tag:blogger.com,1999:blog-10108794712816984432024-03-19T08:48:05.804+00:00INCLUSOEspaço de debate, informação, divulgação de atividades, partilha de documentos e troca de experiências relacionados com a inclusão, a educação inclusiva e as medidas de suporte à aprendizagem e à inclusãoJoão Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.comBlogger8732125tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-48617272197294079582024-03-18T21:27:00.001+00:002024-03-18T21:27:07.551+00:00Dia Nacional e Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">No dia 21 de março assinala-se esta efeméride que simboliza a solidariedade e a colaboração de todos na construção de uma sociedade inclusiva, justa e livre de preconceitos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Estabelecida através da Resolução 2142 (XXI) da Assembleia Geral da ONU, a 26 de outubro de 1966, esta comemoração pretende destacar a premência de promover a igualdade e o respeito mútuo, particularmente no contexto da educação, no sentido de criarmos um mundo onde a diversidade é celebrada e a discriminação é erradicada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A educação surge como uma pedra angular neste processo de transformação social e pessoal, assumindo-se como ferramenta essencial na luta contra todas as formas de discriminação, e também a racial. É através da educação que se cultivam os valores da igualdade, da união e da solidariedade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Nas escolas, a educação desempenha um papel fundamental pela criação de um ambiente educativo promotor do diálogo intercultural e da diversidade, estimulando a reflexão, na formação de mentes abertas, e fomentando a compreensão mútua entre alunos de diferentes origens e culturas, onde cada indivíduo é valorizado independentemente da sua origem, identidade, cultura, religião ou cor da pele.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Ao integrar a diversidade no currículo e nas práticas pedagógicas, a escola contribui significativamente para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Que este dia seja um forte compromisso para enfrentarmos o racismo e as injustiças e nos motive a defender a equidade, a justiça e a solidariedade em todos os horizontes da vida, em especial no ambiente da educação, onde semeamos as bases de um mundo melhor para as gerações futuras.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="http://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-internacional-para-eliminacao-da-discriminacao-racial"><span style="font-family: arial;">Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial - Eurocid</span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Recursos pedagógicos sobre a temática</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Noticias_documentos/unicef_b9_de-casa-para-o-mundo.pdf"><span style="font-family: arial;">DE CASA PARA O MUNDO</span></a></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Noticias_documentos/unicef_b3_jogo-das-aparencias.pdf"><span style="font-family: arial;">O JOGO DAS APARÊNCIAS</span></a></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Noticias_documentos/unicef_b9_sentir-a-exclusao-social.pdf"><span style="font-family: arial;">SENTIR A EXCLUSÃO SOCIAL</span></a></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Noticias_documentos/unicef_b9_sentir-a-exclusao-social-ii.pdf"><span style="font-family: arial;">SENTIR A EXCLUSÃO SOCIAL II</span></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.dge.mec.pt/noticias/dia-nacional-e-internacional-pela-eliminacao-discriminacao-racial?fbclid=IwAR2w4JcM1ilngbr5yAlFVfKswWMQyAO5JLyhrS042TzLR9neZS0-h8xehpw" target="_blank">DGE</a></span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-69416101266449684472024-03-17T14:33:00.003+00:002024-03-17T14:33:32.428+00:00Professores dão 60 dias ao próximo Governo e ameaçam fazer greve aos exames<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Os </span><a href="https://rr.sapo.pt/professores/tag/677/" style="font-family: arial;">professores</a><span style="font-family: arial;"> estão disponíveis para avançar para a greve na época de exames, se o próximo Governo não responder a algumas das principais reivindicações nos primeiros 60 dias de executivo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O aviso é feito pelo movimento “Missão Escola Pública”, que este sábado enviou uma carta com 11 pontos ao líder da AD, Luís Montenegro, e ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Entre as reivindicações está a recuperação de todo o tempo de serviço dos professores e o fim das provas em formato digital, já este ano letivo.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Sem esses compromissos, os docentes estão disponíveis para avançar com uma greve aos exames, garante Cristina Mota, do movimento “Missão Escola Pública”, em declarações à Renascença.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">“Pretendemos de uma forma preventiva alertar o próximo Governo que, no que diz respeito à educação, não é apenas o tempo de serviço que tem de ser recuperado: a eliminação das quotas de acesso ao quinto e sétimo escalão, ajudas de custo aos professores deslocados e a eliminação das provas de avaliação em formato digital“, sublinha Cristina Mota.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Lista de 11 reivindicações da “Missão Escola Pública”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Agendamento da recuperação de todo o tempo de serviço;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Alteração ao atual modelo de Avaliação Docente;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Eliminação das quotas de acesso aos 5.º e 7.º escalões;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Alteração ao modelo de gestão, tornando-o democrático;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Definição de ajudas de custo para os docentes deslocados;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Anulação da possibilidade de recrutamento de professores por parte dos diretores, anulando esta ideia de reforço dos seus poderes autocráticos;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Decretamento do fim das provas em formato digital;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Implementação de medidas que visem combater o facilitismo e a indisciplina;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Revisão do decreto que define a habilitação própria para a docência;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Implementação de medidas que promovam uma verdadeira inclusão, quer de alunos com necessidades educativas especiais, quer de alunos estrangeiros;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Agendamento de reuniões de trabalho cujo objetivo seja a substituição das aprendizagens essenciais por programas mais exigentes, bem como a redefinição da carga horária das diferentes disciplinas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><a href="https://rmultimediafileshare.blob.core.windows.net/rmultimedia/comunicadoaoproximogoverno.pdf">Consulte aqui o comunicado da "Missão Escola Pública" (versão PDF)</a>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2024/03/16/professores-dao-60-dias-ao-proximo-governo-e-ameacam-fazer-greve-aos-exames/371009/?fbclid=IwAR2XEEPIyTqGJ_veyhKRoNpUbdhhtDjR6Ys4-qAcnfO5qEwOZbpJMqVkQNs_aem_AZAEB_kehyXi55SdfaCLUKgmhoysmiJkFMAtTvkUNwNEfS_nHYHyqQ7ru8mpqmGAfAo&mibextid=K35XfP" target="_blank">RR</a></span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-77873059820074921992024-03-16T14:34:00.004+00:002024-03-16T14:34:44.333+00:00Será que a preparação geral importa, no ensino profissionalizante?<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Os investigadores Felipe Barrera-Osorio, Adriana Kugler e Mikko Silliman analisaram os efeitos do ensino profissional em participantes de cursos de diferentes áreas do setor dos serviços, como as vendas, a segurança ou a cozinha, divididos entre duas versões: uma que dava maior destaque à preparação técnica (100 horas de formação técnica e 60 horas de formação social), e outra, à preparação social (100 horas de formação social e 60 horas de formação técnica). A primeira privilegiou formação específica para cada área de estudo, enquanto a segunda privilegiou formação em temas como autoestima, ética do trabalho, competências organizacionais, interpessoais e de comunicação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">De acordo com os resultados agregados deste estudo, a frequência do ensino profissional resultou num aumento de 15% na empregabilidade, de 50% na probabilidade de ter um contrato de trabalho e de 19% no número de dias mensais e no número de horas semanais de trabalho. Relativamente às diferentes versões do curso testadas, os resultados mostraram um impacto positivo maior a curto prazo para quem frequentou a versão que mais destacava a preparação técnica, com um aumento de 0,15 pontos percentuais na probabilidade de ter um emprego, de 3,88 dias por mês e de 39 dólares no salário mensal. Para quem frequentou a versão que mais destacava as competências sociais, os aumentos foram de 0,11 pontos percentuais na probabilidade de ter um emprego, de 1,72 dias por mês e de 21 dólares no salário mensal. Contudo, após seis meses, o acréscimo de ganhos por ter frequentado os cursos mais centrados na preparação técnica esbate-se, assemelhando-se os benefícios no emprego e no salário aos de quem frequentou os cursos mais centrados nas competências sociais. Esta investigação conclui assim que a frequência do ensino profissional põe os seus graduados no setor formal do mercado de trabalho, aumentando o seu salário e empregabilidade, tanto a curto como a médio prazo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">No entanto, o contributo principal deste estudo está na análise ao impacto que diferentes preparações podem ter nas dinâmicas do mercado de trabalho. Neste aspeto, os resultados apontam para maiores benefícios de curto prazo em participantes de cursos mais centrados na preparação técnica, que se dissipam em cerca de 6 a 12 meses quando participantes de cursos mais centrados em competências sociais os alcançam em empregabilidade, salário e número de horas trabalhadas. Ou seja, sugere-se que a preparação técnica é útil para, num primeiro momento, encontrar mais rapidamente um emprego.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Contudo, a vantagem comparativa da preparação técnica acaba por se esbater com o tempo, ficando ao mesmo nível dos benefícios que decorrem da preparação social. Importa, porém, sublinhar que os autores não concluem que existem ganhos superiores entre participantes de cursos mais centrados em competências sociais: com o passar do tempo, os benefícios decorrentes da frequência do ensino profissional tornam-se semelhantes para as duas versões dos cursos. O que se dissipa são as vantagens iniciais da frequência da versão mais centrada na preparação técnica relativamente à versão mais centrada em competências sociais, cujos benefícios se mantêm estáveis ao longo do tempo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Entre as razões que podem explicar estes resultados, os autores apoiam-se na literatura existente para apontar uma possível desatualização das competências técnicas com o passar do tempo e, ao mesmo tempo, sublinhar que as competências sociais — como as de comunicação ou trabalho em equipa — podem favorecer o desempenho das tarefas profissionais, a permanência nas posições e melhor adaptação a mudanças no mercado de trabalho.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Em suma, este estudo sugere que, no setor dos serviços, a preparação técnica é importante, mas que os jovens que desenvolvem capacidades de adaptação podem recuperar a prazo essa limitação. Quem frequente o ensino profissional, pelo menos em áreas de serviços, beneficia tanto da preparação técnica quanto da social. Os impactos são diferentes no início da carreira e ao longo dos primeiros tempos da vida ativa.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><i>Inês Gregório</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.iniciativaeducacao.org/pt/ed-on/artigos/ciencia/sera-que-a-preparacao-geral-importa-no-ensino-profissionalizante?