Investigação com 680 alunos ajuda a definir perfis de risco. Uma das autoras defende que docentes têm de saber resolver casos.
A prevenção da violência escolar passa pelo conhecimento dos perfis dos alunos que são agressores e vítimas, e é precisamente esta identificação que é feita no livro Violência Escolar e Saúde - Do Estabelecimento de Perfis de Alunos às Estratégias de Intervenção, que ontem foi apresentado em Lisboa. O objectivo "é estarmos mais sensíveis para os perfis de risco, logo no 1.º ciclo, e começarmos a trabalhar estes miúdos desde cedo", explica Sónia Seixas, uma das autoras.
O livro, que reflecte a investigação feita com 680 jovens do 3.º ciclo, pode ser utilizado como guia na identificação dos comportamentos de risco. Os autores chamam a atenção para a possibilidade de as crianças e jovens com dificuldade em fazer amigos, que se sentem mais tristes e sozinhos, poderem ser vítimas de violência. Do lado do agressor, os sinais de alerta podem ser os níveis de auto-estima e confiança elevados e uma grande popularidade junto dos colegas.
É a este tipo de atitudes que pais e professores devem estar atentos, adianta Sónia Seixas. A professora sublinha, no entanto, o papel do docente no combate a este fenómeno. "Quando os pais não conseguem resolver as situações cabe à escola dar essa resposta", diz.
Mesmo reconhecendo que o ideal é a presença de psicólogos na escola, Sónia Seixas admite que isso não é possível em todos os casos. É que por isso os docentes têm de estar atentos. "Os professores têm de ter formação para também saber resolver os problemas", defende.
E se um professor perceber no primeiro ano de escola que o aluno se está a comportar como um possível agressor, pode intervir de imediato. "Se os professores perceberem isso podem logo trabalhar precocemente para evitar essa evolução", exemplifica a investigadora.
A forma de resolver esses problemas é "educar para a saúde, para os valores e para a paz", indica a especialista em fenómenos de bullying. Até porque esta educação "pode ajudar as crianças no seu desenvolvimento", acrescenta.
Os peritos que elaboraram o livro sabem que os conflitos não vão deixar de existir nas escolas. Mas " tudo depende da forma como eles se resolvem e se educa para essa resolução", reforça Sónia Seixas. Para o sucesso desse trabalho é importante conhecer os perfis de risco. Neste caso, os três autores e professores - Sónia Seixas, Gustave-Nicolas Fischer e Joaquim Pinto Coelho - estudaram 680 alunos do 3.º ciclo, na zona da Grande Lisboa.
A aplicação de inquéritos permitiu concluir que tanto os alunos vitimizados como os agressores têm baixos níveis de desempenho académico. Os dois grupos mostram desinteresse pela escola, desmotivação e níveis mais elevados de absentismo, sublinha Sónia Seixas.
Outro factor que não é diferente entre os dois grupos é o da saúde física. "Apesar de haver mais alunos vitimizados a apresentar sintomas, como dores de barriga ou de cabeça, a diferença não é significativa", reconhece.
Porém os alunos agressores confessam ter um consumo mais elevado de bebidas alcoólicas.
Perante este cenário, os alunos observadores podem ter um papel fundamental. É importante "trabalhar com os observadores para que estes não ignorem os acontecimentos", alerta Sónia Seixas.
A prevenção da violência escolar passa pelo conhecimento dos perfis dos alunos que são agressores e vítimas, e é precisamente esta identificação que é feita no livro Violência Escolar e Saúde - Do Estabelecimento de Perfis de Alunos às Estratégias de Intervenção, que ontem foi apresentado em Lisboa. O objectivo "é estarmos mais sensíveis para os perfis de risco, logo no 1.º ciclo, e começarmos a trabalhar estes miúdos desde cedo", explica Sónia Seixas, uma das autoras.
O livro, que reflecte a investigação feita com 680 jovens do 3.º ciclo, pode ser utilizado como guia na identificação dos comportamentos de risco. Os autores chamam a atenção para a possibilidade de as crianças e jovens com dificuldade em fazer amigos, que se sentem mais tristes e sozinhos, poderem ser vítimas de violência. Do lado do agressor, os sinais de alerta podem ser os níveis de auto-estima e confiança elevados e uma grande popularidade junto dos colegas.
É a este tipo de atitudes que pais e professores devem estar atentos, adianta Sónia Seixas. A professora sublinha, no entanto, o papel do docente no combate a este fenómeno. "Quando os pais não conseguem resolver as situações cabe à escola dar essa resposta", diz.
Mesmo reconhecendo que o ideal é a presença de psicólogos na escola, Sónia Seixas admite que isso não é possível em todos os casos. É que por isso os docentes têm de estar atentos. "Os professores têm de ter formação para também saber resolver os problemas", defende.
E se um professor perceber no primeiro ano de escola que o aluno se está a comportar como um possível agressor, pode intervir de imediato. "Se os professores perceberem isso podem logo trabalhar precocemente para evitar essa evolução", exemplifica a investigadora.
A forma de resolver esses problemas é "educar para a saúde, para os valores e para a paz", indica a especialista em fenómenos de bullying. Até porque esta educação "pode ajudar as crianças no seu desenvolvimento", acrescenta.
Os peritos que elaboraram o livro sabem que os conflitos não vão deixar de existir nas escolas. Mas " tudo depende da forma como eles se resolvem e se educa para essa resolução", reforça Sónia Seixas. Para o sucesso desse trabalho é importante conhecer os perfis de risco. Neste caso, os três autores e professores - Sónia Seixas, Gustave-Nicolas Fischer e Joaquim Pinto Coelho - estudaram 680 alunos do 3.º ciclo, na zona da Grande Lisboa.
A aplicação de inquéritos permitiu concluir que tanto os alunos vitimizados como os agressores têm baixos níveis de desempenho académico. Os dois grupos mostram desinteresse pela escola, desmotivação e níveis mais elevados de absentismo, sublinha Sónia Seixas.
Outro factor que não é diferente entre os dois grupos é o da saúde física. "Apesar de haver mais alunos vitimizados a apresentar sintomas, como dores de barriga ou de cabeça, a diferença não é significativa", reconhece.
Porém os alunos agressores confessam ter um consumo mais elevado de bebidas alcoólicas.
Perante este cenário, os alunos observadores podem ter um papel fundamental. É importante "trabalhar com os observadores para que estes não ignorem os acontecimentos", alerta Sónia Seixas.
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