João Dias da Silva diz que, a nível nacional, as escolas contam com 2.900 funcionários, um número aquém dos cerca de 4 mil que trabalhavam nas escolas quando estavam em vigor as 40 horas. O dirigente da FNE teme que esta lacuna afete o funcionamento das escolas.
"Havendo a garantia do Ministério da Educação de que há a prorrogação dos 2900 contratos de assistentes operacionais que tiveram contrato no ano anterior, ainda assim faltam não menos de mil assistentes. A verdade é que vai haver insuficiência nas escolas para garantir os buffets, papeleiras, as portarias, a vigilância nos recreios".
João Dias da Silva diz que ao contrário do que normalmente acontece, este ano o problema não será a colocação de professores, mas a de auxiliares.
O dirigente da FNE está preocupado. "Mais de 98% das colocações estão a ser feitas a tempo e horas, em relação aos assistentes operacionais estamos preocupados. Esperamos que os diretores de escolas estejam a ser contactados pelo Ministério da Educação, no sentido de verificarem quais as necessidades, para estas serem preenchidas antes do inicio do ano letivo".
Também o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares manifesta preocupação com a carência de funcionários das escolas. Ouvido pela TSF, Manuel Pereira afirma que este problema não é novo, mas tem que ser resolvido, porque afeta o funcionamento das instituições.
"Associado à tradicional falta de funcionários nas escolas e à redução do número de horas de trabalho dos funcionários públicos, as escolas estão muito limitadas. Os assistentes operacionais são fundamentais, é preciso tentar a todo o custo que as escolas tenham o número suficiente de funcionários".
À TSF, o Ministério da Educação sublinha em comunicado que "está a fazer um levantamento fino das necessidades, agrupamento a agrupamento". O gabinete de Tiago Brandão Rodrigues sublinha que os cerca de 2.900 contratos que terminam no fim do mês "serão renovados" e que nalgumas escolas a competência da colocação de funcionários não docentes, devido ao tipo de contrato, é dos executivos municipais.
"O Ministério da Educação e o Ministério das Finanças estão a estudar a possibilidade de integração de trabalhadores em situação de requalificação nos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas", acrescenta ainda o comunicado.
Fonte: TSF por indicação de Livresco
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