_gl=1*v2h8dx*_up*MQ..*_ga*Mjg3OTU2MzkyLjE3MTA1OTk0ODA.*_ga_BJZY0MB36T*MTcxMDU5OTQ4MC4xLjEuMTcxMDU5OTUwNi4wLjAuMA.." target="_blank">Iniciativa Educação</a></span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-65530020163617704082024-03-14T20:19:00.001+00:002024-03-14T20:19:09.662+00:00"Técnicas Guia no acompanhamento de pessoas com deficiência visual"<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Vamos [Bengala Mágica] dinamizar, em parceria com o INR, o curso de formação "Técnicas Guia no acompanhamento de pessoas com deficiência visual" no nosso espaço localizado no Pinhal Novo (relembramos que Pinhal Novo tem acesso direto de Lisboa através de comboio -Fertagus- ou autocarro.</span></div><span style="font-family: arial;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As inscrições decorrem até ao dia 5 de abril e serão aceites pela ordem de entrada (limite de 18 formandos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Preencher a ficha de inscrição:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.facebook.com/login/?next=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fflx%2Fwarn%2F%3Fu%3Dhttps%253A%252F%252Fforms.office.com%252Fe%252F2vHE6MKtEa%253Ffbclid%253DIwAR3pP9m5q2oUnZ0PZSITuuTRtoLHR2ve9bDJOFX_GC5T2CIrXDymZQtBcbk%26h%3DAT1vj8Sg5yzLlxo8mtvuFdyeNGHGhs20b-Q3qhG4_l7z0R0x0VPM0-2lXRpJr9ZfjkK7z7UY8NlWPH6cj9Zlwweuj0th46YDGV4R6ACecyJiE5okdDZV7ikadc0Fuv-jrfO7LAlLpZD9gPEQLa7jHq-MsxPMh3S0QzEzyduKeDfServC9iRxcsMzJc_KyrZJLwb0b--k6NAQ9lm0_fTlEkf5CZb0ZQX-gp6bNCA_WEIdtwFeb50pOCyK-ZxuM5srSw3L7sgYVfUhfvzY11pmFSYYE0K2CQ8NuxA">Aqui.</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.inr.pt/noticias-eventos/-/journal_content/56/11309/943316" target="_blank">INR</a></span></div></span>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-83961770247305816732024-03-12T18:36:00.001+00:002024-03-12T18:36:14.839+00:008.º CONGRESSO INTERNACIONAL - 50 anos após abril: DIVERSIDADE, EQUIDADE E INCLUSÃO<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj6opBRefEGzD0xDm9K7BVhNqbF-pdn7yc8eVgfv4_7jxpT-mZWU34bSMEsBUZO_9GkV8CYGnBQWn8py2WBwG59ILT9Z_CWmRntzHDs4FOGF6plOsa6V-vQAGAHw031MN9unrXqDKg5BZQAId3-H7Dg4ONhjpRKDWzTc-Z07BUDFRtJ1ni54K9LGVLRPCk" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="384" data-original-width="1200" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj6opBRefEGzD0xDm9K7BVhNqbF-pdn7yc8eVgfv4_7jxpT-mZWU34bSMEsBUZO_9GkV8CYGnBQWn8py2WBwG59ILT9Z_CWmRntzHDs4FOGF6plOsa6V-vQAGAHw031MN9unrXqDKg5BZQAId3-H7Dg4ONhjpRKDWzTc-Z07BUDFRtJ1ni54K9LGVLRPCk=w640-h203" width="640" /></a></div><br /></span><span style="font-family: arial;">A Pró-Inclusão, em estreita parceria com o Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (IE-ULisboa) e a Escola Superior de Educação de Lisboa (ESE-IPLisboa), vai realizar, nos dias </span><b style="font-family: arial;">18, 19 e 20 de julho de 2024</b><span style="font-family: arial;">, o seu </span><b style="font-family: arial;"><u>8.º CONGRESSO INTERNACIONAL</u></b><span style="font-family: arial;">, subordinado ao tema '</span><b style="font-family: arial;">50 anos após abril: DIVERSIDADE, EQUIDADE E INCLUSÃO</b><span style="font-family: arial;">', que decorrerá no Campus do Instituto Politécnico de Benfica, em Lisboa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Celebrar 50 anos de DEMOCRACIA para os professores e educadores, significa, sobretudo, celebrar o longo e sustentado caminho que percorremos para que, na Escola, haja lugar para TODAS as crianças e jovens, independentemente da sua condição social, de saúde, religiosa, cultural ou outra.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Celebrar 50 anos de DEMOCRACIA, significa compreender e aceitar a DIVERSIDADE como uma das componentes fundamentais das sociedades atuais, constituindo-se como a sua maior riqueza, profunda e comprovadamente, promotora de inovação e desenvolvimento em todas as suas dimensões: humana, científica, tecnológica, social, cultural...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Contudo, este é também o momento para refletirmos sobre este mesmo caminho, sobre o lugar e tempo em que nos encontramos e, para onde e como queremos ir.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Que desafios a Escola vive e como se deve organizar para enfrentá-los. Que professores somos e que professores desejamos e poderemos ser.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Para saber mais sobre o programa e os conferencistas/oradores já confirmados, visite o website do Congresso em <a href="https://congressoandee.weebly.com/">VIII Congresso Internacional '50 anos após abril' - Início</a> e inscreva-se já para garantir a sua vaga (<a href="https://congressoandee.weebly.com/inscricoes.html">INSCRIÇÕES - VIII Congresso Internacional '50 anos após abril'</a>)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: xx-small;">Fonte: Pró-inclusão por correio eletrónico</span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-79138121481600174782024-03-11T21:18:00.008+00:002024-03-11T21:18:54.278+00:00Uma touca para usar em casa: tratamento inovador para o autismo e a hiperatividade<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Ensaio clínico envolveu centenas de crianças em Portugal, Espanha, França, Alemanha e Dinamarca. Estimulação cerebral em casa é um conceito terapêutico novo e o neurocientista Miguel Castelo-Branco fala em resultados promissores. Coordenou a equipa portuguesa no ensaio clínico europeu.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O projeto STIPED procurou alternativas às poucas opções terapêuticas atuais, baseadas em medicação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Criou uma nova abordagem para várias perturbações do desenvolvimento em pediatria. Aposta no tratamento personalizado com uma touca de elétrodos fácil de usar em casa para tratar hiperatividade, défice de atenção e autismo em crianças dos 10 aos 18. Revelou-se promissora, segura e sem efeitos adversos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://sicnoticias.pt/programas/admiravel-mundo-novo1/2024-03-09-Uma-touca-para-usar-em-casa-tratamento-inovador-para-o-autismo-e-a-hiperatividade-2b470972?utm_medium=Social&utm_source=Facebook&fbclid=IwAR1DIE3xNeZV8yAX644xzI_SeCxx9vpepHHMWZ1UNmODbo0KlEeniLDJ8OA#Echobox=1709987834" target="_blank">SIC Notícias</a> com vídeo</span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-69711413507747374852024-03-10T14:45:00.008+00:002024-03-10T14:45:37.815+00:00Webinares do Conselho de Especialidade de Psicologia da Educação<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Já estão abertas as inscrições para os webinares promovidos pelo Conselho de Especialidade de Psicologia da Educação que decorrerão entre Março e Junho. Os webinares, serão transmitidos às 21h00, nas redes sociais da Ordem dos Psicólogos Portugueses (Linkedin, Youtube, Facebook). Clique em "Ler mais" para conhecer os temas e os convidados.</span></div><div class="articlebody cf" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; list-style: none; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; zoom: 1;"><p style="background: 0px 0px; border: 0px; color: #3f3f3f; font-family: Verdana, Arial, Tahoma, Helvetica, sans-serif; font-size: 11.008px; list-style: none; margin: 0px 0px 24px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;"><img alt="" src="https://www.ordemdospsicologos.pt/ficheiros/imagens_noticias2/opp_webinar_ce_psicologiaeducacao_1_momento_banner_website.png" style="background: 0px 0px; border: 0px; font-style: italic; height: auto; list-style: none; margin: 0.455rem 0px; max-width: 100%; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" /></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Sobredotação e Inclusão: Valorizar talentos, promover a diversidade</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Dia 12 de Março de 2024</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Convidado: Alberto Rocha (CP 9932) | Moderação: David Guedes (CP 22134)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Avaliação Neuropsicológica nas AC/Sobredotação: Implicações na educação e desenvolvimento</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Dia 18 de Abril de 2024</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Convidado: Marcelino Pereira (CP 20528) | Moderação: Sara Bahia (CP 6)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Criatividade: Um desafio indomável</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Dia 16 de Maio de 2024</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Convidada: Sara Bahia (CP 6) | Moderação: Marcelino Pereira (CP 20528)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>O papel dos valores na educação de talentos</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Dia 20 de Junho de 2024</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">- Convidado: David Guedes (22134) | Moderação: Alberto Rocha (CP 9932)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Inscrições <a href="https://marketing.egoi.page/De7ue16M0/signup">aqui</a>.</span></div></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-84096659855752523582024-03-09T11:47:00.005+00:002024-03-09T11:47:37.885+00:00"Se o aluno não perceber nada de Português, não há nenhum ganho em mantê-lo o tempo inteiro inserido na turma"<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A subdiretora-geral da Educação, Eulália Alexandre, não defende turmas exclusivas para alunos migrantes, mas diz que pode fazer sentido criar “grupos de acolhimento temporários que juntam alunos na mesma situação e que têm um grande reforço do ensino do Português como língua não materna”, mantendo o contacto com a turma em que foram originalmente inseridos</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Quais são as principais dificuldades das escolas na integração de alunos imigrantes?</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O número de alunos migrantes integrados no nosso sistema educativo é o mais alto de sempre e essa não é a única novidade. Antes, entravam sobretudo no início do ano letivo e havia alguns oriundos do Brasil que entravam em janeiro ou fevereiro, mas agora há alunos a entrar todos os dias, ao longo de todo o ano letivo, o que cria grandes dificuldades às escolas, uma vez que as turmas já estão todas constituídas. Por outro lado, a diversidade de origens é muito grande e há muitos alunos que não falam Português nem outra língua que facilite a comunicação e possa servir de ponte, como o Inglês, o Francês ou o Espanhol.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">Continuação da entrevista em <a href="https://expresso.pt/sociedade/2024-02-29-Se-o-aluno-nao-perceber-nada-de-Portugues-nao-ha-nenhum-ganho-em-mante-lo-o-tempo-inteiro-inserido-na-turma-ed429f11?fbclid=IwAR1-yK8yuN3LKizaJK1F01atdNqe_jAy2hf8Me_ZcFsHcXhCmDeL4_eLvuc" target="_blank">Expresso</a>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-50635398657846925452024-03-08T15:38:00.009+00:002024-03-08T15:40:37.800+00:00Cinco estratégias para envolver os alunos na leitura<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Introdução</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A leitura constitui a chave para a aquisição de conhecimentos, o desenvolvimento da imaginação e a compreensão do que nos rodeia. Porém, o ensino da leitura não se esgota na transmissão das regras de descodificação da linguagem escrita. Implica a interacção professor-aluno para despertar a curiosidade dos alunos para a leitura. O ensino da leitura pode, neste sentido, ser caracterizado como um convite à participação activa na aprendizagem e, não menos importante, à imersão nas histórias, aventuras e conhecimentos que as palavras podem oferecer. Contudo, a investigação sugere que, apesar dos conhecimentos e competências adquiridos, os professores manifestam frequentemente necessidade de formação adicional para envolver os alunos na aprendizagem da leitura.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Que recursos e estratégias pedagógicas contribuem para o envolvimento dos alunos na aprendizagem da leitura?</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Nas últimas décadas, a ciência da leitura evoluiu significativamente e aponta um conjunto de estratégias pedagógicas que podem ser facilmente integradas no ensino da leitura para promover o envolvimento dos alunos. De acordo com Lindström e Roberts (2023), algumas dessas estratégias incluem: i) desenvolvimento de um cronograma visual; ii) estabelecimento de expectativas; iii) elogio do comportamento; iv) adopção da economia de fichas; e v) desenvolvimento da auto-regulação. A aplicação das duas últimas estratégias pode ser particularmente eficaz com alunos que necessitam de apoio adicional para se envolverem na aprendizagem. Na Tabela 1, encontra-se a descrição de cada estratégia, a justificação para a sua implementação, recomendações sobre a aplicação adequada na sala de aula e algumas dicas para aumentar a sua eficácia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">Tabela 1. Estratégias para promover o envolvimento dos alunos na aprendizagem da leitura</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhlUOzpJSAQzUQXUiS0cr1-EylNFfZRVW6jiwxI_SRwBBOGdw1GHXMXu-29tFGjZgCH90Po5LlmPhKil9tWnCP1T-V7LJ4MX6e6nLUd-D21zFLAzkTfPj-ygmdH4OyFWioUIcUGG_DCLYuwKypsuOrRqGesH-Oi4EJt31I4pKpHpbqzZPHNu7H7si6BxAY" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="523" data-original-width="460" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhlUOzpJSAQzUQXUiS0cr1-EylNFfZRVW6jiwxI_SRwBBOGdw1GHXMXu-29tFGjZgCH90Po5LlmPhKil9tWnCP1T-V7LJ4MX6e6nLUd-D21zFLAzkTfPj-ygmdH4OyFWioUIcUGG_DCLYuwKypsuOrRqGesH-Oi4EJt31I4pKpHpbqzZPHNu7H7si6BxAY=s16000" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjRKP1rKHVdmzGT3AAdMsZF9oF_B34fX9-LqPRJSlGaWdEG8ir7SNjuGqwrtEJrFLbH_BrGYuK4axUQD9cP4uSecvwWJCyVLqWwJeN6958zeVkrEKzl_VrblqeSsxj74YDTCe6qAnrNlWREObGK_y8K3m48tdTlUaqRfxsvEgH_5cFYbva0Mq2l6kM9aj8" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="394" data-original-width="460" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjRKP1rKHVdmzGT3AAdMsZF9oF_B34fX9-LqPRJSlGaWdEG8ir7SNjuGqwrtEJrFLbH_BrGYuK4axUQD9cP4uSecvwWJCyVLqWwJeN6958zeVkrEKzl_VrblqeSsxj74YDTCe6qAnrNlWREObGK_y8K3m48tdTlUaqRfxsvEgH_5cFYbva0Mq2l6kM9aj8=s16000" /></a></div><br /></div></span></div></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A implementação das estratégias apresentadas não constitui uma tarefa simples. Envolve diversos desafios e complexidades. As estratégias podem precisar de adaptação constante às necessidades individuais das crianças, o que pode ser particularmente desafiador em salas de aula com um grande número de alunos. Além disso, a implementação das estratégias pode ser afectada por eventos ou situações inesperadas, como interrupções e problemas de comportamento. A gestão do tempo constitui também um aspecto crucial a considerar, uma vez que os professores têm, geralmente, um cronograma rigoroso para cumprir.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Como preparar os professores para a implementação destas estratégias na sala de aula?</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Segundo Lindström e Roberts (2023), os formadores de professores podem adoptar as seguintes actividades ou práticas:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">➤ Avaliar o conhecimento dos professores em relação a cada estratégia. <i>Já viram essas estratégias serem postas em prática? Se sim, quando e onde? Como se sentem relativamente à utilização dessas práticas?</i>;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">➤ Modelar o uso de exemplos e contra-exemplos a partir da visualização de vídeos ou estratégias comparáveis. Será fundamental disponibilizar uma variedade de exemplos, que abranjam diferentes grupos etários e níveis de desenvolvimento;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">➤ Incentivar os professores a simular a aplicação das estratégias. Podem fazê-lo, por exemplo, com os colegas de trabalho;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">➤ Incentivar a reflexão. Os professores podem refletir sobre quaisquer resistências ou desafios que enfrentaram e sobre como podem abordá-los. A reflexão pode ser realizada individualmente, por escrito e/ou através de discussões com os colegas.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: arial;"><div style="text-align: justify;"><b>Principais ideias a reter</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O ensino da leitura é mais eficaz quando os alunos se envolvem activamente na aprendizagem. No entanto, promover o envolvimento dos alunos na aprendizagem não é tarefa fácil. De acordo com Lindström e Roberts (2023), os professores podem fazê-lo através de cinco estratégias:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">1. Elaboração de um cronograma visual;</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">2. Estabelecimento de expectativas;</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">3. Elogio do comportamento;</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">4. Promoção da auto-regulação dos alunos;</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">5. Adopção da economia de fichas.</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Tendo em conta a relevância da implementação eficaz de estratégias de envolvimento dos alunos na aprendizagem da leitura, bem como a eficácia destas estratégias para a promoção de um ambiente de aprendizagem harmonioso e para a prevenção de comportamentos disruptivos, torna-se fundamental a promoção do respectivo conhecimento e modo de aplicação, seja na formação inicial, seja na formação contínua dos professores.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><i>Célia Oliveira</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.iniciativaeducacao.org/pt/aaz/materiais-de-apoio/promocao-da-leitura/despertar-a-magia-da-leitura-um-guia-para-professores-na-promocao-do-envolvimento-dos-alunos-na-aprendizagem-da-leitura" target="_blank">Iniciativa Educação</a></span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-37154233281303501882024-03-07T20:23:00.001+00:002024-03-07T20:23:17.112+00:00Mitos Úteis<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Entre nós, o debate de questões importantes em matéria de Educação, raramente se faz de forma informada ou transparente. A questão da reformulação dos ciclos de escolaridade, relançada pelo Conselho Nacional de Educação, é uma questão importante e deveria ser tratada como tal, preparando-se uma eventual mudança do que existe sem ser no modo “na Europa é assim e devemos fazer igual”.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Começando pelo princípio: se a ideia é estender a duração do pré-escolar, a melhor opção talvez não seja juntar mais dois anos ao 1º ciclo. Se na Europa a “regra” é um primeiro ciclo de seis anos? Acredito, mas há muita coisa padronizada que nem sempre é a melhor e seria interessante ver porque foi feita essa opção, quando e em que contextos.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Igualmente problemático é ler ou ouvir “especialistas” a dissertar sobre matérias acerca das quais parecem desconhecer detalhes importantes. A mais óbvia é a da alegada passagem de um 1º ciclo com um docente para um 2º ciclo com dez ou doze. Outra é a mistificadora afirmação de que a transição entre estes dois ciclos é “traumática” para as crianças.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Vejamos: a petizada já não tem só um@ professor@ no 1º ciclo, apesar da monodocência oficial. Já existe o Inglês, a Educação Física e não apenas as AEC para eles terem mudanças n@s “professor@s”. No 2º ciclo organizado com alguma lógica, os alunos terão 6 ou 7 docentes, se a turma tiver alunos com Educação Moral e Religiosa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">As contas são simples: Português/Inglês, um docente; História e Geografia de Portugal/Cidadania e Desenvolvimento, um docente; Matemática/Ciências, um docente; Educ. Visual/Educ. Tecnológica, um docente, Educação Musical, um docente; Educação Física, um docente. A Formação Pessoal Social é atribuída a quem for Director de Turma e não acrescenta mais ninguém. Se conseguirem fazer esta complicada soma, encontrarão seis (6) docentes e não o dobro.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Algo diferente é o número de elementos de um Conselho de Turma, se tivermos em conta a Educação Especial, os serviços de Psicologia, se há alunos com Português Língua Não Materna (mas nesse caso não têm Português) ou se existem alguns apoios específicos, com docentes diferentes dos “regulares”. Mas a turma em si, pode ter aulas com apenas seis docentes e turmas com uma dezena de docentes serão excepções mesmo excepcionais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Se os leitores ainda não perceberam, no nosso actual contexto, o que está em causa num ciclo de escolaridade de 6 anos com um@ professor@ “polivalente” não é o interesse dos alunos, mas o 1 (um@) docente para seis anos de escolaridade. Porque, mesmo no cenário de 6 professores a leccionar uma turma, isso significa uma poupança de mais de 80% em recursos humanos. Se a isso se juntar a ideia de agregar no 3º ciclo várias disciplinas em “áreas” já se percebeu o que está em causa: “emagrecer” a necessidade de docentes, mesmo que isso signifique que o Ensino Básico se torna apenas “Básico”.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Quanto ao pretenso “trauma” da transição dos alunos do 1.º para o 2.º ciclo, seria de esperar que, para além de considerandos na base do “acho que” ou “o meu filho/neto/primo da vizinha diz que”, se apresentassem dados que fundamentassem afirmação tão dramática. Por exemplo, os números do insucesso escolar. De acordo com a tese, esses números deveriam ser no 5.º ano os mais elevados de todo o Ensino Básico.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Mas isso não acontece. Consultando a Pordata, verifica-se que o insucesso no 5.º ano é bem inferior ao verificado em todo o 3.º ciclo, com destaque para o 7.º ano. Remontando a 2001, o insucesso era de 12,8% no 5.º ano e de 21,2% no 7.º; em 2011 os valores eram, respectivamente, de 7,4% e 15,4; em 2021 e 2022, de 3% e 5,7%. Ou seja, a transição para o 7.º ano parece bem mais problemática. Aos especialistas que falam nestes temas não parece óbvio que, se as mudanças a fazer são no interesse dos alunos, provavelmente, a junção entre os 2.º e 3.º ciclos faria mais sentido.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Só que, infelizmente, a discussão das “reformas” na Educação se faz na base de “mitos” úteis para consumo mediático e não tanto em factos demonstráveis.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><i>Paulo Guinote</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Fonte: <a href="https://www.dn.pt/3442391601/mitos-uteis/" target="_blank">DN</a> por indicação de Livresco</span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-15166005112931645582024-03-06T21:11:00.006+00:002024-03-06T21:11:44.286+00:00Conselho Nacional da Educação sugere substituir exames por provas de aptidão<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O Conselho Nacional da Educação (CNE) sugeriu substituir os exames nacionais por projectos semelhantes às provas de aptidão realizadas em cursos profissionais e artísticos. A hipótese foi levantada numa recomendação sobre os exames e acesso ao ensino superior, divulgada esta quarta-feira, em que o órgão consultivo do Ministério da Educação levanta um conjunto de limitações do modelo actual.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">No entender do CNE, fazer depender o ingresso no ensino superior dos exames de conclusão do secundário (https://www.publico.pt/2024/02/25/sociedade/noticia/inscricoes-exames-nacionais-arrancam-segundafeira-2081471) resultou numa sobrevalorização daquelas provas e, por outro lado, na desvalorização do ensino secundário por si só.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Entende ainda que acaba por haver uma tendência para reduzir o currículo prescrito àquilo que é avaliado, limitando também a capacidade de inovação pedagógica e reforçando um modelo que orienta o ensino para a preparação dos exames.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Em relação ao argumento de que os exames permitem garantir a equidade entre os alunos, o CNE contraria, considerando que "só está garantida quando for uma realidade ao longo de todo o processo", desde o ensino e aprendizagem, à acção sobre a interpretação dos resultados "de forma adequada à diversidade dos alunos".