O abandono escolar precoce vai ser acompanhado em Portugal com base no registo do percurso individual dos estudantes e não apenas por via dos resultados extraídos do Inquérito ao Emprego, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A informação de que esta revisão se encontra em curso consta de um relatório sobre indicadores estruturais dos sistemas educativos, divulgado nesta quinta-feira pela rede europeia Eurydice e confirmada posteriormente ao PÚBLICO pelo Ministério da Educação.
De acordo com a metodologia fixada pelo Eurostat (o serviço de estatística da União Europeia), a chamada taxa de abandono precoce da educação e formação dá conta da proporção de jovens, entre os 18 e os 24 anos, que abandonaram a escola sem ter concluído o ensino secundário.
O seu cálculo resulta das respostas dadas no âmbito do Inquérito ao Emprego, que é feito por amostragem. No ano passado, Portugal registou uma taxa de abandono de 8,9%, ficando assim abaixo do limiar de 10% fixado pela UE na sua estratégia para 2020.
Só que no ano lectivo de 2020/2021, “a maioria dos países europeus estavam já a recolher informação nacional sobre o abandono escolar com base no registo dos estudantes” e não apenas na taxa de abandono, frisa-se no documento da rede Eurydice. Portugal é assim uma das poucas excepções a este panorama, mas será uma situação a prazo. Acrescenta-se no relatório que também por cá os “dados existentes sobre o abandono escolar precoce encontram-se em revisão, estando actualmente a serem estudadas novas metodologias para medir” aquele fenómeno.
(Continuação da notícia aqui)
Fonte: Público
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