Um professor jubilado de Física da Universidade de Oxford, Josh Silver, inventou óculos ajustáveis às necessidades de visão dos seus portadores, que poderão, segundo espera, ajudar milhões de pessoas nos países pobres a ver melhor.
Para Eduardo Teixeira, presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), trata-se de uma “óptima invenção, que irá beneficiar as populações mais carenciadas”.
“Há países onde as pessoas deixam de trabalhar entre os 35 e os 40 anos por perderem capacidade visual e que poderiam continuar activas pelo menos mais 20 anos se tivessem acesso a cuidados de saúde visual”, afirmou à Lusa o optometrista português.
Ao preço estimado de apenas um dólar (0,71 euros), estes óculos foram concebidos segundo o princípio de que quanto mais grossa for a lente, maior será a sua potência correctora, e têm dois tubos estreitos circulares cheios de fluido, cada um deles ligado a uma pequena seringa.
A pessoa que precisar de corrigir a visão deverá aumentar ou diminuir a quantidade de líquido introduzido pela seringa nas lentes, ajustando assim a sua potência. Logo que a visão estiver corrigida, basta fechar a entrada de líquido nos óculos e retirar as seringas.
“O princípio é tão simples que qualquer pessoa o pode entender facilmente”, diz o inventor.
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