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Em alternativa, o conselho coloca um conjunto de cenários possíveis, com um maior ou menor papel das instituições de ensino superior, e avalia as potencialidades e limitações de cada um, reconhecendo que "não há um modelo ideal" de acesso ao ensino superior.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Uma das sugestões apresentadas é a substituição dos exames de conclusão do secundário (https://www.publico.pt/2023/01/04/sociedade/noticia/exames-secundario-voltam-apenas-acesso-ensino-superior-2033734) pela realização de projectos semelhantes às provas de aptidão realizadas no final dos cursos profissionais e de alguns cursos artísticos especializados.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">"Até que ponto esta alteração de modelo de avaliação externa aproximaria o currículo prescrito do avaliado, podendo trazer significativas alterações no currículo implementado? E promoveria a equidade ao processo avaliativo?", questiona o CNE.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Por outro lado, admite a hipótese de as provas contribuírem para corrigir o afastamento ente o ensino secundário e o superior, recorrendo a júris que incluam docentes do ensino superior.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">"Se, por um lado, há a percepção de que os docentes do ensino superior desconhecem os conteúdos que os alunos aprenderam no secundário, por outro lado, os professores do ensino secundário parecem não estar familiarizados com o que se espera para que um estudante que ingresse no ensino superior tenha sucesso académico", justifica o documento.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Sem se comprometer com um cenário alternativo concreto de acesso ao ensino superior, o CNE recomenda, ainda assim, o reforço da responsabilidade das instituições de ensino superior no processo de acesso e ingresso, em coordenação por grupos de cursos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Seriam responsáveis, por exemplo, definir o perfil de competências e introduzir critérios e instrumentos de selecção e seriação próprios, em função do perfil definido.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Recomenda também a integração, de forma progressiva, um modelo único de acesso para as diferentes vias de entrada no ensino superior, uma mudança que dizem poder contribuir para a valorização social das diversas vias e para uma maior adequação das práticas de avaliação ao modelo de acesso.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.publico.pt/2024/03/06/sociedade/noticia/conselho-nacional-educacao-sugere-substituir-exames-provas-aptidao-2082747" target="_blank">Público</a></span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-51870787867115955772024-03-05T20:42:00.006+00:002024-03-05T20:42:39.120+00:00Sexualidade. A escola ainda não fala sobre o que rapazes e raparigas querem debater<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Uma colega de escola engravidou aos 15 anos e eles perceberam que isso não era normal. O que viram e ouviram deixou-os desconfortáveis. Uma miúda, como eles, ficara de repente desprotegida, sem saber como gerir uma situação daquelas em casa, onde uma avó pressionava para o aborto. A barriga tornou-se indisfarçável por baixo de roupas largas, as aulas eram interrompidas por causa dos enjoos, o bullying era feito à descarada, acusando uma adolescente de não saber usar um preservativo ou uma pílula. O rapaz, parte desta história, ficou à margem de qualquer uma destas considerações.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Aconteceu há dois anos numa escola de uma freguesia de Sintra e será impossível que Francisco, Mariana, Rita, Joana e Afonso (que não esteve nesta conversa) não tivessem pensado: e se fosse comigo? Especialmente elas, a imaginarem-se sozinhas e grávidas na adolescência. Na escola ou em casa, pouco tinham falado sobre o assunto. Ao mesmo tempo, umas das séries do momento era <i>Sex Education</i>, uma série britânica sobre adolescentes nesse caminho de deslindar as suas vidas amorosas e sexuais. (...)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">Continuação da notícia em <a href="https://www.publico.pt/2024/03/05/sociedade/reportagem/sexualidade-escola-nao-fala-rapazes-raparigas-querem-debater-2081902" target="_blank">Público</a>.</span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-31975053223570024322024-03-04T20:11:00.007+00:002024-03-04T20:11:54.191+00:00Aprender a brincar: serão os brinquedos de relaxamento uma ferramenta de apoio à aprendizagem ou uma distração?<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Introdução</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Gerir uma sala de aula constituída por um grupo heterogéneo de alunos, quer em termos de aprendizagem, quer em termos de comportamento, constitui um dos desafios mais exigentes com que os professores deparam. Como promover a atenção dos alunos? Que estratégias devo usar para manter os alunos concentrados nos conteúdos que estou a leccionar? Como posso introduzir elementos práticos para evitar a monotonia e estimular o interesse da turma? Estas serão, porventura, algumas das questões que os professores se colocam quando reflectem acerca das estratégias de ensino ou durante a planificação das aulas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Numa sociedade cada vez mais desenvolvida e de fácil acesso a métodos e estratégias potencialmente estimulantes da aprendizagem, os brinquedos de relaxamento parecem ter vindo a destacar-se nos últimos anos. De acordo com Kriescher e Hulac (2023), os brinquedos de relaxamento (do inglês fidget toys) são, cada vez mais, propagandeados não só como uma ferramenta de apoio à aprendizagem para o aumento da concentração dos alunos, mas também como uma ferramenta que os professores podem facilmente implementar na sala de aula para a diminuição de sintomas de ansiedade, de Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção, ou da Perturbação do Espectro do Autismo. Face ao anunciado, torna-se imperativo determinar se estas alegações são apoiadas pela evidência. Kriescher e Hulac (2023) respondem a esta dúvida evidenciando a ausência de sustentação científica robusta.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>O que diz a investigação acerca da eficácia dos brinquedos de relaxamento?</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">As conclusões acerca da eficácia dos brinquedos de relaxamento são inconsistentes. Alguns estudos sugerem que os brinquedos de relaxamento podem promover a atenção e o desempenho cognitivo dos alunos. A título de exemplo, num estudo realizado em 2006 por Stalvev e Brasell, alunos do 6.º ano de escolaridade apresentaram, em comparação com o grupo de controlo, uma melhoria no desempenho da escrita e uma diminuição da distracção quando usaram bolas anti-stress durante o ensino da escrita. No entanto, outros estudos concluíram que a utilização destes brinquedos pode ter um efeito negativo na atenção em sala de aula e, por extensão, na memória e aprendizagem dos alunos. A este propósito, Hulac e colaboradores (2020) verificaram que o desempenho de alunos do 3.º ano numa actividade de Matemática foi significativamente mais baixo quando permitida a utilização de giradores de dedo (no original, fidget spinners). Os investigadores concluíram que brinquedos deste tipo constituem uma fonte de estímulos cinestésicos e visuais potencialmente perturbadora para os alunos que os utilizam.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Segundo Kriescher e Hulac (2023), dada a falta de evidência consistente acerca do uso de brinquedos de relaxamento na sala de aula, a decisão acerca da respectiva aplicação pedagógica pode orientar-se por duas importantes teorias: a Teoria do Processamento Sensorial e a Teoria da Atenção e Carga Cognitiva.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><u>Teoria do Processamento Sensorial (no original, Sensory Processing Theory; Dunn, 2007)</u></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A Teoria do Processamento Sensorial (Dunn, 2007) postula que os alunos necessitam de diferentes níveis de estimulação sensorial para atingirem o máximo de activação. Neste sentido, pouca estimulação resulta em subactivação, deixando os alunos entediados e desinteressados. Por outro lado, uma quantidade excessiva de estimulação produz hiperactivação, deixando os alunos incapazes de prestar atenção e de se comportar adequadamente. Ainda assim, a aplicação destes princípios ao uso de brinquedos de relaxamento em sala de aula carece de demonstração e permanece, por isso, especulativa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Teoria da Atenção e Carga Cognitiva (no original, Attention and Cognitive Load Theory; Choi et al., 2014)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">De acordo com a Teoria da Atenção e Carga Cognitiva (Choi et al., 2014), se as exigências de determinada tarefa e a estimulação sensorial excederem a capacidade de memória de trabalho dos alunos, estes podem não ser capazes de concluir a tarefa. Os brinquedos de relaxamento, além de aumentarem a carga cognitiva dos utilizadores, constituem também uma fonte de distracção para os colegas que os observam.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Conclusão</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Até à data, poucos estudos analisaram, de forma explícita, o efeito dos brinquedos de relaxamento na atenção, comportamento e aprendizagem. As alegações acerca do efeito positivo destes brinquedos na sala de aula baseiam-se em investigação que frequentemente carece de rigor metodológico, revisão por pares, definições operacionais e replicação. Segundo Kriescher e Hulac (2023), os professores e restantes profissionais de educação devem, portanto, proceder com muito cuidado ao considerar a adopção e implementação destes brinquedos para favorecer o comportamento ou a atenção na sala de aula.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A literatura sugere, globalmente, que os efeitos negativos dos brinquedos de relaxamento na atenção, e consequentemente na aprendizagem, superam os potenciais benefícios sensoriais. O uso destes brinquedos pode, especificamente, conduzir a uma diminuição do comportamento focado na tarefa e, por conseguinte, do desempenho escolar (teoria da Atenção e Carga Cognitiva). O argumento de que os brinquedos de relaxamento podem fornecer a estimulação sensorial adicional de que alguns alunos precisam (Teoria do Processamento Sensorial) permanece, portanto, especulativo. Além disso, Kriescher e Hulac (2023) destacam um aspecto de importante reflexão: embora seja possível argumentar que o uso de brinquedos de relaxamento, mesmo sem apoio empírico, é melhor do que não fazer nada, a aplicação de intervenções não validadas pela investigação pode ser mais prejudicial do que benéfica.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">As questões e recomendações para o uso de brinquedos de relaxamento nas escolas apresentadas abaixo podem ser bastante orientadoras:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><u>1. Por que razão o uso de brinquedos de relaxamento tem sido recomendado cada vez mais?</u></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não há evidência de que os brinquedos de relaxamento sejam úteis na promoção da atenção ou do comportamento adequado dos alunos. Contudo, para os alunos que gostam particularmente destes brinquedos, eles podem ser utilizados como reforço ou recompensa para comportamentos-alvo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><u>2. Em que situações os alunos podem usar os brinquedos de relaxamento?</u></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não há evidência de que os brinquedos de relaxamento sejam eficazes durante instruções em grupo. No entanto, o uso destes brinquedos pode ser apropriado nos intervalos. Porém, é muito importante comparar os benefícios dos brinquedos de relaxamento com os benefícios de outras actividades.