domingo, 19 de junho de 2022

Os dons e desafios de ser um pai tetraplégico

Josh Basile e Katie Fava tiveram um filho por fertilização in vitro, Calder. Josh é tetraplégico e também “um pai maravilhoso”, diz a parceira. É o concretizar de um sonho para “a vida inteira”, que se tornou realidade não obstante as limitações.

A rotina varia um pouco a cada noite — a vida com um recém-nascido é imprevisível — mas há sempre algo que se mantém: antes de adormecer, Josh Basile costuma demorar um bocado mais para estar fisicamente perto do seu filho, Calder. Por vezes Calder aconchega-se no braço torto de Josh para uma breve sesta. Outras noites, se o bebé estiver alerta e agitado, Josh deita-se ao lado do berço e fala com o filho; ultimamente, à medida que Calder se aproxima das 12 semanas de idade, tem a sorrir para o pai. A companheira de Josh, Katie Fava, coloca frequentemente o filho no peito do namorado e ajuda-o a segurá-lo.

“A Katie é quem faz todo o trabalho pesado”, diz Josh, e fala no sentido literal. Na fase inicial da paternidade, muitas das exigências são físicas — o bebé precisa de ser alimentado, limpo, vestido e embalado — e são tarefas que Josh está impossibilitado de fazer porque é tetraplégico e tem apenas movimentos limitados nos braços. Não pode também colocar o cinto de segurança no carro, nem lavar um biberão ou mudar uma fralda. A sua versão de paternidade é uma que deve transcender as limitações de um corpo que está imóvel do peito para baixo. (...)

Fonte: Público, com continuação da notícia

Sem comentários: