sexta-feira, 9 de abril de 2010

Conteúdos da educação sexual vão da noção do corpo à gravidez e aborto

Do primeiro ao quarto ano do primeiro ciclo, os conteúdos passam pela noção do corpo e da família, entre outras. Nestes anos serão abordadas questões relacionadas com “a protecção do corpo e noção dos limites, dizendo não às aproximações abusivas”. No segundo ano, “além das rubricas incluídas nos programas de meio físico, o professor deve esclarecer os alunos sobre questões e dúvidas que surjam naturalmente, respondendo de forma simples e clara”.
Para os alunos dos terceiro e quarto ano, “o professor poderá desenvolver temas que levem os alunos a compreender a necessidade de proteger o próprio corpo, de se defender de eventuais aproximações abusivas, aconselhando que, caso se deparem com dúvidas ou problemas de identidade de género, se sintam no direito de pedir ajuda às pessoas em quem confiam na família ou na escola”.
Em relação ao segundo ciclo - quinto e sexto anos - estão previstas abordagens da puberdade (aspectos biológicos e emocionais), do corpo em transformação, da sexualidade e género ou da prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas, entre outras.
O terceiro ciclo - do sétimo ao nono ano - contemplará áreas como a “dimensão ética da sexualidade humana”, a “compreensão da sexualidade como uma das componentes mais sensíveis da pessoa, no contexto de um projecto de vida que integre valores e uma dimensão ética”. A “compreensão da fisiologia geral da reprodução humana”, do “uso e acessibilidade dos métodos contraceptivos e, sumariamente, dos seus mecanismos de acção e tolerância (efeitos secundários)” são temas igualmente a abordar.
“Saber como se protege o seu próprio corpo, prevenindo a violência e o abuso físico e sexual e comportamentos sexuais de risco, dizendo não a pressões emocionais e sexuais” e “o conhecimento das taxas e tendências de maternidade e da paternidade na adolescência e compreensão do respectivo significado” constam igualmente dos conteúdos. Está também previsto o “conhecimento das taxas e tendências das interrupções voluntárias de gravidez, suas sequelas e respectivo significado”. (...)

1 comentário:

Atena disse...

Não tenho entendido muito bem a relutancia, que sinto na nossa sociedade, à introdução de aprendizagem sexual nas escolas, desde o primeiro ciclo! Não percebo o que é que pode ter de lesivo uma situação tão natural e premente, como esta que há muito deveria estar instituído no ensino. Que se inicie então agora o mais rapidamente possivel, porque eu pessoalmente, só vejo vantagens na educação sexual das nossas crianças e adolescentes.
Abraço
Cristina