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><u>3. Como supervisionar o uso destes brinquedos?</u></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Monitorizar o uso adequado de brinquedos de relaxamento deve estar sob a responsabilidade de um adulto, a não ser que tenham sido ensinadas estratégias de auto-regulação aos alunos. Sem monitorização, é muito provável que o uso destes brinquedos evolua de apropriado a contraproducente e, por fim, prejudicial.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><u>4. Como monitorizar a eficácia do uso dos brinquedos de relaxamento?</u></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Tomar decisões fundamentadas acerca do uso de brinquedos de relaxamento na sala de aula requer, por exemplo, avaliar de que forma estes brinquedos afectam comportamentos de interesse, tais como o comportamento focado na tarefa, falar durante a aula e o comportamento de socialização.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: arial;">Célia Oliveira e </span><span style="font-family: arial;">Soraia Araújo</span></i></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.iniciativaeducacao.org/pt/aaz/materiais-de-apoio/ensino/aprender-a-brincar-serao-os-brinquedos-de-relaxamento-uma-ferramenta-de-apoio-a-aprendizagem-ou-uma-distracao" target="_blank">Iniciativa Educação</a></span></span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-29336300386066689342024-03-02T20:58:00.003+00:002024-03-02T20:58:28.182+00:00A “receita” da ONU para combater falta de professores contraria o que Portugal tem feito<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Acabar com os contratos a prazo na classe docente, pôr fim ao recrutamento de candidatos com habilitações insuficientes para darem aulas. Esta é uma das 59 recomendações do Painel de Alto Nível das Nações Unidas sobre a Profissão Docente, divulgadas a 26 de Fevereiro, e a única precedida pelo advérbio “imediatamente”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A “receita” da ONU para combater falta de professores contraria o que Portugal tem feito</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Apesar de a educação continuar a ser ignorada na campanha eleitoral, todas as <a href="https://www.ei-ie.org/en/item/28334:united-nations-secretary-generals-high-level-panel-on-the-teaching-profession-recommendations-and-summary-of-deliberations?utm_source=phpList&utm_medium=email&utm_campaign=NOTA+%C3%80+COMUNICA%C3%87%C3%83O+SOCIAL%3A+Painel+de+alto+n%C3%ADvel+das+Na%C3%A7%C3%B5es+Unidas+sobre+a+profiss%C3%A3o+docente+lan%C3%A7a+recomenda%C3%A7%C3%B5es+importantes+para+acabar+com+a+falta+de+professores+a+n%C3%ADvel+mundial+e+refor%C3%A7ar+a+profiss%C3%A3o&utm_content=HTML">recomendações da ONU</a> acabam por ter carácter urgente dada “a crescente e alarmante falta de professores a nível global”, refere-se no relatório com as recomendações, mas a aplicação de umas é mais premente do que a de outras, o que levou os membros do painel a escrever que os “governos devem começar imediatamente a eliminar de forma gradual a utilização de professores contratados e a contratação de pessoal não qualificado para colmatar a escassez de professores”.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Em Portugal legislou-se no sentido contrário: a partir de 2022/23 foi concretizada uma revisão das <a href="https://www.publico.pt/2023/07/14/sociedade/noticia/reducao-qualificacoes-dar-aulas-transitoria-defende-fne-2056866">habilitações para a docência</a> de modo a “alargar o leque disponível de candidatos” e tentar deste modo minimizar a falta de professores nas escolas, conforme apresentado então pelo ministro da Educação, João Costa. Na prática, para se ser professor deixou de ser necessário ter um mestrado em ensino, bastando ser titular de uma licenciatura. (...)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">Continuação da notícia em <a href="https://www.publico.pt/2024/03/02/sociedade/noticia/receita-onu-combater-falta-professores-contraria-portugal-2082281" target="_blank">Público</a>.</span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-30458706718613352412024-02-29T21:11:00.003+00:002024-02-29T21:11:42.670+00:00Alunos estrangeiros: falta de recursos das escolas continua a deixá-los para trás<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">No ano lectivo de 2021/2022, quando 9,3% dos estudantes matriculados no ensino básico em Portugal continental já eram de origem estrangeira, a percentagem destas crianças e jovens a frequentar Português Língua Não Materna (PLNM), considerada uma ferramenta essencial de inclusão, era ainda muito baixa, não ultrapassando os 2% dos alunos oriundos de outros países inscritos no 1.º ciclo. Haverá factores atenuantes, mas Manuel Pereira, da Associação Nacional de Dirigentes Escolares tem poucas dúvidas sobre a principal causa para estes valores: “O grande problema é a falta de recursos humanos.”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Sem mais professores, vai ser difícil inverter este panorama, transcrito no relatório <i>Estado da Educação 2022 (EE2022</i>), que o Conselho Nacional de Educação agora divulgou. E vai ser também difícil inverter o outro dado ali presente que nos diz que a inclusão das crianças estrangeiras nas escolas ainda tem um caminho longo a percorrer – na última década, esbateu-se a distância entre os alunos nacionais e estrangeiros que ficam retidos num determinado ano ou que desistem da escola, mas a balança ainda continua a ser desfavorável para as crianças provenientes de outros países. (...)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">Continuação da notícia em <a href="https://www.publico.pt/2024/02/27/sociedade/noticia/alunos-estrangeiros-falta-recursos-escolas-continua-deixalos-tras-2081796" target="_blank">Público</a>.</span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-10549617688232316902024-02-28T17:57:00.004+00:002024-02-28T17:57:48.598+00:00Há alunos de 246 nacionalidades nas escolas portuguesas<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O número de alunos estrangeiros disparou nos últimos anos, mas a esmagadora maioria, alerta o relatório do Conselho Nacional de Educação, não frequenta a disciplina de Português Língua Não Materna (PLNM), essencial para a sua inclusão no sistema de ensino.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">No ano letivo 2021-2022 estavam inscritos quase 80 mil alunos estrangeiros no Básico (9,3% do total de alunos), de 235 nacionalidades diferentes e mais de 26 mil no Secundário (7,9%), de 246 nacionalidades. Um acréscimo em relação ao ano anterior de quase 14 mil alunos no Básico e de mais 3562 alunos no Secundário. No entanto, a PLNM estavam apenas inscritos 6483 alunos de 113 nacionalidades, incluindo a portuguesa (emigrantes ou filhos de emigrantes que regressaram ao país). Dos mais de 46 mil alunos brasileiros estavam em PLNM apenas 31.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Professores migrantes</b></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O CNE considera que “todos os alunos, cujo nível de proficiência do português dificulte as aprendizagens”, devem frequentar PLNM, pelo que o reforço de professores na disciplina é crucial. Uma das recomendações do “Estado da Educação 2022” é a contratação de professores migrantes em escolas cuja percentagem de alunos de determinada nacionalidade o legitime.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Outra sugestão é a hipótese de ensino das línguas maternas dos alunos quando existe um grande número de falantes da mesma. A iniciativa podia ser lançada como projeto -piloto. As escolas também devem traduzir os seus documentos de referência para as línguas maternas dos seus alunos migrantes. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: xx-small;">Fone: <a href="https://www.jn.pt/140841460/ha-alunos-de-246-nacionalidades-nas-escolas-portuguesas/" target="_blank">JN</a> por indicação de Livresco</span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-55773249693107805312024-02-27T18:11:00.000+00:002024-02-27T18:11:09.184+00:00Estado da Educação 2022: caracterizar, analisar e avaliar a evolução do sistema educativo e formativo português.<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.cnedu.pt/content/EE_2022/EE2022_publicacao_integral.pdf?fbclid=IwAR20Dsa1qmuKmSZMzD2nTBIG7y60JpF0gGJiBJGfC0qtvBksZ1l7WPh3vuk" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img alt="" data-original-height="448" data-original-width="303" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhvOyKAcsrPCMy3h_6eKIwbbkGnKOQrxkQk18GPyXiRDoWrsbvttHPMDNmMQb5zsxBVSHDMrLDVCfBAbJngytMfvRZXOOf8fi7LmMDxqPhMihXcM2Z3ph5W94MCzJlpP3Ys6zIgZICMGMQGUgBnTVtIetcdHJvfEtGR7G3v_pRau2cId8h2AfOPdnEpHh4=w270-h400" width="270" /></a></div><br /></span><span style="font-family: arial;">O Estado da Educação (EE) é uma publicação do Conselho Nacional de Educação (CNE), que agora se apresenta renovada, tendo como propósito contribuir para acompanhar e avaliar o desenvolvimento do sistema educativo e formativo português.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O EE 2022 (edição 2023) foi concebido e desenvolvido para continuar a proporcionar sínteses estatísticas que permitam caracterizar, analisar e avaliar a evolução do sistema educativo e formativo português, sobretudo no que se refere a três domínios normalmente reconhecidos como fundamentais em publicações congéneres e que têm vindo a ser tratados em anos anteriores. Assim, são apresentados dados relativos às ofertas e recursos, à população discente e à sua distribuição pelas ofertas de educação e formação, e aos resultados e qualificações.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A presente edição surge renovada, procurando proporcionar leituras mais críticas e interpretativas dos dados, sinalizando questões problemáticas que devem ser enfrentadas e resolvidas para melhorar a qualidade do sistema educativo e formativo.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Neste sentido, o EE 2022 elege cinco domínios problemáticos que, de algum modo, deverão ser considerados no âmbito do desenvolvimento das políticas públicas de educação:</span></div><div style="text-align: justify;"><ul><li><span style="font-family: arial;">A existência do 2º ciclo do ensino básico.</span></li><li><span style="font-family: arial;">A inteligência artificial e as suas relações com as múltiplas dimensões do sistema educativo e formativo.</span></li><li><span style="font-family: arial;">O imperativo do desenvolvimento do ensino artístico especializado.</span></li><li><span style="font-family: arial;">O ensino profissional e a sua relevância para o desenvolvimento de novas e inovadoras ideias fundadoras da educação secundária.</span></li><li><span style="font-family: arial;">As novas demografias e a necessidade de as integrar plenamente na conceção de um sistema aberto, livre, inclusivo e socialmente responsável.</span></li></ul></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Consulte a publicação </span><a href="https://www.cnedu.pt/pt/publicacoes/estado-da-educacao/2191-estado-da-educacao-2022" style="font-family: arial;">aqui</a><span style="font-family: arial;">.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.cnedu.pt/pt/noticias/cne/2188-publicacao-estado-da-educacao-2022-caracterizar-analisar-e-avaliar-a-evolucao-do-sistema-educativo-e-formativo-portugues" target="_blank">Conselho Nacional de Educação</a></span></span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-43610648546587220582024-02-25T21:05:00.001+00:002024-02-25T21:05:09.821+00:00Formação de futuros professores com mestrado e doutoramento passa para três semestres<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O Governo em gestão aprovou, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros alterações ao decreto-lei que estabelece o regime jurídico da habilitação profissional para a docência na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário. Com estas mexidas, o período de formação de candidatos a professor que já tenham mestrado ou doutoramento “passa para três semestres”, esclarece fonte oficial do Ministério da Educação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Este diploma foi <a href="https://eco.sapo.pt/2023/11/22/marcelo-promulga-diploma-que-preve-estagios-remunerados-para-professores/">publicado</a> em Diário da República em novembro de 2023, com o intuito de aumentar o número de candidatos à formação para a docência, dado que o número de <a href="https://eco.sapo.pt/2024/02/20/aposentacoes-de-professores-batem-recorde/">aposentações de professores tem vindo a bater recordes</a> e que é necessário contratar<a href="https://eco.sapo.pt/2023/09/06/governo-alerta-que-portugal-vai-precisar-de-mais-de-30-000-professores-ate-2030/"> cerca de 30 mil docentes até 2023.