Estudo britânico contradiz a ideia de que o quociente de inteligência se mantém estável desde a infância, constatando que pode aumentar ou diminuir drasticamente durante a adolescência.
O quociente de inteligência (QI) não se mantém estável ao longo da vida como se pensava, podendo sofrer alterações drásticas durante a adolescência, segundo um estudo da University College London divulgado na revista cientifica "Nature ".
A pesquisa - levada a cabo ao longo de quatro anos com 33 adolescentes voluntários - mostrou variações nos testes de QI, que chegaram a atingir os 23 pontos. Cerca de 21% dos participantes apresentaram mudanças significativas de resultados. As mudanças foram tanto no sentido do aumento como no da diminuição do nível de QI.
O estudo também analisou imagens de ressonância magnética, concluindo que as alterações de QI estão relacionadas com mudanças na estrutura do cérebro.
Exercitação da mente deve ser determinante
Os investigadores ainda não sabem ao certo o que causa as alterações, mas estão bastante inclinados para que a educação e a exercitação da mente sejam determinantes.
Os resultados contradizem a lógica em que assenta o desenvolvimento dos testes de QI, que partem do principio que é definido e se mantém bastante estável a partir dos primeiros anos da infância.
As conclusões foram apresentadas no sentido de colocar em questão os exames efetuados na entrada do ensino secundário no Reino Unido, que eram encarados como um indicador do potencial académico dos alunos e do seu futuro profissional. Mas chamam igualmente a atenção para a importância da atividade mental mantida durante a adolescência.
In: Expresso online
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