ColorAdd é algo que a Câmara Municipal quer que “continue a dar frutos, por um lado porque é necessário chegar às crianças do concelho, permitindo que tenham acesso a este diagnóstico, por outro porque se pretende que a simbologia criada pelo ColorAdd seja difundida o mais rapidamente possível” avança Laura Rodrigues, sublinhando a possível implementação deste código em espaços como escolas, bibliotecas e na sinalética das ruas.

“Em termos sociais acaba por ser extraordinariamente importante. Se pensarmos nas crianças”, exemplifica, “é a diferença entre uma criança ser rotulada com dificuldades de aprendizagem, e ser uma criança que sabe identificar que tem uma limitação de identificação das cores mas que sabe como ultrapassar essa situação.”

Fonte: Torres Vedras Web por indicação de Livresco

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