</a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">No entanto, algumas das novas regras foram de alvo de críticas por parte das instituições do ensino superior, nomeadamente no que diz respeito a uma eventual interferência do Ministério da Educação na seleção e distribuição de estudantes para os núcleos de estágio, noticiou o </span><a href="https://www.publico.pt/2024/02/22/sociedade/noticia/governo-mexe-lei-serao-universidades-colocar-professores-estagio-2081149" style="font-family: arial;">Público</a><span style="font-family: arial;">.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Por isso, o Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira alguns “ajustamentos”, com o intuito de “flexibilizar o modelo de realização da prática de ensino supervisionada de modo a reforçar a autonomia científica e pedagógica dos estabelecimentos de ensino superior”, adianta fonte oficial da tutela liderada por João Costa, em resposta ao ECO.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">“A alteração aprovada alarga o prazo dado às instituições de ensino superior para as adaptações a fazer e corrige alguns aspetos dos créditos requeridos, por exemplo na duração dos cursos para quem já é detentor de mestrado e doutoramento, que passa para três semestres”, acrescenta ainda a tutela.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Este diploma define que os professores estagiários <a href="https://eco.sapo.pt/2023/10/17/conselho-nacional-de-educacao-com-reservas-sobre-substituicao-de-estagio-por-relatorio-para-docentes-com-4-anos-de-experiencia/">t</a>erão turmas atribuídas, em horários de 12 horas letivas, em vez de terem apenas algumas aulas assistidas. Além disso, os estágios serão remunerados de acordo com o primeiro índice de carreira e o tempo de serviço em estágio contará para concurso e futuras progressões após o ingresso na carreira. Já os professores orientadores terão uma redução da componente letiva para poderem acompanhar os estagiários.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://eco.sapo.pt/2024/02/22/formacao-de-futuros-professores-com-mestrado-e-doutoramento-passa-para-tres-semestres/" target="_blank">ECO</a> por indicação de Livresco</span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-20398814581212255652024-02-24T11:08:00.003+00:002024-02-24T11:08:43.376+00:00A escola está doente<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">As notícias sobre a saúde mental nas escolas portuguesas aumentaram exponencialmente depois da pandemia (</span><a href="https://www.publico.pt/2023/09/13/impar/noticia/professores-estao-regresso-aulas-sete-recomendacoes-prevenir-burnout-2062571" style="font-family: arial;">aqui</a><span style="font-family: arial;">, </span><a href="https://www.dn.pt/sociedade/stress-e-burnout-nos-professores-a-tecnologia-pode-ser-a-solucao-15445175.html/" style="font-family: arial;">aqui</a><span style="font-family: arial;">, </span><a href="https://www.publico.pt/2023/05/15/sociedade/noticia/programa-saude-mental-escolas-ultrapassa-metas-ano-2049746" style="font-family: arial;">aqui</a><span style="font-family: arial;"> e </span><a href="https://expresso.pt/revista-de-imprensa/2023-06-30-Saude-mental-nas-escolas-portuguesas-em-alerta-ansiedade-ou-depressao-aumentam-em-professores-e-alunos-5151d457" style="font-family: arial;">aqui</a><span style="font-family: arial;">).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Que a profissão de professor é bastante propensa a desenvolver burnout e a degradar a saúde mental já não é novidade. Mas que esse problema afete também alunos começa a ser preocupante.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A saúde mental é uma componente essencial do bem-estar individual e social. Quando as pessoas estão mentalmente saudáveis são capazes de pensar com clareza, tomar decisões acertadas, lidar com o stress e construir relações positivas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">No contexto escolar, a saúde mental é particularmente importante, pois tem um impacto significativo na aprendizagem e no ensino.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Relativamente à saúde mental dos alunos, estudos recentes têm demonstrado que um número significativo de estudantes portugueses apresenta problemas de saúde mental. <a href="https://www.ensino.eu/ensino-magazine/universidade/2023/estudo-da-universidade-de-evora/">Um estudo da Universidade de Évora concluiu que 45%</a> dos alunos apresentam sintomas de ansiedade ou depressão. Estes problemas têm, naturalmente, um impacto negativo no desempenho escolar, na participação nas atividades extracurriculares e nas relações sociais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Alguns dos fatores externos que contribuíram para os problemas de saúde mental dos alunos foram a pandemia de covid-19, a guerra na Ucrânia e no Médio Oriente, que têm gerado ansiedade e incerteza, o stress associado à escola - como a carga de trabalho excessiva -, as exigências académicas elevadas, o aumento da indisciplina em meio escolar, o bullying, os problemas familiares - como conflitos ou violência doméstica -, desemprego, problemas pessoais - como baixa autoestima -, dificuldades de aprendizagem ou discriminação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Relativamente aos fatores internos, foram identificados os genéticos, biológicos e psicológicos, conforme indicado em alguns estudos (ex: <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3077049/">aqui</a>).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Mas como e quem é que pode identificar os alunos que estejam em situação periclitante?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A escassez de psicólogos nas escolas portuguesas não ajuda nem à identificação nem ao encaminhamento correto destes alunos. No entanto, se todos estivermos atentos podemos, aferindo alguns comportamentos, tentar perceber a situação de cada aluno e tentar acionar os mecanismos existentes de acompanhamento, seja nas escolas, seja na sociedade.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Estar em situação de depressão ou burnout é um fator que influencia as aprendizagens dos alunos. Se o aluno está ansioso pode ter dificuldade em concentrar-se nas aulas, se está deprimido pode ter dificuldade em motivar-se para estudar, ou se está a ser vítima de bullying pode ter dificuldade em confiar nos professores e colegas, o que pode prejudicar o seu relacionamento com eles e com a escola. Todos estes comportamentos podem levar a baixo rendimento escolar e até abandono. Por esse motivo deveriam ser identificados e encaminhados para os cuidados adequados. Mas para isso seria necessário que as escolas tivessem recursos humanos suficientes. Não os tendo, muitos destes alunos “perdem-se” e em casos extremos colocam termo à própria vida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">No entanto, como referi em cima, este problema não afeta só os alunos. Os professores também estão sujeitos a um risco elevado de problemas de saúde mental. <a href="https://www.dn.pt/vida-e-futuro/mais-de-60-dos-professores-sofre-de-exaustao-emocional---estudo-9558111.html">Um estudo da Universidade de Lisboa concluiu que 61% dos professores apresentam sintomas de exaustão emocional</a>.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Naturalmente, estes problemas têm um impacto negativo na qualidade do ensino, na relação professor-aluno e na satisfação profissional. Também neste caso é possível identificar os fatores externos e internos que têm contribuído para os problemas de saúde mental dos professores. Relativamente aos fatores externos, à cabeça temos toda a componente burocrática: a carga de trabalho burocrático excessivo, que inclui a preparação de aulas, a avaliação dos alunos em modelos que incluem a inserção de dados numa quantidade enorme de grelhas Excel e em plataformas informáticas, a participação em enumeras reuniões inúteis. Além disso, a falta de reconhecimento social da profissão, em contraponto com as exigências, a dificuldade em lidar com alunos indisciplinados, o aumento de alunos com dificuldades específicas de aprendizagem, que ficam sem o apoio necessário abandonados nas salas de aulas, ou o lidar com conflitos entre alunos-alunos, alunos-professores e entre os pais e eles próprios. No que aos fatores internos diz respeito foram identificados os genéticos, biológicos e psicológicos, como no caso dos alunos.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não é difícil perceber que quando um professor está ansioso pode ter dificuldade em concentrar-se na aula, o que pode prejudicar a qualidade do ensino, ou um que está deprimido pode ter dificuldade em motivar os alunos, o que também pode prejudicar a qualidade do ensino. A relação entre a saúde mental e a aprendizagem está amplamente estudada e pode concluir-se que a saúde mental tem um impacto negativo nos alunos de várias formas. Dificuldades de atenção - os alunos que estão ansiosos ou deprimidos podem ter dificuldade em concentrar-se nas aulas e em aprender os conteúdos -, dificuldades de memória - a ansiedade e a depressão podem afetar a memória, dificultando o “armazenamento” e a recuperação de informações -, dificuldades de relacionamento - os alunos que estão com problemas de saúde mental podem ter dificuldade em estabelecer relações com os professores e com os colegas, o que pode prejudicar a aprendizagem.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Perante estas dificuldades, o aluno que está ansioso, deprimido, pode ter dificuldade em prestar atenção ao que o professor está a dizer, o que pode levar a que ele perca informações importantes. É inegável a relação entre a saúde mental e o ensino/aprendizagem. A falta de saúde mental tem um impacto negativo no ensino por parte dos professores e na aprendizagem por parte dos alunos. Por esse motivo, esta problemática deve ser tida em conta no desenho das políticas educativas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><i>Alberto Veronesi</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://cnnportugal.iol.pt/educacao/escola/alberto-veronesi-a-escola-esta-doente/20240216/65cf3c32d34e371fc0bd2237" target="_blank">CNN Portugal</a> por indicação de Livresco</span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-64470773729958412982024-02-23T17:41:00.004+00:002024-02-23T17:41:34.997+00:00Cinco regras para criar testes que ajudam a aprender<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Já sabemos que os testes ajudam a aprender mais e melhor, mas como maximizar os efeitos benéficos dos testes na aprendizagem? Um artigo muito recente revê o que a ciência cognitiva nos diz sobre o uso dos testes, de modo a tirar o máximo partido do seu valor como instrumentos de aprendizagem. Testar frequentemente, antes e depois de se apresentar a matéria, usar testes cumulativos com diversos tipos de perguntas — sem grande peso na nota final e, por isso, essencialmente formativos e não avaliativos — são algumas das estratégias para criar e aplicar testes que ajudam a aprender melhor.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Que os alunos não gostam de fazer testes não é novidade, e muitas vezes os professores também não gostam de os criar e corrigir. No entanto, os testes, se os entendermos como oportunidades de praticar a recuperação da informação a aprender, têm funções que vão muito além da avaliação. Vários estudos têm mostrado como potenciam a aprendizagem e melhoram o desempenho escolar em diversos domínios e níveis escolares. Como podem então os professores maximizar o valor dos testes como instrumentos de aprendizagem?