Os diretores escolares dizem que as novas regras de atribuição de crédito horário reduzem as horas para apoiar os alunos, em especial nas escolas situadas nos grandes centros urbanos, e com professores mais velhos.
A atual equipa do Ministério da Educação alterou a fórmula de atribuição de crédito horário, que é utilizada pelas escolas para ações variadas, como dar apoio aos alunos ou coadjuvação, e, segundo o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, com as novas regras, as escolas vão ficar a perder.
Depois de contactar diretores de escolas de todo o país, a ANDAEP fez um balanço do impacto das medidas previstas no novo despacho de Organização de Ano Letivo (OAL): "Algumas escolas vão ganhar ligeiramente e outras vão perder, mas a grande maioria perde crédito horário, em relação ao ano passado. Em alguns casos vão perder dezenas de horas", contou.
No entanto, "o atual Governo sempre disse que não quer dar menos horas" e, por isso, as escolas que se sintam prejudicadas em relação ao ano anterior vão poder requerer essa diferença à diretora-geral de Estatísticas da Educação e Ciência, sublinhou Filinto Lima. A ANDAEP está, por isso, "a aconselhar os diretores a fazer já o pedido de reposição do diferencial", para que a situação possa estar resolvida antes de as aulas começarem.
Segundo Filinto Lima, as escolas mais afetadas serão as dos grandes centros urbanos e as que têm um corpo docente com mais anos de serviço, uma vez que, com o avançar dos anos, os professores vão tendo redução de componente letiva.
As escolas que sintam necessidade podem ainda pedir um reforço extra, mas esse é um processo muito mais burocrático, segundo Filinto Lima, uma vez que terá de passar por vários departamentos e terá de existir disponibilidade orçamental, explicou.
Fonte: CM
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