A casa que a Acreditar está a construir junto ao novo Pediátrico de Coimbra tem uma missão: acolher, gratuitamente, as famílias de crianças com cancro, permitindo que acompanhem os tratamentos e suavizem a dor.
Naqueles 1200 metros quadrados, cabem 20 famílias. E a estrutura está preparada para receber mais dez quartos, se necessário. Partilham-se cozinha e sala de refeições, mas cada núcleo familiar conserva a intimidade num quarto com casa-de-banho privativa. As salas de convívio estão divididas por faixas etárias, prontas para receber bebés, adolescentes e jovens adultos. Ponto assente é que, na casa, nada vai fazer lembrar o hospital.
"A doença é uma bomba atómica que cai na família", sintetiza, em visita à obra, Margarida Cruz, directora-executiva da Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro. "A casa existe para que as pessoas se sintam acompanhadas, num sítio confortável, alegre, bem disposto. A troca de experiências também ajuda muito", garante.
Esta é já a terceira casa que a Acreditar ergue (primeiro surgiram as de Lisboa e Funchal, na Madeira). Por isso, a associação não duvida da importância que terá para estas famílias. Sabe das dificuldades que enfrentam por viverem longe dos centros de tratamento e terem de suportar deslocações regulares e alojamentos. Sabem o desgaste físico que isso implica para as próprias crianças.
A "bomba atómica", como lhe chama Margarida Cruz, devasta as vidas destas pessoas e expõe-lhes todas as fragilidades. "A doença não só é grave, como prolongada. Muitas vezes, um dos familiares perde o emprego. Vemos muitas mães jovens, com empregos precários. E o endividamento das famílias. Tudo se reflecte", lamenta.
"Esta casa nasceu da necessidade", frisa Margarida Cruz. "Há crianças em tratamento nos Hospitais da Universidade de Coimbra e no Hospital Pediátrico e há sempre famílias de longe que não conseguem ir e vir todos os dias. Os sítios onde ficam, por vezes não são os adequados", sustenta. Neste momento, a Acreditar está a prestar apoio financeiro a pais que não têm dinheiro para o alojamento, em Coimbra. A casa - que vai ter uma governanta e voluntários em permanência - está quase pronta. Faltam apenas alguns materiais, que a associação espera obter através da sua única fonte de financiamento: o mecenato. Prevê-se que abra a 15 de Fevereiro, o dia internacional da criança com cancro.
"Para os pais que estão a viver uma situação destas, completamente desprovidos de tudo, inclusivé de esperança, é muito importante ter este apoio", realça Alexandra Correia, coordenadora do núcleo Sul da associação. Os pequenos também não ficam indiferentes. Segundo a responsável, muitos passam lá, curados, e perguntam: "Posso ir ao meu quarto?". Sinal de que aquela foi mesmo a sua casa.
Naqueles 1200 metros quadrados, cabem 20 famílias. E a estrutura está preparada para receber mais dez quartos, se necessário. Partilham-se cozinha e sala de refeições, mas cada núcleo familiar conserva a intimidade num quarto com casa-de-banho privativa. As salas de convívio estão divididas por faixas etárias, prontas para receber bebés, adolescentes e jovens adultos. Ponto assente é que, na casa, nada vai fazer lembrar o hospital.
"A doença é uma bomba atómica que cai na família", sintetiza, em visita à obra, Margarida Cruz, directora-executiva da Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro. "A casa existe para que as pessoas se sintam acompanhadas, num sítio confortável, alegre, bem disposto. A troca de experiências também ajuda muito", garante.
Esta é já a terceira casa que a Acreditar ergue (primeiro surgiram as de Lisboa e Funchal, na Madeira). Por isso, a associação não duvida da importância que terá para estas famílias. Sabe das dificuldades que enfrentam por viverem longe dos centros de tratamento e terem de suportar deslocações regulares e alojamentos. Sabem o desgaste físico que isso implica para as próprias crianças.
A "bomba atómica", como lhe chama Margarida Cruz, devasta as vidas destas pessoas e expõe-lhes todas as fragilidades. "A doença não só é grave, como prolongada. Muitas vezes, um dos familiares perde o emprego. Vemos muitas mães jovens, com empregos precários. E o endividamento das famílias. Tudo se reflecte", lamenta.
"Esta casa nasceu da necessidade", frisa Margarida Cruz. "Há crianças em tratamento nos Hospitais da Universidade de Coimbra e no Hospital Pediátrico e há sempre famílias de longe que não conseguem ir e vir todos os dias. Os sítios onde ficam, por vezes não são os adequados", sustenta. Neste momento, a Acreditar está a prestar apoio financeiro a pais que não têm dinheiro para o alojamento, em Coimbra. A casa - que vai ter uma governanta e voluntários em permanência - está quase pronta. Faltam apenas alguns materiais, que a associação espera obter através da sua única fonte de financiamento: o mecenato. Prevê-se que abra a 15 de Fevereiro, o dia internacional da criança com cancro.
"Para os pais que estão a viver uma situação destas, completamente desprovidos de tudo, inclusivé de esperança, é muito importante ter este apoio", realça Alexandra Correia, coordenadora do núcleo Sul da associação. Os pequenos também não ficam indiferentes. Segundo a responsável, muitos passam lá, curados, e perguntam: "Posso ir ao meu quarto?". Sinal de que aquela foi mesmo a sua casa.