Segundo relata o jornal Público, a Câmara de Elvas decidiu passar a fornecer o jantar a 540 alunos do 1.º ciclo e jardins-de-infância do concelho que já tinham direito a almoço e lanche na escola.
Apesar da substancial melhoria para o bem-estar das crianças que uma refeição quente ao almoço já proporcionava, Rondão de Almeida, presidente da autarquia, concluiu que era preciso fazer mais alguma coisa, depois de constatar que o almoço era, para muitas delas, a única refeição completa a que tinham acesso.
A refeição será entregue nas escolas que as crianças frequentam entre as 17h e as 17h30, a partir do dia 18. O autarca precisou que os alunos beneficiados com mais este reforço alimentar — os que pertencem aos escalões A e B dos subsídios — poderão levar para casa sopa, prato de carne ou peixe, assim como fruta e pão.
“As crianças passam a ter as duas refeições normais, o mais elementar direito que deve assistir a qualquer cidadão”, diz Rondão de Almeida.
Nestes momentos de crise, em que a situação económica de muitas famílias é precária, a medida em si, do ponto de vista social, é louvável e justificada. No entanto, fica sempre uma pequena desconfiança se não será um gesto de oportunismo político, uma vez que as eleições autárquicas se avizinham, ou, pelo contrário, trata-se de uma medida que resulta e reflete uma boa gestão autárquica, preocupada em resolver os problemas sociais.
Ressalvo que não conheço quer o executivo camarário, quer a realidade local.
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