Sou defensor da avaliação de professores (todos somos avaliados permanentemente); desconfio do ‘ativismo sindical’ com ligações políticas escancaradas. Tem sido impossível um debate esclarecido e tranquilo sobre estas e outras matérias relacionadas com a escola pública e as suas funções. Mas, sobretudo, acho estapafúrdia a desconfiança de boa parte dos políticos e palradores sobre o papel dos professores.
Defendendo a avaliação, defendo, antes de mais, a avaliação do Ministério da Educação (ME), das suas burocracias, dos seus vários ideólogos – e do mal que, sucessivamente, têm feito ao sistema educativo. Paulo Guinote publicou ‘08/03/08. Memórias da Grande Marcha dos Professores’ (Oficina do Livro), um relato dos confrontos de 2008. O documento é impressionante, mas (desculpe, Paulo) o mais importante não mereceu destaque: que nenhuma reforma do ensino pode ser feita sem o apoio e o compromisso dos professores. Quem toma o poder do ME quer mudar tudo sem os professores e sem os visitar no meio do turbilhão que são as escolas. Aprenderiam muito e não fariam (tantas) asneiras.
Por Francisco José Viegas
Fonte: CM por indicação de Livresco
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