Daniel Júnior, de 29 anos, tem deficiência motora e paralisia cerebral e cresceu num ambiente de maus-tratos. A mãe está detida por matar o pai, a avó, que já morreu, batia-lhe e, diz, levantou todo o dinheiro das suas contas bancárias. Acusa o Estado de falta de proteção e pede uma indemnização de 270 mil euros.
Daniel tinha apenas oito anos quando foi entregue à avó, depois de a mãe ter sido presa por assassinar o pai. Dos oito até aos 20 anos, enquanto viveu com a avó no Salgueiro, no Bombarral, garante que foi vítima de maus tratos físicos e psicológicos e que a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do Bombarral "nunca" o foi ver.
"O quarto não tinha condições, parecia um curral. A minha avó batia-me, maltratava-me psicologicamente e dizia que eu era um "zé ninguém", que nunca ia tirar um curso superior". Entregaram-me a ela sabendo que não tinha condições para cuidar de mim", conta em lágrimas (...). Daniel tem paralisia cerebral, deficiência motora e problemas em comunicar verbalmente, mas relata tudo o que viveu com uma forte convicção.
Fonte: JN
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