Informático português criou ferramenta grátis que permite às crianças fazer ditados, corrige os erros e envia a evolução dos alunos para os professores
José Pinto, pai de três crianças (duas delas em idade escolar), confrontou-se com a falta de tempo para os ajudar nos ditados da escola. "Quando o meu filho mais velho, que tem agora 11 anos, andava na escola primária a professora estava sempre a recomendar que ele e os colegas fizessem ditados em casa para melhorar a ortografia, mas ninguém tinha tempo para fazer isso", recorda. Quando ficou desempregado José Pinto decidiu pôr mãos à obra para resolver este problema.
Assim, nasceu a Dic2me, uma aplicação informática gratuita, "onde as crianças escutam o ditado, digitam o texto e o sistema corrige os erros e manda o relatório com os erros e a evolução do aluno para o professor", explica o autor da invenção (...). A ferramenta está ainda em fase de testes, mas a partir da próxima semana vai começar a ser aplicada numa turma do 2.º ano na Escola Pedro Santarém.
"Estou muito expectante para ver os resultados", afirma, Manuel Esperança, diretor do agrupamento (de Escolas de Benfica) que vai acolher esta experiência. "As crianças mostram-se sempre muito motivadas para as tarefas com tecnologias e acreditamos que pode ter impacto na melhoria das aprendizagens", acrescenta o professor.
José Pinto pretende motivar os alunos, mas ajudar também as famílias. "Os pais não têm tempo e nem todas as famílias podem pagar explicações onde estas competências são trabalhadas e esta ferramenta é gratuita".
Além disso, a aplicação foi construída tendo em conta os conselhos dos professores. Existe uma base de dados com textos que os professores selecionam e uma vez selecionado, este é lido de forma muito pausada e os alunos podem voltar a ouvi-lo. José Pinto espera distribuir a Dic2me em todas as escolas do 1.º ciclo e até vender licenças para outros países. "Mais tarde podemos vender licenças de versões em Espanhol, Inglês e Francês. Também é possível fazer esta aplicação para outros países de língua portuguesa."
Fonte: DN por indicação de Livresco
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