Roberto Carneiro, ex-ministro da Educação, alerta que a vontade ministerial de canalizar os alunos para as vias profissionais deve ser conseguida "com qualidade" e "evitando que sejam social e culturalmente estigmatizadas".
(...) Roberto Carneiro, considerado o mentor do ensino profissional em Portugal, diz concordar "que a diversificação do ensino secundário se faça por forma a chegar a um acesso equivalente, e equilibrado, a vias de ensino e vias profissionais". "Todavia, esse desiderato deve ser atingido com qualidade e, sobretudo, evitando que as vias profissionais sejam social e culturalmente estigmatizadas: opção predominante para os pobres, imigrantes, minorias étnicas, economicamente desfavorecidos", acrescenta. Algo que, na opinião do ex-ministro, só poderá ser conseguido de três formas: através de "campanhas de promoção do perfil do ensino vocacional e profissional", "orientação escolar e profissional a sério nas escolas, sobretudo no 3.º ciclo do ensino básico, feita por peritos especializados" e, por último, "um grande investimento na qualidade e atratividade dos cursos profissionais".
Extrato de texto retirado de Educare.
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