Um grupo de pais, com filhos com paralisia cerebral, perceberam que em Santarém não existiam respostas necessárias para os seus filhos e decidiram pegar na Associação de Apoio à Deficiência Maria do Carmo Melancia (ADMCM), que apesar de ter sido criada no ano 2000 não tinha atividade. O grupo começou a dar nova vida à associação em março de 2014.
A Associação de Apoio à Deficiência Maria do Carmo Melancia conta com 17 elementos nos corpos gerentes, todos voluntários, e cerca de seis dezenas de sócios. O objetivo da instituição é preparar a comunidade para receber pessoas com deficiência. “As pessoas não têm problemas em lidar com pessoas com deficiência mas muitas ainda não estão sensibilizadas nem sabem como fazê-lo. E é isso que pretendemos fazer, que as pessoas aprendam a lidar com pessoas com deficiência”, explicou Helena Carona.
O grupo de pais que integra os órgãos sociais da associação apresentou um projeto ao Orçamento Participativo de Portugal. Os dirigentes pretendem, caso vençam, formar profissionais de diversas áreas desde a saúde à educação, desporto, empresas, entre outras.
“Por exemplo, há médicos que não sabem dar a notícia de que uma mãe deu à luz um filho com deficiência. É preciso que haja alguém que já tenha passado pela mesma situação, que ajude a dar a notícia. Nas escolas, os professores e auxiliares devem ter formação para que saibam lidar com pessoas com deficiência. Quando uma pessoa com deficiência envelhece não tem que ir para um lar para este tipo de pessoas. É fundamental desmitificar a relação entre todos. É o que falta. Essa é a nossa luta”, refere a dirigente associativa.
Fonte: O MIRANTE por indicação de Livresco
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