O presidente do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) explicou, esta segunda-feira, que a aplicação para as provas de aferição foi enviada na semana passada por questões de segurança, sendo uma aplicação simples que "até os alunos podem instalar".
Na passada sexta-feira, a Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI) criticou o facto de o "manual de instruções" para a realização das provas ter chegado às escolas dois dias antes do arranque das provas de aferição, dia em que souberam que seria preciso instalar uma aplicação nos computadores dos alunos.O presidente do IAVE, Luís Pereira dos Santos, explicou hoje que a aplicação foi enviada no final da semana passada "por questões técnicas de segurança", garantindo tratar-se de "uma aplicação de instalação muito simples".
"É uma aplicação que é necessária para garantir a segurança e a equidade entre os alunos, mas é uma aplicação de instalação muito simples. Não é necessário um professor muito especializado para fazer essa instalação, até os próprios alunos a podem fazer", disse aos jornalistas, acrescentando que são precisos apenas alguns segundos para descarregar a aplicação.
Além disso, Luís Pereira dos Santos salientou que as escolas podem fazer a instalação de "forma muito gradual", até porque a primeira prova digital é a de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e vai decorrer ao longo de duas semanas.
"As escolas vão ter tempo para, com serenidade, fazer essa aplicação", disse, acrescentando que a prova de TIC será realizada por cerca de 80 mil alunos do 8.º ano entre os dias 16 e 26 de maio.
"O nosso sistema de provas eletrónicas foi concebido de forma a ser simples e a não implicar a intervenção de professores mais especialistas nesta matéria", acrescentou.
A aplicação permite, através da instalação nos computadores dos alunos, que estes não possam sair da sua prova antes de a terminarem nem aceder a outras aplicações, explicou o gabinete de imprensa do ministério da Educação em declarações à Lusa.
Aos jornalistas, o ministro João Costa defendeu hoje que o modelo das provas digitais representa muito menos trabalho para as escolas, quando comparado com as provas em papel, que obrigam os professores a deslocarem-se à escola sede para ir buscar os envelopes com as provas, depois fazer a distribuição pelas escolas, abrir envelopes, organizar por turmas, fazer verificação e reportar informações ao Júri Nacional de Exames.
"Toda esta logística era muito mais complexa do que o que está agora aqui em causa", disse João Costa.
Este ano, mais de 250 mil alunos do 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade vão realizar as provas em formato digital
As provas de aferição começaram no início do mês, com os alunos do 2.º ano a mostrar as suas competências a Educação Artística e Educação Física, mas só na próxima semana arranca a "época" das provas digitais, com a prova do 8.º ano de TIC.
A 24 de maio os alunos do 8.º ano realizam a "componente de Observação e Comunicação Cientifica da prova de Ciências Naturais e Físico Química" e a 2 de junho os alunos do 5.º ano fazem a prova de Português.
Seguem-se as provas de Ciências Naturais e Físico Química (8.º ano), História e Geografia de Portugal (5.º ano) e Matemática (8.º ano).
A 15 de junho, será a vez dos alunos do 2.º ano realizarem a prova de Português e Estudo do Meio e a 20 de junho Matemática e Estudo do Meio.
Fonte: JN por indicação de Livresco
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