Estudo da Universidade de Xangai revela que punições corporais e hostilidade verbal por parte dos pais têm impactos negativos nas funções executivas do cérebro e no seu desenvolvimento.
Uma relação autoritária com os filhos pode provocar estragos maiores no desenvolvimento destes do que se supunha só com base na análise do seu comportamento. Recorrendo à técnica de electroencefalografia, quatro investigadores da Universidade de Xangai (Jiahe Zhang, Zhixuan Yan, Wenya Nan e Dan Cai) constataram recentemente que “as crianças alvo de uma parentalidade autoritária mostram um atraso no desenvolvimento das funções cerebrais por comparação aos seus pares criados numa relação mais branda”.
O que é ao certo uma parentalidade autoritária? “Em psicologia, a educação parental é considerada autoritária quando são exibidos comportamentos excessivamente controladores, tais como represálias duras e diálogos ameaçadores, frequentemente à base do grito e de punições. Os pais autoritários tendem a ser restritivos, permitindo pouca participação dos filhos nas decisões, sem que dediquem muito tempo à explicação das regras estabelecidas”, esclarece a neuropsicóloga Joana Rato num artigo de divulgação do estudo da Universidade de Xangai, publicado no site da Iniciativa Educação. (...)
Continuação em Público.
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