Os estudantes do ensino secundário também vão ter conteúdos televisivos sobre as matérias que estão a aprender no Estudo em Casa, a nova versão da Telescola que o Ministério da Educação e a RTP lançaram no ano lectivo passado, em resultado da suspensão das aulas. Ao contrário do que continuará a acontecer para os alunos do básico, as aulas do secundário não vão passar na televisão e estarão apenas disponíveis na internet.
Os conteúdos para os alunos do 10.º ao 12.º anos vão estar disponíveis apenas na plataforma digital RTP Play, onde os restantes programas vão continuar a ser arquivados e consultados depois de passarem na televisão. O alargamento ao ensino secundário é uma das novidades da nova temporada do Estudo em Casa.
Cada um dos “blocos pedagógicos” – designação que o Ministério da Educação usa para as aulas televisivas – vai passar a corresponder a um tema. Assim, os professores nas escolas podem mais facilmente identificar os conteúdos que lhes interessam. Esses blocos vão poder ser trabalhados de forma individual, ou sequencialmente, sempre que for dedicado mais do que um episódio a um determinado assunto.
Com esta novidade, o Ministério da Educação e a RTP pretendem que os conteúdos do Estudo em Casa possam ser “perenes no tempo”, afirmou o ministro Tiago Brandão Rodrigues, podendo ser utilizados pelos professores “nos próximos anos” em contexto de sala de aula ou pelos alunos como complemento ao que aprendem na escola.
Além das emissões na RTP Memória e da presença na internet, a nova Telescola já era emitida no ano passado na RTP África. A RTP anunciou esta quarta-feira o seu alargamento à RTP Internacional, de modo a chegar às comunidades emigrantes. Os conteúdos do Estudo em Casa serão emitidos em blocos compactos nesse canal.
Para os alunos nacionais, o Estudo em Casa regressa na próxima segunda-feira, primeiro dia oficial do novo ano lectivo. Tal como acontecerá nas escolas, as primeiras cinco semanas serão dedicadas à recuperação de conteúdos. Por isso, serão repostos episódios do ano lectivo passado. A partir de meados de Outubro, começam a ser emitidos os novos conteúdos.
Entre as novidades está também a separação dos conteúdos destinados aos alunos que estão a começar o ensino básico. No ano, as “aulas” do 1.º ciclo eram agrupadas, com episódios para as crianças do 1.º e 2.º ano e outros para as do 3.º e 4.º. Agora, os conteúdos do 1.º e do 2.º ano serão emitidas de forma autónoma, uma opção que o ministro da Educação justificou com o facto de os alunos que estão a começar o seu percursos escolar terem “outro tipo de necessidades” pedagógicas.
O Estudo em Casa terá também um bloco dedicado à organização do trabalho autónomo dos estudantes. A experiência do últimos meses do ano passado, em que os alunos estiveram afastadas das escolas, mostrou que “muitas das nossas crianças identificaram que a auto-monitorização é muitas vezes difícil quando estão sozinhos”, explica Tiago Brandão Rodrigues. Este novo conteúdo “não será curricular, mas vem ajudar” o trabalho dos alunos.
Fonte: Público por indicação de Livresco
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