A jovem investigadora espanhola Luz Rello foi distinguida com o prémio European Young Researchers’ Award 2013 pelo seu trabalho em torno da acessibilidade da internet a disléxicos.
A dislexia é uma inaptidão neurológica de leitura que se caracteriza por dificuldades no reconhecimento fluente de palavras e fracas competências de ortografia – estima-se que afecte 17,5% da população norte-americana, por exemplo. O objectivo de Luz é perceber como o conteúdo e a sua apresentação alteram a leitura online dos disléxicos.
Um dos aspectos mais interessantes na pesquisa de Luz é que ela intersecta a linguística com a ciência computacional. Como tal, baseou as suas experiências em ferramentas de processamento natural de linguagem e de interacção entre pessoas e computadores.
Por um lado, olhou para a forma como os algoritmos podem ser usados para substituir automaticamente palavras que são difíceis para os disléxicos por outras mais simples. Por outro lado, usou o rastreio visual e a análise da expressão facial para descobrir como pode uma página web ser mais apropriada para estas pessoas.
A lista de condicionantes identificadas pela investigadora é extensa – vai desde caracteres, a linhas, espaços entre parágrafos, tipos de letra e tamanhos, tal como largura das colunas, escalas de cinzento e pares de cores.
Segundo a Next Web, as descobertas serão publicadas no seu próximo relatório, levando à divulgação de características visuais específicas que podem tornar a leitura online muito mais fácil para os disléxicos. Ela percebeu, por exemplo, que quanto maior o tamanho de letra, melhor – o tamanho 18 parece ser o ideal.
Luz concluiu ainda que o itálico tende a ter um impacto negativo na compreensão. Já os tipos de letra não serifadas melhoram significativamente o desempenho na leitura. Para dar nomes, Helvetica, Courier e Computer Modern Unicode são particularmente boas nestes casos.
In: Green Savers via facebook.
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