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Num artigo recente, Dillon H. Murphy, Jeri L. Little e Elizabeth L. Bjork, investigadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e da Universidade do Estado da Califórnia, examinaram as características que tornam os testes as melhores ferramentas possíveis de aprendizagem. Podemos usar este artigo, publicado na Educational Psychology Review, como guia para professores, para planearem testes mais eficientes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Testar com que frequência?</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Deve-se incorporar os testes frequentemente durante as aulas, e não os utilizar como instrumentos mais raros de avaliação. Por exemplo, além de dois exames durante um trimestre, incluir um questionário no final de cada aula. Aumentar a frequência dos testes em aula ajuda a aprender melhor e diminui a ansiedade que muitos alunos sentem durante o teste. Estes testes múltiplos devem contribuir apenas uma pequena percentagem para a nota final, para que os alunos os vejam como instrumentos de aprendizagem, se sintam mais motivados a estudar e fiquem menos ansiosos quando os fizerem.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Que formato de teste utilizar?</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Independentemente do tipo de teste, o professor deve garantir que cada questão exige a recuperação ativa de informação — por exemplo, são preferíveis testes sem consulta a testes com consulta. As questões de escolha múltipla podem ser uma boa alternativa, sobretudo em turmas grandes. Nesse caso, as alternativas incorretas devem ser suficientemente críveis e competitivas (i. e., baseadas em informação plausivelmente certa) para que o aluno tenha de recuperar ativamente a alternativa correta e não se limite a eliminar as restantes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Por exemplo, se se perguntar a um aluno qual foi o primeiro imperador romano (Octaviano) não se deve dar como alternativas nomes imediatamente rejeitáveis, tais como George Washington e Dom Afonso Henriques, mas sim nomes como Nero ou Constantino. Alternativas como estas duas últimas forçam os alunos a reverem o que sabem sobre estes dois outros imperadores (ver exemplo 1).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">Exemplo 1: Quem foi o primeiro imperador romano?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhS9NkcFLpszgx6jA5EwmhO38qy-rKhiNKsZPsdlflcY-82KZbhXSvx_xfcpyy7YpPUebYRPQNhiZFbFO5XPW2G2k_JM2QS4bfWOxhfrkVL6AyribWMapN0mEum4LSAhR6_-83Qah-cUul4XrliUJbqFsWNzhgUhjMHtnCSUISaarTif82Vrr_hhokUWbs" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="502" data-original-width="865" height="372" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhS9NkcFLpszgx6jA5EwmhO38qy-rKhiNKsZPsdlflcY-82KZbhXSvx_xfcpyy7YpPUebYRPQNhiZFbFO5XPW2G2k_JM2QS4bfWOxhfrkVL6AyribWMapN0mEum4LSAhR6_-83Qah-cUul4XrliUJbqFsWNzhgUhjMHtnCSUISaarTif82Vrr_hhokUWbs=w640-h372" width="640" /></a></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Ao apresentar o nome de outros imperadores romanos, a Opção A é preferível à Opção B, na medida em que exige a recuperação de conhecimentos e não conduz à resposta correta por mera exclusão de partes.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">As questões que levam os alunos a utilizar processos de geração de conhecimentos para obterem respostas também aumentam o valor dos testes — por exemplo, questões de resposta curta ou completar espaços. Misturar formatos parece ser uma boa alternativa, mas, se não for possível, questões de múltipla escolha bem construídas parecem ser o melhor formato porque, apesar de demorarem tempo a ser construídas, são facilmente corrigidas e pode logo dar-se feedback, mesmo em turmas com muitos alunos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E, por falar em turmas numerosas, uma possibilidade é também fazer testes colaborativos ou em grupo. A investigação não é clara quanto à eficácia dos testes colaborativos, mas os alunos parecem gostar deles e sentir-se menos ansiosos. Por isso, uma estratégia poderá ser aplicar um teste individual e reaplicar o mesmo teste coletivamente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Quando testar?</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Os testes ajudam a aprender melhor não só quando aplicados de maneira clássica — depois de se apresentar o material a aprender —, mas também antes de se apresentar esse material, na forma de pré-testes. Esse benefício ocorre mesmo que os alunos não consigam responder corretamente. No caso dos pré-testes, as questões de escolha múltipla parecem mesmo ser as mais eficazes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Além de usar com frequência pré-testes e testes, é importante também espaçá-los e intervalar items semelhantes que aparecem em cada teste. Importa também referir que os testes devem ser cumulativos: a matéria não é testada apenas uma vez, logo depois de apresentada, mas várias, sendo incluída nos testes seguintes. Embora os alunos não costumem apreciar testes cumulativos, estes beneficiam a aprendizagem por facilitar a prática de recuperação e a técnica de espaçamento.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>O que falta saber?</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A investigação não é clara quanto à maneira ideal de corrigir os testes. Sabe-se que os testes formativos não devem contribuir uma grande percentagem da nota final, mas não qual a percentagem ideal (até pode ser 0%). Outro fator que pode interagir com as características dos testes aqui referidas e alterar a sua eficácia são certas diferenças individuais, incluindo o conhecimento prévio de um aluno, o seu estatuto socioeconómico, a sua cultura e até a forma como foi ensinado no passado. Nada parece sugerir que a repetição de testes tenha um efeito negativo na aprendizagem, mas é necessária mais investigação de maneira a avaliar, por exemplo, se o conhecimento prévio de um aluno pode alterar os benefícios dos pré-testes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjre56Pwatw_93RVn-q9EBOyUcyCGtS2aJaIL_UVaxU1MVOvl7VWlVnKQ6rb22U_GRxycwRXgvuLTjeRI2-3RWGYKBrcRIRSTeEHo4M2FgL0-2QIdkWwnPYoxgwY2FhvEU76CWGr-3fmwo7e2WQpHQR7SSKyZcIo_hBaC8ZoWfopae-9ePlFcvVTwlmEzI" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="377" data-original-width="872" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjre56Pwatw_93RVn-q9EBOyUcyCGtS2aJaIL_UVaxU1MVOvl7VWlVnKQ6rb22U_GRxycwRXgvuLTjeRI2-3RWGYKBrcRIRSTeEHo4M2FgL0-2QIdkWwnPYoxgwY2FhvEU76CWGr-3fmwo7e2WQpHQR7SSKyZcIo_hBaC8ZoWfopae-9ePlFcvVTwlmEzI=w640-h276" width="640" /></a></div><br /><br /></div> <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><i>Ludmila Nunes</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.iniciativaeducacao.org/pt/ed-on/artigos/ciencia/cinco-regras-para-criar-testes-que-ajudam-a-aprender" target="_blank">Iniciativa Educação</a></span></span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-27402151364689035942024-02-22T18:01:00.003+00:002024-02-22T18:04:24.795+00:00GUIA PARA APLICAÇÃO DE ADAPTAÇÕES NA REALIZAÇÃO DE PROVAS E EXAMES<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://drive.google.com/file/d/1lerogcfVGoyHnmBYCv2e5NGp45-gbm8C/view?usp=sharing" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img alt="" data-original-height="573" data-original-width="445" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjq4Dhipx4G3-kpTxgInMIZPoosMEixHLOL2CAojFAmMhYe3MiP-B3Lx39DpWzK4faa3uoNn8pJ2Ixp-wRk0WlHujH1qYk1S5YlSaxb252GoeBPxQOFIPWy1uxhwXrOrCTo3Mozd_8iBWiQyztE0YwLiIHdCy0R0K-l0E5R-Z7k44A-QeOv-27cVz0PYYg=w496-h640" width="496" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">(Clicar na imagem)</span></div><p></p>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-36608193355600229322024-02-21T17:51:00.007+00:002024-02-21T17:51:53.227+00:00Regulamento das Provas de Avaliação Externa e das Provas de Equivalência à Frequência dos Ensinos Básico e Secundário para o ano letivo 2023/2024<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O </span><span style="font-family: arial;"><a href="https://files.diariodarepublica.pt/2s/2024/02/037000000/0014600191.pdf" target="_blank">Despacho Normativo n.º 4/2024</a>, de 21 de fevereiro, </span><span style="font-family: arial;">estabelece as regras e procedimentos gerais a que deve obedecer a realização das provas de aferição, das provas finais do ensino básico, dos exames finais nacionais, dos exames a nível de escola de línguas estrangeiras equivalentes a exames finais nacionais, das provas de equivalência à frequência, e das provas a nível de escola dos ensinos básico e secundário, no ano letivo 2023/2024.</span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-84007777268127458892024-02-19T14:03:00.000+00:002024-02-19T14:03:25.124+00:00Referencial para a Inovação Pedagógica nas Escolas<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-style: italic;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.cnedu.pt/content/noticias/CNE/Referencial_Inovacao_Pedagogica_siteCNE.pdf" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img alt="" data-original-height="548" data-original-width="442" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj1RK4wL9s8kA23VKQotp8k1d6uGvL-t4awlxYUsvMice27pqEmtbVqu_R5JuPj4556mDRfM1CEVJehIOzYzSO-XI-L1HrAaaWpp_kx5nB3mtBC-1T0wsMgo75mao634QBTPKSaIFqMzNXQbMtH08GPCynybStZMOs6bMB8IgQPElt-MH1pJg5Sqa0tJxE=w517-h640" width="517" /></a></div><br /></span><span style="font-family: arial; font-style: italic;">A inovação não é um fim em si mesma, mas antes um processo que visa ampliar uma educação de natureza transformadora e que pode assumir múltiplas configurações quanto ao seu objeto, às suas finalidades e formas de operacionalização, cabendo às escolas definir prioridades e processos de mudança. Os efeitos e a sustentabilidade da inovação dependem, em grande medida, da sua amplitude, mas todas as iniciativas de inovação são potencialmente meritórias, quer sejam desenvolvidas em disciplinas específicas ou numa abordagem de articulação curricular, de forma individual ou colaborativa, integradas ou não em projetos mais vastos. Todas requerem uma perspetiva contextualizada – articulando-se com as circunstâncias em decorrem, os projetos educativos das escolas e as políticas educativas (trans)nacionais–, uma orientação prospetiva, implicando um movimento de rutura maior ou menor face a conceções e práticas anteriores, e uma estratégia avaliativa que possibilite compreender os seus efeitos, limitações e implicações.</span></div><span style="font-family: arial;"><i><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O referencial apresentado centra-se na pedagogia escolar e dirige-se às escolas enquanto organizações aprendentes, em particular aos educadores que nelas trabalham, sendo os educandos os principais beneficiários dos processos de mudança. Embora se articule com outras esferas, das políticas educativas e orientações curriculares à gestão das escolas e à formação dos educadores, esse não é o seu foco principal, tal como não é sua intenção discutir normativos legais particulares ou propor práticas de inovação específicas. O que se pretende é promover uma reflexão crítica sobre a educação e a inovação pedagógica nos contextos escolares, que sustente o desenvolvimento e a análise de iniciativas de inovação. Assim, o referencial tem duas finalidades:</div><div style="text-align: justify;"><ul><li>Definir um quadro de referência para uma compreensão ampla da inovação pedagógica, tendo em consideração três dimensões: o seu sentido social, a sua orientação local e sistémica, e a sua orientação para os educandos e a aprendizagem;</li><li>Propor, a partir desse quadro de referência, um guião de apoio ao desenho e à análise de iniciativas de inovação pedagógica, podendo estas assumir configurações diversas.</li></ul></div></i></span>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-34148799118575034382024-02-17T11:04:00.003+00:002024-02-17T11:04:46.787+00:00Há mais abandono escolar?<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Há mais abandono escolar, em Portugal. De acordo com os últimos dados disponíveis, relativos ao ano de 2023, a taxa de abandono escolar precoce aumentou de 6,5% para 8%. É um valor que continua abaixo do teto máximo de 9%, definido pela União Europeia para 2030, mas que, ainda assim, merece reflexão.