Ter uma vida normal, falar e ouvir como os outros meninos da mesma idade, frequentar as mesmas escolas e ter as mesmas oportunidades. É apenas isso que Bruno Bernardo pede para o filho, Cristiano, de dois anos, que nasceu com surdez profunda. Depois de noites sem dormir por não saber como retirar o filho daquele mundo de silêncio, este pai alentejano viu surgir a esperança ao saber que o menino poderia receber um implante coclear e assim "poder ouvir e falar como os meninos normais, que nascem sem qualquer limitação".
O implante coclear – 0 500º do Serviço do Otorrinolaringologia do CHC – foi colocado a 9 de Setembro. Seguiu-se o normal processo de cicatrização e um mês depois o aparelho foi ligado e programado para receber os primeiros sons. A criança iniciou as sessões intensivas de terapia da fala que vão prolongar-se por, pelo menos, três meses.
De segunda a quinta-feira, Cristiano fica em Coimbra, acompanhado dos pais ou dos avós e passa as manhãs no Serviço de Otorrinolaringologia a aprender a interpretar os sons que começa a ouvir e a dizer as primeiras palavras.
A estadia em Coimbra representa um "enorme esforço" para a família, que tem poucos recursos. Só em deslocações e portagens são mil euros por mês, mas é também necessário pagar o alojamento e a alimentação.
"Está a ser muito complicado suportar as despesas, mas o mais importante é o meu filho. Estou a investir na qualidade de vida dele", diz o pai. Cristiano tinha um ano e meio quando os pais se aperceberam de que não ouvia. Chegou a usar uma prótese, que nada resolveu.
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domingo, 2 de novembro de 2008
"ESTOU A INVESTIR NA VIDA DELE"
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