quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Educação: ministério admite prolongar aplicação do modelo simplificado de avaliação

O Ministério da Educação (ME) admitiu hoje a possibilidade de aplicar o modelo simplificado de avaliação de desempenho não apenas neste ano lectivo, como tinha anunciado, mas também nos próximos, desde que os sindicatos aceitem negociar.
"Estamos disponíveis para estender a aplicação deste regime transitório por mais algum tempo, para o próximo ano lectivo ou até mais, no sentido de criar confiança junto dos sindicatos, (...) desde que eles aceitem negociar e abdiquem de uma posição de tudo ou nada", disse à Lusa o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira.
A confirmar-se a disponibilidade do Ministério, a avaliação dos professores no próximo ano lectivo poderia continuar a ser feita sem ter em conta os resultados dos alunos e sem observação de aulas, nem qualquer outro aspecto da componente científico-pedagógica, mas apenas com base na auto-avaliação, assiduidade, formação contínua e participação em projectos e na vida da escola.
Com as medidas de simplificação anunciadas pelo Governo há duas semanas, será este o modelo a aplicar este ano, excepto no caso dos docentes que ambicionarem obter as classificações de Muito Bom e Excelente, para as quais a observação de aulas se mantém como critério indispensável.
Questionado pela Lusa sobre se a aplicação consecutiva de uma versão simplificada da avaliação de desempenho dos professores não significa que o modelo do Governo não é exequível tal como tinha sido inicialmente definido, Jorge Pedreira considerou que as alterações não mexem no "essencial". (...)
Comentário:
Afinal, quais são os elementos que se mantêm, ainda, do modelo original de avaliação de desempenho, aprovado pelo governo?! Com tantas alterações, propostas e introduzidas, não será mais sensato aceitar que o modelo é inexecuível (alguém do ME tem dúvidas?!), e partir para um modelo novo, tendo por base as experiências anteriores e os "defeitos" do modelo actual!? Neste momento, vivemos um braço de ferro político, sem fim à vista, com prejuizo sobretudo para os alunos e para a escola pública!

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