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Desde 2006, com uma ligeira inversão em 2016, que este indicador tem registado uma tendência constante e gradual de diminuição. Este percurso positivo chegou, aliás, a ser digno de destaque <a href="https://www.iniciativaeducacao.org/pt/noticias/portugal-e-exemplo-no-combate-ao-abandono-escolar-diz-ocde">numa das últimas edições do Education at a Glance</a> — o relatório anual da OCDE que sintetiza as principais estatísticas e dados comparativos dos sistemas educativos de todo o mundo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Como tem evoluído este indicador?</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A taxa de abandono precoce da educação e formação, também conhecida por taxa de abandono escolar precoce, olha para a população jovem que tem entre 18 e 24 anos e contabiliza quem não tem o ensino secundário e não está a estudar ou a ter formação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Para situar a evolução deste indicador, refira-se que, em 1992, ainda nos primeiros anos da extensão da escolaridade obrigatória até ao 9.º ano (implementada em 1986), metade da população jovem portuguesa saía da escola apenas com o ensino básico, e muitas vezes incompleto. Em 2023, a diferença entre os alunos que abandonaram a escola sem terem completado o ensino secundário e os que ingressaram no sistema de ensino nacional não chega a 10%.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">Gráfico 1: Taxa de abandono escolar precoce, em Portugal</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhOoWinTdRoX1nc5SleuL-iUuZEhRRvgEOnA_aHKsOsR0tvPYSfryQcuDDC_AhajU7qbUbNbFAvVAbyScmQ00MVGOA-SO1S5y6JxbjBWpEu3OF178-2kBbwslouaj04-4LuA0Ys2W9-KTeudzqiUf-CqNhohCsSDKx9H0mS1N8_aJ_ionR2XcE1zrZVeAU" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="445" data-original-width="771" height="370" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhOoWinTdRoX1nc5SleuL-iUuZEhRRvgEOnA_aHKsOsR0tvPYSfryQcuDDC_AhajU7qbUbNbFAvVAbyScmQ00MVGOA-SO1S5y6JxbjBWpEu3OF178-2kBbwslouaj04-4LuA0Ys2W9-KTeudzqiUf-CqNhohCsSDKx9H0mS1N8_aJ_ionR2XcE1zrZVeAU=w640-h370" width="640" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;">Foi entre 2008 e 2015 que a taxa de abandono escolar precoce em Portugal se reduziu mais acentuadamente, diminuindo quase 20 pontos percentuais. As vias profissionalizantes foram uma das medidas que mais contribuíram para esta redução, assumindo um papel decisivo no apoio à permanência dos alunos na escola, levando a que um maior número concluísse o ensino secundário.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><b>Como é que Portugal compara com a Europa?</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Em 2022, a média da UE27 situava-se nos 9,6%. Acima desta média estavam países como a Islândia (16,5%), a Espanha (13,9%), a Noruega (13,2%) e a Itália (11,5%). A vantagem de Portugal, neste indicador, é óbvia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">Gráfico 2: Taxa de abandono escolar precoce, em Portugal e alguns países da Europa</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiAbPkU6rYjqQUh9pip0nWeoGQZVvzb85wvrGfrVqX15FukNvJHKv7eqDGLnMXNSwwzg7cxZz7KJiO_RI4gnWdttFB97ME8izvSaJaoJCC3PmDwV3XKAtG5VEUz0MdWXqqRsTqR6NVkr5MjlyynMJskqkZ6Ii-VjWw6hk8QkoaYZjgE60yRS1Wp3hUEvWc" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="485" data-original-width="644" height="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiAbPkU6rYjqQUh9pip0nWeoGQZVvzb85wvrGfrVqX15FukNvJHKv7eqDGLnMXNSwwzg7cxZz7KJiO_RI4gnWdttFB97ME8izvSaJaoJCC3PmDwV3XKAtG5VEUz0MdWXqqRsTqR6NVkr5MjlyynMJskqkZ6Ii-VjWw6hk8QkoaYZjgE60yRS1Wp3hUEvWc=w640-h482" width="640" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;">O Gráfico 2 mostra bem como a evolução dos países europeus tem sido desigual. Em 2008, Portugal registava uma taxa de abandono escolar precoce de 34,9%, estando muito acima da média europeia de 14,4%. É interessante ver como Portugal evoluiu muito positivamente, especialmente quando comparado com a vizinha Espanha, que se situava 10 pontos percentuais abaixo de Portugal, em 1992, mas hoje em dia está cerca de 7,5 pontos percentuais acima.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.iniciativaeducacao.org/pt/ed-on/artigos/estatisticas/abandono-escolar-2023" target="_blank">Iniciativa Educação</a></span></span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1010879471281698443.post-8209143242644086382024-02-16T17:44:00.008+00:002024-02-16T17:44:56.351+00:00O Brincar Arriscado: um direito das crianças<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O brincar é um comportamento fundamental e insubstituível na vida humana e principalmente na infância. É uma ferramenta ancestral, uma linguagem universal independentemente da cultura ou da situação geográfica. Brincar é um direito internacionalmente consagrado na Declaração Universal dos Direitos da Criança (20 de novembro de 1959) e na Adoção pela Assembleia Geral das Nações Unidas da Convenção dos Direitos das Crianças no seu artº 31 (20 de novembro de 1989). Através do brincar de forma livre e não estruturada, as crianças adquirem experiências com o imprevisto, o imprevisível e o incerto. O brincar vem de dentro, brotando imaginação e fantasia como um tempo próprio de ser criança. Por conveniência adulta, este tipo de comportamento é por vezes negligenciado, silenciado, bloqueado e maltratado, por ser considerado perda de tempo, um mero passatempo, não produtivo e secundário. As vantagens no seu desenvolvimento são muito significativas: capacidade de adaptação, cultura de sobrevivência, confronto com situações adversas, regulação emocional, autoconfiança, relação social e competências motoras, cognitivas e sociais.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">De entre muitas dimensões do brincar nas primeiras idades, gostariamos de destacar as atividades lúdicas que implicam risco (Risk Play). Todos os animais, incluindo os humanos correm riscos na infância. Para adquirir a posição de pé e iniciar a marcha e a corrida, a criança necessitou de cair imensas vezes. É uma condição biológica inerente ao nosso desenvolvimento psicomotor. A vida exige confronto com o risco. Não existe risco zero. Quanto mais a criança se confronta com o risco mais adquire nível de segurança. A educação, perceção e controlo do risco só é possível através de confronto com situações arriscadas entre o corpo e o envolvimento físico construído e natural. A evidência científica tem vindo a demonstrar nos últimos anos, uma decadência enorme como as crianças se confrontam com situações de risco, principalmente físico-motor, no contexto familiar, escolar e comunitário. A superproteção adulta, por vezes patológica e a pandemia do medo que se instalou em todo o lado, referente a uma cultura social adversa a crianças em contextos de risco, tem vindo a desenvolver as taxas de sedentarismo infantil (inatividade física, níveis baixos de competências motoras, obesidade, etc.), diminuição de autonomia de mobilidade, contato com a natureza, e aumento da ansiedade, stress e imaturidade. Trata-se de um problema de saúde pública (física e mental), que implica a implementação de políticas públicas sobre o planeamento dos espaços escolares (naturalizados e humanizados) e espaços públicos urbanos (espaços e equipamentos com valor lúdico e de risco) que valorizem a sedução para uma mobilidade ativa mais verde e promotora da convivência social para todas as idades. É urgente libertar as crianças do aprisionamento a que estão sujeitas nas últimas décadas, para viverem a sua infância de forma plena. A infância só se vive uma vez e não é repetível. As crianças nas primeiras idades, deveriam confrontar-se com o brincar arriscado (com supervisão adequada), através de desafios de grandes alturas (saltar, trepar, escalada, etc.), grandes velocidades (escorregar, corridas, bicicleta, skate, etc.), ferramentas perigosas (machados, facas, canivetes, serras, martelos, pregos, cordas, etc.), elementos perigosos (fogo, água, etc.) desaparecer e esconder (escondidas, locais secretos, etc.), e luta e perseguição (apanhada, toca e foge, luta a brincar, etc.). Não é aceitável que se proíbam as crianças nos espaços escolares e na comunidade, de poderem subir às árvores, jogar à bola, fazer brincadeiras e jogos típicos da sua idade, fazer rodas, pinos à parede, etc. O corpo não deve ser formatado e policiado para estar sentado, quieto, em silêncio e obediente a aprender sem entusiasmo e curiosidade saberes numa escola tradicional, replicativa e conservadora. As crianças necessitam de expandir as suas energias naturais em situações de superação, aventura, risco e socialização. Recentemente a Sociedade de Pediatria do Canadá, recomendou aos seus pediatras, novas diretrizes a favor da implementação do jogo arriscado, sem supervisão adulta ou de modo muito limitado, considerando as vantagens para a saúde física e mental. As brincadeiras arriscadas permitem que as crianças tenham mais controle das suas atividades e sejam convidadas a ultrapassar os seus limites, com muitos benefícios na gestão de situações de incerteza. Estas formas de ação, não resultam em lesões muito graves ou fatais: joelhos esfolados ou, na pior das hipóteses, um braço quebrado não é assim tão catastrófico na vida de uma criança. Em outubro de 2021, <a href="https://theguardian.com/world/2021/oct/24/why-germany-is-building-risk-into-its-playgrounds">foi publicado um artigo muito interessante no Jornal "The Guardien ", sobre os Espaços de Jogo Exteriores Públicos</a> (parques infantis) na Alemanha e a posição dos "Designers" sobre a conceção novos modelos de espaços e equipamentos, mais ousados e como uma nova política para aumentar o risco nas brincadeiras das crianças, propondo uma retificação nas Normas Europeias existentes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Os adultos cuidadores deveriam compreender melhor o significado e benefícios do brincar arriscado no desenvolvimento das crianças dos nossos dias, considerando a complexidade da nossa existência ancestral e a evolução dos modos de vida atuais. O mundo mudou rapidamente e a incerteza quanto ao nosso tempo também. Não há tempo para pensar o tempo das coisas do nosso corpo, da relação com os outros, do mundo que nos rodeia. A pressa em vivenciar tudo e a frustração de não conquistar nada. Perdemos o rumo da ética, da democracia, da consciência crítica da essência de ser, em oposição a uma valorização de uma aparência superficial e não na profundidade. Perdidos e vadios na velocidade de querer um domínio ditatorial de nós próprios num regime formatado de aparente democracia que se impõe sem ter a perceção do aprisionamento a que somos sujeitos por interesses alheios à conquista da nossa autonomia e liberdade. Talvez possamos regularmente subir às árvores, como deviam fazer as crianças, para reabilitar a nossa capacidade de contemplar o corpo lá do alto, perante a complexidade da nossa história evolutiva e a tragédia ecológica que está a danificar todos os dias o nosso planeta. Talvez o milagre (remédio/receita) para curar todos os males da humanidade, passe por voltar a ter a vontade de brincar para buscar o prazer da descoberta de existir, porque são essas energias que nos conduzem ao risco, aos limites, para se aprender a viver melhor, através da motivação intrínseca, controlo interno e suspensão da realidade. Subir às árvores como um sonho, inspiração divina, proximidade da morte (simbólica), e ter a iluminação de reabilitar o mundo (familiar, escolar, de saúde, do trabalho, do afeto, da empatia e da comunidade) para um paradigma revolucionário de convivência com o nosso corpo, os outros e o mundo que nos rodeia. Subamos todos às árvores por vários momentos para entender o que deveríamos ser, fazer e sentir na educação das nossas crianças.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><i>Calos Neto</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.sabado.pt/opiniao/convidados/carlos-neto/detalhe/o-brincar-arriscado-um-direito-das-criancas" target="_blank">Sábado</a></span></div>João Adelino Santoshttp://www.blogger.com/profile/10662396181611469486noreply@blogger.com0