Os bombeiros, carteiros e professores são as profissões que merecem maior confiança dos portugueses, que dão nota negativa aos políticos, revela um estudo divulgado hoje e que abrangeu 22 países.
O inquérito sobre a confiança atribuída a 20 profissões, elaborado pela empresa de estudos de mercado GFK em parceria com o Wall Street Journal, foi realizado entre Fevereiro e Março deste ano e envolveu 19.760 pessoas de 21 países europeus e dos Estados Unidos da América.
Em Portugal, o estudo decorreu entre os dias 07 e 16 de Março e abrangeu 1.036 pessoas com mais de 15 anos.
Entre as várias profissões em estudo, os portugueses avaliam de forma positiva o trabalho desenvolvido pelos bombeiros (94 por cento), pelos carteiros (89 por cento) e pelos professores da escola primária e secundária (89 por cento).
Os médicos surgem em quarto lugar (87 por cento), à frente dos militares (80 por cento) e dos polícias (75 por cento).
A tendência seguida em Portugal é reforçada pelas respostas dos restantes países europeus. De acordo com o estudo da GfK, 91 por cento dos inquiridos na Europa preferem os bombeiros e 83 por cento os médicos, seguidos dos professores (82 por cento). A grande maioria dos suecos, alemães e belgas escolheram os bombeiros como a profissão em que mais confiam, enquanto os suecos e turcos preferem os carteiros.
Apenas 14 por cento dos portugueses inquiridos manifestaram confiança nos políticos.
A merecer também nota negativa dos portugueses estão os publicitários (40 por cento), os empresários de grandes empresas (41 por cento) e os banqueiros (46 por cento).
O mesmo se passa na Europa, com apenas 15 por cento dos inquiridos a confiar nos políticos e 23 por cento nos publicitários.
Itália, Grécia, Bulgária, Alemanha e França são os países que apresentam um maior índice de desconfiança nos políticos e a França, Holanda e Bélgica os principais países que dão nota negativa aos publicitários, refere o estudo, a que a agência Lusa teve acesso.
Quanto às profissões de bombeiro e carteiro, poucos são os países que não lhes depositam a sua confiança. Segundo os dados da empresa de estudos de mercado que está presente em mais de 100 países, apenas a Colômbia (61 por cento) e a Polónia (81 por cento) referem que não confiam, respectivamente, nos bombeiros e nos carteiros.
Do estudo destaca-se a Grécia como o único país da Europa com um baixo valor de confiança atribuído aos médicos (48 por cento). As associações de protecção do ambiente merecem a confiança de 82 por cento dos portugueses inquiridos no estudo, enquanto o Exército e Igreja são bem vistos por 80 por cento e 70 por cento, respectivamente, dos inquiridos.
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